Logo
  • O deputado, o jornalista e as sombras de uma realidade de quem cultiva a estupidez

    Cenas da barbarie que tomou conta do Espírito Santo com a greve dos policiais militares

    O deputado Sousa Neto: torcendo pelo caos e discurso preconceituoso e recheado de mentiras contra o governo Flávio Dino e os comunistas

    Somente a ignorância conceituada por Rui Barbosa (confesso que nunca li, e conheço este e outros tantos conceitos de sua autoria por citações de terceiros) como a “mãe da servilidade e da miséria” para explicar a capacidade de um jornalista contumaz em deturpar os fatos e do deputado Sousa Neto, que nisto e disto vive, em cultivar a estupidez para atingir o governador Flávio Dino.

    Em discurso na Assembleia Legislativa, o dito parlamentar além de fomentar o caos incentivando uma injustificada greve da Polícia Militar, reproduziu a desvirtuada e odiosa leitura do escriba, publicada em seu blog, da nota do PCdoB do Espírito Santo sobre o movimento reivindicatório dos policiais  daquele estado por reajuste salarial.

    Segundo levantamento realizado pelo jornal Folha de São Paulo, o governo capixaba aumentou o soldo dos militares entre 2012 e 2017 em apenas 21%, percentual bem abaixo da inflação do período, calculado pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 34%.

    Na tentativa obtusa de denegrir o partido do governador, o estulto blogueiro transforma a nota de solidariedade do PCdoB, que ressalta o direito de todo o trabalhador de lutar por melhores salários e condições de trabalho, e responsabiliza o governo de Paulo Hartung (PMDB) pelo descalabro da segurança pública, em uma defesa da greve, como se fora para insuflar os policiais a manter o movimento, intensificando a explosão de violência em todo o Espírito Santo.

             A deturpação de uma nota para criminalizar o PCdoB e os policiais capixabas

    A intenção é manipular a opinião pública, criminalizando a mobilização paredista e por tabela os comunistas, que estariam apostando no aumento da insegurança, independente das graves consequências para a sociedade, apenas para alvejar o governador Hartung, a quem fazem oposição no estado.

    “Culpar os policiais e bombeiros militares pelo caos que se instalou e tentar fazer com que a população acredite nessa falácia é próprio de um governo autoritário, arrogante e truculento, que só reconhece nas forças militares estaduais o papel de uma espécie de “capitão do mato”, utilizado contra a população pobre, os movimentos populares e suas manifestações democráticas”, diz a nota.

    Ao mesmo tempo que considera justas as reivindicações e a luta dos familiares de policiais e bombeiros, o PCdoB expressou o seu desejo que o governo retome o diálogo, e assim possa superar a crise, retomando o controle das ruas para a tranquilidade do capixaba, que nos últimos dias foi submetido ao terror imposto pela bandidagem em todo o estado.

                                                    O miolo de pote e os sintomas que revelam o ignorante

    Diante da “mãe da servilidade” não vou levar à sério as outras desembestadas considerações do blogueiro, embora a filosofa Marcia Tiburi proponha em seu livro “Como conversar com um fascista”, que a experiência dialogal também alcance sujeitos desse tipo.

    Mas não poderia deixar de observar pontos do discurso do deputado Sousa Neto, para confirmar um dos sintomas da Ignorância apontados pelo psicólogo-clínico, Bernardino Mendonça, que é a tendência dos acometidos por esse mal a formar grupos com pessoas da mesma capacidade mental, a fim de se sentirem fortes, poderosos e seguros.

    Entre tantas bestialidades, que os iguala e classifica, ressalta-se o alarmismo aloprado do parlamentar ao considerar iminente a ocorrência de idêntica situação no Maranhão, por culpa do tratamento dispensado pelo “comunismo e pelo comunista”, Flávio Dino, aos policiais do estado.

    É com uma descarada mentira, dita sem sequer piscar, que o dito-cujo inventa motivos para justificar uma possível revolta da Gloriosa, diante das posturas divergentes das direções estaduais do PCdoB do Espírito Santo, que propõe o diálogo como solução, e a do Maranhão, caracterizada pelo autoritarismo de um governador e de um secretário de segurança comunistas.

    “Aqui o estado do Maranhão há muito tempo, desde que o comunismo assumiu o governo que não se dialoga com a Polícia Militar, que não trata das reivindicações de melhorias salariais e nem de condições de trabalho”, discursou o deputado, acusado pelo Ministério Público de ter a sua campanha eleitoral de 2014 financiada em parte com recursos desviados da construção de um hospital fantasma em Rosário.

       Flávio Dino e o secretário de segurança, Jeferson Portela, durante entrega de viaturas

    A falácia do parlamentar Neto é facilmente desmontada tanto pela militância política e princípios democráticos do governador e do secretário, como por uma simples conferência dos dados da segurança pública. Levantamento da Folha de São Paulo das remunerações dos policiais em todo o País, situa o Maranhão como a sexta unidade da Federação a pagar o maior salário a seus militares.

    Para completar o desmonte, em dois anos de administração comunista, 2.500 novos policiais foram nomeados, e outros 1.100 serão nomeados em março próximo, mais de 3.000 passaram por cursos de capacitação, e 4.000 receberam promoção.

    E tudo isso em meio a uma das maiores crises econômicas enfrentadas pelo País, com drásticas consequências nos estados, a grande maioria hoje incapacitandos de manter e implementar políticas públicas.

                               Justificativas furadas de uma revista fora de época

    Assim como os ignorantes tupiniquins, a Revista Época desta semana também recorre à mentira para desqualificar e criminalizar a reivindicação salarial dos policiais e bombeiros militares do Espírito Santo.

    O semanário fez questão de negar – e neste caso é verdade – que os policiais capixabas recebem o pior salário do País, como afirmam seus familiares em protestos. Mas se objetivamente não é o pior, está entre os piores, o coloca na mesma zona de rebaixamento, onde o pior engloba a todos que aí se encontram, independente das diferenças salariais.

    Capa da matéria da revista Época

    Segundo a Folha, dos 19 estados que forneceram informações sobre as remunerações dos militares e números do IBGE e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Espírito Santo ocupa o 16º degrau escada abaixo.

    Pior mesmo foi a Época justificar que o salário da PM capixaba é condizente com a posição do estado no ranking de receitas, a 13ª maior arrecadação do País; ressaltando que diferentemente de Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que permitiram o descontrole de suas contas, o Espírito Santo mantém em dia o pagamento dos salários.

    Mais uma vez os dados da segurança pública no Maranhão colocam por terra justificativas furadas.

    Em primeiro lugar, a arrecadação maranhense é menor do que a do Espírito Santo, e mesmo assim o policial no Maranhão em início de carreira recebe mil reais a mais do que o capixaba, sem que isso impeça o governo Flávio Dino de continuar pagando o funcionalismo em dia.

    É evidente que a defasagem salarial no ES acumulada ao longo dos anos torna praticamente impossível reajustar em 47% o soldo dos militares, como é reivindicado; mas não impede que se faça um escalonamento gradual, a exemplo do governo do Maranhão, que implantou uma tabela com os vencimentos dos servidores da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Agentes Penitenciários, com reajustes de 23,8% a 88% no acumulado até 2018.

                    Nota do PCdoB sobre o caos que se instalou no Espírito Santo

    “Todo trabalhador e trabalhadora tem o direito de lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho.

    O PCdoB se solidariza com os familiares dos servidores da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, desejando que o governo estadual retome o diálogo como forma de superar esse impasse que tem causado graves consequências para a vida dos capixabas.

    Baixos salários e precárias condições de trabalho não atingem apenas trabalhadores e trabalhadoras, mas também seus familiares, que sentem o impacto em seu cotidiano, tanto com referência às condições materiais de sobrevivência, quanto com as condições de segurança a que são submetidos seus parentes no exercício da profissão.

    Tentar deslegitimar e desqualificar a mobilização dos familiares de cabos e soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, como faz o governo estadual e setores da elite econômica capixaba, não é aceitável, é condenável.

    Negar que os salários são baixos, não há como. Negar que as condições de trabalho são precárias, também não há como. Omitir-se quanto a essa situação – que atinge todo o funcionalismo público estadual – em nome de um duro ajuste fiscal que prejudica sobretudo as trabalhadoras e os trabalhadores públicos estaduais, como faz o governo, é um caminho temerário, sujeito a criar condições para eventos como o que está ocorrendo nestes dias.

    Culpar os policiais e bombeiros militares pelo caos que se instalou e tentar fazer com que a população acredite nessa falácia é próprio de um governo autoritário, arrogante e truculento, que só reconhece nas forças militares estaduais o papel de uma espécie de “capitão do mato”, utilizado contra a população pobre, os movimentos populares e suas manifestações democráticas.

    Criar uma comissão permanente de negociação para nada negociar, negar qualquer perspectiva de atendimento às demandas do funcionalismo em benefício de um ajuste fiscal de recorte neoliberal que para seu sucesso depende de impor graves sofrimentos aos trabalhadores, trabalhadoras e suas famílias é de uma insensatez desumana.

    A responsabilidade pelo caos é do governo estadual e não dos familiares de policiais e bombeiros militares que ousam lutar por melhores salários e condições de trabalho para seus maridos, esposas, filhos e filhas.

    Por fim, o PCdoB conclama a sociedade e o parlamento capixaba a retomarem o debate sobre a desmilitarização da Polícia Militar, como o caminho mais sensato para democratizar e aperfeiçoar o papel desta tão necessária força de segurança estadual.”

    1 comentários para “O deputado, o jornalista e as sombras de uma realidade de quem cultiva a estupidez

    1. Antipetista disse:

      Bom…
      Um comentário à parte. Sobre o Brasil:

      Há, por outro lado, o estilo PT (e de seus satélites, como o PCdoB). O jeito petista de ser. Eis:

      A Cultura é tão importante quanto a “vida material” do dia-a-dia. Pois está vinculada à Educação e ao “gôsto”…

      “Os Comitês petistas & a Rede Globo:
      sedes de cultura do mesmo estilo.”

      Tudo a ver com a truculência do Petismo [e seus satélites como o PCdoB], somado com toda a breguice do PT.

      Falo é de uma contradição. O GÔSTO da Globo é o GÔSTO do PT, são iguais. Semelhantes.

      A Globo é o PT. O PT é a GLOBO (gôsto e estilo).

      O PT odeia a Globo. Mas são um a cara do outro.

      
O problema é que sempre vai sobrar os COMITÊS PETISTAS, com sua doutrinação cultural tão decadente e bregaça como a Globo.

      
O PT detesta o elitismo (Shakespeare, Truffaut, Beethoven, Machado de Assis, Villa-Lobos, Bach).


      O PT é a Globo. A Globo é o PT. Estilo Globo.

      Gostam é de cancioneiro. De Chico Buarque. Musiquinha. Jamais Buxtehude.


      Pixação (em Sampa, petistas afirmam que é “”arte””. rsss), funk, oba-oba, Anitta [abriu a OLIMPÍADA] etc., cinema estilo a cineasta petista Anna MUYLAERT com filminho brega. Enormemente brega.

      Procure OUVIR música INSTRUMENTAL.

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
  • Fale com o Garrone

    (98) 99116-8479 raimundogarrone@uol.com.br
  • Rádio Timbira

    Rádio Timbira Ao Vivo