De antemão, aviso que, ao notar nessa artilharia difamatória contra o governador Flávio Dino o cheiro de pólvora de um petismo entrincheirado, jogo lenha na fogueira para essa guerra fria não se transforme em uma fria.
Lula e Flávio Dino
Se o silêncio do PDT e do PSB, no mínimo, é uma demonstração de indiferença obtusa aos significados dos ataques retrógrados contra o governo Flávio Dino (PCdoB), o do PT é de culpa no cartório.
Considerar ingratidão com Flávio Dino, um dos primeiros a denunciar o golpe do impeachment e a perseguição política da Lava Jato, a omissão do partido no combate à campanha difamatória, seria alimentar ainda mais a insanidade odiosa contra o PT.
Não teria, também, qualquer sentido, acusar falta de solidariedade.
Defender não é um gesto solidário, mas um entendimento de Justiça.
Solidária é a mudez, quando o sujeito é indefensável.
Eis então o “bom” motivo.
O diálogo que mantém com divergentes setores da política brasileira, na convicção de que somente com uma frente ampla será possível derrotar o bolsonarismo, fez de Dino um candidato capaz de atrair todos os segmentos democráticos da sociedade e uma das principais lideranças do campo da esquerda fora do PT.
A boca fechada do PT foi para não deixar entrar mosquito comunista!
O temor era o inseto vermelho engolir o sapo barbudo.
Daí o cheiro de pólvora petista que emana da artilharia difamatória contra o governador maranhense.
A proeza do Brasil 247 (leia Aqui) em manipular entrevista de Veja deu início ao bombardeio “amigo”.
No entanto, os comunistas não acusaram o golpe, e só começaram a reagir após a deflagração do festim do The Intercept.
Mesmo assim ainda tiveram a cautela de centralizar os contra-ataques no financiamento escuso do Intercept pelos EUA.
A única conotação política foi a fina, melhor aguda, ironia do governador Flávio Dino em classificar o site de esquerda que a direita gosta.
Veja abaixo.
Já ao desmontar a mal ajambrada “matéria”, ele foi mais objetivo.
Agora duas situações que revelam existir nos bastidores, uma espécie de guerra fria.
Primeira, por qual motivo o PCdoB defendeu Flávio Dino, destacando em sua nota, que as conquistas sociais do governo maranhense consagram a vitória da política de frente ampla, se esta não não alvo dos ataques difamatórios ?
Tem ou não tem endereço certo?
Confira
Segunda, o que teria levado Glenn Greenwald em resposta um tuíte de Márcio Jerry, ressaltar que a responsabilidade pelos artigos publicados não é sua, mas do editor executivo Leandro Demori ?
Aparenta muito mais uma tentativa de afastar qualquer suspeita de participação da esquerda na difamação publicada pelo site, diante de sua identificação com os partidos progressistas, principalmente o PSOL.
Por enquanto a guerra é fria, mas é melhor começar derrubar o muro. Logo, logo, essa guerra vai ser uma fria!!