Os bestiários, têm origem nos catálogos manuscritos realizados por monges católicos, durante a idade média, que reuniam “informações” do mundo animal, as bestas de então.
Atualmente existem sites, a exemplo do Arcanoteca, com bestiário a grupando monstros mitológicos e lendas, inclusive o nosso capelobo.
Segundo S. Fróis Abreu (Na Terra das Palmeiras) o bicho introduz a ponta do focinho no crânio do ser humano e sorve toda a massa cefálica.
Já Carlos de Lima (Lendas do Maranhão) ressalta que por ter uma fome inesgotável, ele bebe o sangue de suas presas com a sofreguidão dos sedentos.
Embora registrando alguns casos dignos das criaturas lendárias que assombravam a era obscura, “Bestiário, uma coluna contaminada”, em estreia no blog, trata dos vivos, dos muitos vivos…
Depois de observar a natureza desses indivíduos – gente viva, muito viva, viva até demais -, e perceber que, somente preocupados com a própria sobrevivência política, eles travam uma guerra insana entre si, e juntos, contra o governador Flávio Dino.
Daí o Leviatã, o temível monstro bíblico emprestado à ciência política por Thomas Hobbes como símbolo do Estado absoluto, única força capaz de impor a ordem social e a preservação da vida, ser o papel parede da coluna.
Mas, Estado no sentido do conjunto absoluto da sociedade. Quanto maior a diversidade, maior a força contra um inimigo comum, esse sim, o descomunal o coronavírus.
Por outro lado, se continuarem cruzando os braços por entender que a obrigação do combate é exclusiva do governador, o bicho vai pegar.
O Levitã do descaso em rastro de morte se transforma…
A luz do cabaré ja se apagou…
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Tá olhando o que? – Com a reabertura das academias e a proibição de contatos físicos, nas aulas de lutas marciais e similares serão ensinados somente os golpes de olho. Quem piscar primeiro, perde.
Cadeiras com CEP – Já nos bares e restaurantes reabertos neste sábado, os clientes devem andar com uma comprovação de endereço, caso queiram dividir a mesma mesa.
Pais e Filhos – Segundo protocolo publicado no Diário Oficial de 24 de junho, elas deverão ser ocupadas no máximo por até quatro pessoas que residam na mesma casa!
Amor à distância – Essa noitada do lar e dos pensionatos será marcada pelo divórcio entre os companheiros de copo, casos, namorados e outros agregados. A distância entre as mesas será de 2 metros.
É dose – Depois de mais de 60 dias de confinamento, além de continuar a ter pela frente as mesmas caras e bocas em uma mesa de bar, todos serão obrigados a inventar um jeito de matar a sede usando máscara.
Comeu, tá limpo – A regra sanitária é clara. A retirada das máscaras só é permitida durante as refeições. Tragos e tira gosto, só por debaixo dos panos.
Só o Zé da Chave – O protocolo publicado no dia de São João abrindo a portaria dos bares, tranca o microfone e proíbe atrações musicais, culturais e de qualquer tipo que promovam aglomeração ou movimentação, o que deve incluir o som mecânico. Seja em bar ou restaurante.
Descarga – Um item, no entanto, foi esquecido ou simplesmente ignorado: o uso e condições dos banheiros. Na maioria dos bares de São Luís, eles têm o chão de mijo, enfeites de papel higiênico e sobra ou cheiro de alguma merda. Muita gente pode ir pelo ralo.
Sofrência – E aí, quem tiver necessidade de trocar o óleo ou fazer uma obra, deve procurar um pneu ou um poste?
O gole do santo – As falhas e ausências de medias realmente essenciais na proteção contra o coronavírus revelam possível interesse econômico. Será o mesmo que antecipou a reabertura dos bares e restaurantes de segunda, 29, para este sábado, 27. ?
Salto com vara – A rapidez do bicho, no entanto é certa, e provocou um verdadeiro salto com vara dos responsáveis pelas medidas sanitárias. No dia 26, dois dias depois do cancelamento, as praças e pontos de alimentação, lanches e bebidas localizadas em galerias e shoppings da cidade foram autorizadas a levantar suas portas.
Linha e anzol – Se alguém bancou banca ou bateu na mesa, não se sabe. Mas que o sábado foi de , isso foi. Até às 1h52 da madrugada deste domingo a tradicional procissão de São Pedro dia 29 permanecia cancelada. Mas o santo é pescador!!!
Falta de ar – O senador Rocha não mais receberá os 50 respiradores prometidos por Bolsonaro. Com a prisão do Queiroz, o presidente tá precisando de todos…
O máscara – Os usuários do transporte coletivo de SLZ foram ao mesmo tempo coadjuvantes e duplês correndo risco de vida para satisfazer o oportunismo de Duarte Jr.
Bom sujeito, não é – Jr. viu, filmou e nada fez para evitar que dezenas de pessoas, segundo registra em seu próprio vídeo, que disputavam a entrada de um ônibus, acabassem mesmo indo dessa para melhor.
Sincericídio – Além de não tentar sequer, alertá-los do perigo a que estavam expostos, o sujeito faz é entrar no ônibus!
Mortal – E o pior, mesmo diante da flagrante irregularidade – protocolo sanitário determina lotação máxima à capacidade de passageiros sentados – não impediu o motorista de seguir viagem.
Garoto mídia – A sua obrigação seria obstruir e não denunciar o crime. Mas, em se tratando de quem se trata, não iria perder a oportunidade de um crime para se aproveitar da denúncia. Sem denúncia, não teria propaganda. Sem propaganda, ele não é ninguém.
Vale quanto pesa – Como deputado tinha o poder-dever moral de agir. Como cidadão, a mínima ética desnecessária de ser escrita ou lavrada em cartório. Já como pré-candidato…
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Atroz – Há ou não há diferença entre discurso e notícia, entre opinião e fatos, entre tribuna e redes sociais e entre imunidade e impunidade ?
Permissividade – Pode um parlamentar divulgar acusações levianas ditas em plenário, sem que responda penalmente por calúnia, difamação ou injúria?
Bestial – Pelo bico, o deputado Wellington do Curso pode tudo; inclusive responsabilizar o governador Flávio Dino pela morte de uma “quantidade” de pessoas, por falta de atendimento e de respiradores funcionando, sem apresentar uma prova sequer?
Sub-gabinete do ódio – Contumaz produtor de fake news, desta vez ele ultrapassou qualquer limite subterrâneo da politicagem.
Dosimetria – Culpar alguém pela morte de uma “quantidade” de pessoas, sem que haja qualquer registro ou boletim de ocorrência, é bem diferente de uma falsa acusação de levar calote na compra de respiradores, por exemplo.
Vale tudo – Para completar a falácia, o do Curso regurgitou a própria bílis.
Dosimetria – As vísceras sempre revelam que a ignorância tem a mesma proporção do ego.
Menudo – Apesar de afirmar que ainda está por concluir um relatório, não é que o bicudinho das fake news subiu a tribuna, abriu a boca e meteu bronca !
Bafo genocida I – “ Eu estou concluindo um relatório com a Sociedade Maranhense de Terapia Intensiva, constatando, comprovando que os 107 primeiros respiradores que chegaram, não foram instalados e não estão em funcionamento”, disse.
Validade vencida – A gravidade da denúncia dimensiona o tamanho da mentira. Nesses mais de 70 dias passados, o lote importado da China chegou dia 14 de abril, nenhum médico ou entidade médica incriminou o governo pela compra. Já pensou se eles não estivessem realmente à plenos pulmões?
Cruz credo – Não é um ou dois respiradores com defeito, mas 107. E isto na semana em que São Luís registrou Taxa de Contágio (Rt) de 3,21. Acima de 1, a transmissão é considerada fora de controle.
Trabalho sério – Em acelerado ritmo de queda, dia 24 de junho a capital registrou Rt de 0,65. (veja aqui, os índices do estado e município por município)
Tem gabarito – Ex-militar, desajustado, companheiro de tucanagem de Rocha e ex-professor de cursinho, o deputado Wellington tem todas as qualificações para ocupar uma boquinha no governo Bolsonaro. Talvez substituir a dentadura do foragido ex-ministro da Educação Abraham Weintraub .
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Miopia – E o pesquisador da UFMA Antonio Augusto Moura que afirmou faltar elementos para dizer se a decisão de Flávio Dino em desativar leitos exclusivos para a Covid-19 foi acertada ou não?
Especialista de plantão – Escalado pelo sistema Mirante para criticar “cientificamente” as desativações, o pesquisador Moura lembrou dos riscos de um tal ‘efeito rebote’, para ressaltar a necessidade de se garantir um retorno dos leitos para Covid.
Mouco I – Se tivesse se dado ao trabalho de pesquisador e visto toda a entrevista, saberia que entre 29’29 e 30’,47, o governador fez questão de destacar que os leitos “poderão eventualmente retornar se houver uma degradação nos indicadores epidemiológicos”
Mouco II – No caso de uma nova onda de contaminação em São Luís, Dino foi categórico: “Coisa que nos desejamos e acreditamos que não ocorrerá, mas estamos prontos no nosso planejamento…para esta contingência”.