O ex-candidato a presidente, Fernando Haddad
Guilherme Levorato, 247 – O ex-prefeito de São Paulo e um dos nomes favoritos do PT para a próxima eleição presidencial conversou com o jornalista Leonardo Attuch sobre as eleições de 2020 e 2022 durante o programa Mercadante Debate, apresentado na TV 247 pelo ex-ministro Aloizio Mercadante. Ele negou que será candidato à prefeitura de São Paulo neste ano e não deixou claro se colocará seu nome à disposição como candidato a presidente daqui a dois anos. Haddad defendeu também que o atual governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), entre na disputa.
Ele explicou que a candidatura de Dino é benéfica ao Brasil. “Quando falam assim, ‘tem que ficar preocupado, o Flávio Dino pode ser candidato’… ótimo que nós tenhamos o PCdoB em condição de lançar um candidato a presidente. Poxa vida, o PCdoB que nos acompanhou desde 1989 em todas as campanhas eleitorais chegou ao ponto de poder lançar um candidato à presidência do país, isso é bom para o país”.
Para Haddad, não importa quem será o candidato. A luta em 2022 será contra o obscurantismo. “O que nós precisamos garantir é um segundo turno em que a gente derrote o obscurantismo, não pode acontecer em 2022 o que aconteceu em 2018”.
O ex-presidenciável deixou em aberto se disputará a presidência na próxima eleição, mas afirmou que estará na luta contra o fascismo. “Eu, por exemplo, vou trabalhar para evitar o que aconteceu em 2018, sendo candidato, sendo militante, sendo cabo eleitoral, não importa. A situação que eu vou assumir não importa, vou estar na trincheira contra o fascismo e vou estar defendendo quem for para o segundo turno para derrotar esse projeto que está aí, que é perigoso para o Brasil, do ponto de vista econômico, da soberania, do ponto de vista democrático, social, civilizatório. Não devemos nos preocupar com pessoas que estão crescendo no nosso campo, temos que nos preocupar com pessoas que estão crescendo contra as forças sociais, essa é a verdadeira ameaça ao Brasil”.
Fernando Haddad também explicou os motivos pelos quais não disputará a prefeitura de São Paulo em 2020. “Eu participei de três eleições muito recentes, então acho que a gente tem que abrir um pouco o espaço para aparecer nomes novos, gente nova, e vamos fazer uma bela campanha”.
“O PT está com sete pré-candidatos a prefeito de São Paulo, pessoas da melhor qualidade, que foram secretárias de administrações importantes desde a [ex-prefeita Luiza] Erundina, passando pela [ex-prefeita] Marta [Suplicy] e pela minha gestão, com compromisso com o projeto progressista. Tem ministro, tem deputado, tem senador, tem o que você quiser, todos passaram pelo secretariado municipal, todos conhecem a cidade como ninguém, são campeões de votos em São Paulo. Então São Paulo está na condição oposta à qual o presidente Lula tem feito referência. Ele fala que ‘nós temos que ter candidato em todo lugar’, aqui nós temos sete”, completou. Haddad disse que não irá apoiar nenhum candidato do PT em específico.