Idiotizando o futuro: Governo Bolsonaro envia ofícios ameaçando universidades de punição por “atos político-partidários”

Estudantes protestam e fecham entrada do Campus da UFMA (Foto- Biné Morais – O Estado)
Dando continuidade ao plano de dominação da extrema-direita na América Latina, o governo Bolsonaro cumpre à risca o seu papel idiotizando o futuro.
Depois do edital do Programa Didático Nacional do Livro Didático (PNLD), retirar menção específica à violência contra a mulher e excluir os termos “democráticos” e “respeito à diversidade” dos princípios éticos, das regras que definem os livros adotados pela rede pública de ensino fundamental (alunos de 6 a 10 anos) em 2023, o Mistério das Educação ameaça de punição aos “atos político-partidários” promovidos pelas universidades federais.
A orientação aos dirigentes das universidades foi enviada por meio da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) e é baseada em uma recomendação de 2019 do procurador-chefe da República em Goiás, o bolsonarista Ailton Benedito de Souza.
No documento o MEC afirma que cabe punição a comentário ou ato político ocorrido “no espaço físico onde funcionam os serviços públicos; bem assim, ao se utilizarem páginas eletrônicas oficiais, redes de comunicações e outros meios institucionais para promover atos dessa natureza”.
Em outro trecho, detalha matéria publicada pela Revista Fórum, diz que “a promoção de eventos, protestos, manifestações etc. de natureza político-partidária, contrários ou favoráveis ao governo, caracteriza imoralidade administrativa”.
Na terça-feira (2), Palácio do Planalto emitiu duas advertências contra um professor e o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). “O processo administrativo não gera demissão, mas fica registrado na ficha funcional dos profissionais.
O extrato de termo de ajustamento de conduta publicado no Diário Oficial da União (DOU) relata que tanto o professor Eraldo dos Santos Pinheiro quanto o reitor Pedro Rodrigues Curi Hallal proferiram manifestações “desrespeitosas” e de “desapreço” contra o presidente Jair Bolsonaro”, revela a Fórum
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