DCM: “Estou enojada”, diz jornalista israelense sobre ataque a funeral de jornalista palestina
Publicado por Kiko Nogueira – Atualizado em 13 de maio de 2022 às 17:51Apoie o DCMICL
A polícia de Israel agrediu nesta sexta-feira (13) uma multidão que estava presente no funeral da jornalista palestino-americana Shireen Abu Aqleh, da Al Jazeera, assassinada quando cobria uma operação do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia.
Oficialmente, a causa do ataque foi bandeira da Palestina no caixão, símbolo proibido na região desde 1967, quando o país ocupou e anexou Jerusalém Oriental.
A jornalista israelense Sarah Tuttle-Singer manifestou sua indignação no Facebook
O hospital St. Joseph é um centro médico de última geração em Jerusalém – famoso pelas suas lindas maternidade onde mulheres judias e árabes dão à luz os seus bebês lado a lado.Hoje, foi o cenário de caos durante o cortejo fúnebre da famosa jornalista Shireen Abu Aqleh.O Exército de Israel diz que havia desordeiros atirando pedras.Eu não estava lá e não posso dizer se isso é verdade ou não.Mas eu posso dizer que os homens que carregavam o caixão de Shireen Abu Aqleh claramente não estavam atirando pedras ou tumultuando – eles estavam carregando o caixão dela.E eles quase deixaram cair o caixão dela depois de terem sido empurrados pelas nossas tropas.
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Estou com o coração partido pelo que vi. Eu também estou enojada e furiosa.
A morte desta mulher já é uma tragédia – e as imagens do seu funeral hoje vão além disso. É uma Shanda – uma praga – sobre nós aqui em Israel, quando deveríamos ter mostrado graça e contenção.No primeiro andar em St. Joseph, nasceram hoje novos bebês judeus e árabes no meio de tudo isso, alheios à crise lá fora.
Que possamos lembrar o horror deste momento – e fazer deste um mundo melhor para eles.