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  • Julgamento da chapa Dilma/Temer de 2014 pode acontecer na próxima semana no TSE

                         Relator Herman Benjamin liberou o processo para julgamento

    O ministro Herman Benjamin, relator do processo contra a chapa Dilma-Temer – Divulgação/TSE

    POR CAROLINA BRÍGIDO (O GLOBO)

    BRASÍLIA – O julgamento do processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer pode ser realizado na semana que vem, informou a assessoria de imprensa do tribunal. Nesta segunda-feira, o relator do caso, ministro Herman Benjamin, enviou o relatório final para os demais integrantes do tribunal e pediu para incluir o julgamento na pauta do plenário. Ele telefonou para o presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, para comunicar que o voto está também concluído. O presidente vai convocar sessões extraordinárias para a realização do julgamento. “Há possibilidade de o julgamento acontecer na próxima semana”, informou a assessoria.

    “Requeiro, assim, a inclusão do feito em pauta para julgamento, nos termos da legislação”, escreveu Benjamin em ofício enviado a Gilmar. A Lei Complementar 64, que define os prazos para esse tipo de processo, estabelece que, quando o voto do relator for liberado para julgamento, depois de três dias é feito “pedido de inclusão incontinenti do feito em pauta, para julgamento na primeira sessão subsequente”. Conforme a regra, o julgamento terá que ser marcado para a próxima terça-feira.

    O advogado Gustavo Guedes, que defende o presidente Michel Temer, disse nesta segunda-feira não achar “razoável” que o julgamento se inicie na semana que vem, como pediu o ministro relator do caso, Herman Benjamin.

    – Não há razão para observância estrita da lei, se o relator não observou outros prazos estabelecidos. Não é razoável que um processo com tantas peculiaridades e da importância que este tem ser julgado neste prazo – disse Guedes.

    Se houver condenação, Temer poderá perder o cargo. Se ficar comprovado que Temer e Dilma sabiam das ilegalidades supostamente praticadas na campanha, ambos podem ficar inelegíveis pelo período de oito anos.

    Na semana passada, Benjamin já havia enviado um relatório aos colegas. Agora, elaborou uma nova versão, com dados enviados em alegações finais pelo PMDB, PT e PSDB. O documento é sigiloso. O Ministério Público tem prazo até quarta-feira para se manifestar no processo. A chapa é processada por abuso do poder político e econômico nas eleições de 2014. Se houver condenação, Temer pode perder o cargo.

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