Covid: professores acusam Braide de discriminação na vacinação em SLZ
Entidades ligadas à rede privada de educação de São Luís acusam o prefeito Eduardo Braide (Podemos) de “prática discriminatória” no processo de imunização dos profissionais da Educação contra a Covid-19.
Em ofício encaminhado nesta quinta-feira (22) ao secretário de Estado da Saúde (SES-MA), Carlos Lula, as instituições denunciam que, “para surpresa de todos”, Braide deixou a imunização dos profissionais da Educação da Rede Privada de São Luís em segundo plano e priorizou a vacinação dos trabalhadores da rede municipal, mas para as entidades, “não há lógica nessa priorização”.
“A verdade é que não há sequer uma lógica nesta priorização de vacinação adotada pelo Município, uma vez que a rede municipal de ensino ainda adota exclusivamente ensino remoto, enquanto a rede particular, desde janeiro de 2021, já adota atividades de forma híbrida (remota e presencial), porquanto os profissionais da rede particular estão mais suscetíveis a contrair a Covid-19, seja no deslocamento para o trabalho ou até mesmo no ambiente escolar, o que reforça a importância de também priorizarmos esses profissionais”, alegam as instituições.
As entidades solicitam que a SES-MA inclua, “de forma excepcional”, a vacinação dos profissionais da educação da rede privada de ensino de São Luís no plano Estadual de Vacinação para evitar “discriminação entre os profissionais da rede pública e privada”.
As instituições lembram que ficou acordado que o Governo Estadual ficaria responsável pela vacinação dos profissionais das redes estadual e federal, ficando para o município a responsabilidade de vacinação de sua rede municipal e da rede privada.
No entanto, nas redes sociais, o prefeito Eduardo Braide sinalizou que a vacinação da rede privada e filantrópica de educação será iniciada apenas quando o município de São Luís receber uma nova remessa de doses para esse grupo.
Situação grave na rede privada
Para as entidades, Braide não considerou que a situação na rede privada de ensino “é grave”, com a detecção de casos de Covid-19 entre professores e alunos desde o início de 2021. Elas alegam que somente com a imunização é possível preservar a saúde de professores e do alunado.
“A vacinação de professores e demais profissionais da educação é premente para que a prestação dos serviços educacionais possa ser retomada de forma regular”, diz o ofício assinado pela Associação de Pais e Alunos de Estabelecimento de Ensino do Estado do Maranhão (ASPA-MA), o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino da Rede Particular do Maranhão (SINTERP) e a Associação Maranhense de Escolas Particulares (AMEP).
O que esperar do Rebento de Anajatuba ? incoerência e irresponsabilidade. As vacinas pertencem a todos os cidadãos e não só aos que trabalham na prefeitura.