Com o fim do mandato presidencial de Bolsonaro, seguido da fuga, das joias, bistecas e pescoço de galinha, o que sobrou do bolsonarismo foi uma dezena de boçais crentes na proteção absoluta da imunidade parlamentar e na idiotice perpétua dos eleitores do ex-presidente. 

A cena melancólica de Daltan Dallagnoll sozinho gravando uma mensagem em um plenário vazio antes de devolver o mandato conquistado na ilegalidade, e isso depois da indiferença da população que não reagiu como ele acreditava contra a decisão do TSE que cassou o seu mandato, é sinal da retomada civilizatória e o fim de uma fantasia de poder. Não esperavam durar mil anos, mas também não que fosse tão curta. 

Os eleitores bolsonaristas podem até bater continência a pneu, implorar por uma intervenção, seja ela militar ou alienígena, mas não são doidos o suficiente para repetir a dose. Sabem que agora todos podem ser presos. 

E sem o eco das ruas, a imunidade se desmancha no ar. 

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