A pistolagem, a impunidade, as oligarquias municipais e uma família que dominou o MA por mais de 40 anos
É impressionante a desfaçatez do grupo (e aí incluo os satélites nas redes sociais) Sarney em negar sua própria história e responsabilizar o governo Flávio Dino pelos crimes de pistolagem no Estado, consequências de uma ineficaz política de segurança pública, e não de uma prática arraigada no Maranhão resultado da impunidade e da consolidação das oligarquias municipais a partir do domínio do poder estadual por uma família por mais de 40 anos, após a eleição de José Sarney em 1965.
A vitória contra Renato Archer, que disputou o Governo pelo grupo de Vitorino Freire, pernambucano que mandou e desmandou no Estado por 20 anos, não significou, no entanto, o fim do coronelismo e da supremacia política das grandes oligarquias, marcas da República Velha extintas pela Revolução de 30 liderada por Getúlio Vargas.
Farinhas do mesmo saco
Assim como Freire conquistou politicamente o Maranhão ao eleger-se senador em 1947, Sarney fez o mesmo em 1970, repetindo, inclusive, a trajetória que os permitiu benefícios nas ditaduras (Estado Novo e Regime Militar) e nos processos de redemocratização do País.
Ambos também possuem em comum suas candidaturas a vice-presidente, como tática para garantir o poder de mando no Estado sem os riscos da eleição de um mandatário federal adverso aos seus desejos.
Mas é aí que a história os distingue e determina.
Enquanto Vitorino disputou em 1950 o cargo (à época votava-se separadamente para presidente e vice) em uma eleição direta e foi o último colocado com 524.079 votos contra 2.520.790 do vice eleito Café Filho, Sarney não precisou do aval da população para eleger-se vice-presidente em 1985 em um Colégio Eleitoral, e por obra do destino, assumir a presidência com a morte de Tancredo Neves no mesmo ano.
Se até então indicava ao regime militar e a Assembleia Legislativa os nomes de seus aliados para ocupar o Palácio dos Leões, com a posse no Planalto ele resolveu transformar o Maranhão em um feudo de sua família, sem a necessidade de intermediários e fantoches, que vezes por outras, por acreditar serem governadores de fato, se revoltavam e não atendiam os comandos emanados das sombras.
República dos coronéis
O curioso é que além de ser eleito indiretamente em processo idêntico imposto pela ditadura para eleger os governadores, Sarney tentou transformar o seu mandato em marco da redemocratização batizando-o de Nova República, ao mesmo tempo que retoma a velha prática coronelista e oligárquica, especialmente no Norte e Nordeste.
Um contrassenso típico de quem só enxerga o próprio umbigo e por ele condiciona suas ações e subjuga a realidade. De novo e o que difere a República iniciada por Sarney da encerrada com a deposição de Washington Luís em 1930 é o coronelismo eletrônico, instaurado com a distribuição de concessões de rádio e TV para que as elites regionais mantenham seus currais eleitorais e assim preservar o domínio oligárquico.
Uma aliança, cujo o desfecho não poderia ser outro do que a impunidade e, por consequência, o argumento da bala no embate contra adversários e outros que ameacem o sistema.
O caso do assassinato do ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzin, é emblemático por envolver o seu próprio filho, Nenzin Júnior, preso e apontado pela Polícia como principal suspeito de ter executado o pai para encobrir o roubo de R$ 1 milhão em cabeças de gado da fazenda da família.
Um outro filho do ex-prefeito, Pedro Teles, teve sentença confirmada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão no mês passado, a 21 anos de cadeia por ter encomendado a morte do trabalhador rural Miguel Pereira Araújo, que teria invadido terras de sua propriedade no município.
Já sobre o terceiro filho de Nenzim, o deputado estadual Rigo Teles, se não há notícias de que resolva seus problemas puxando o gatilho, há de fazê-lo metendo a mão no dinheiro público.
Em 2011 ele foi acusado pela Polícia Federal de compor um esquema com o pai, então prefeito de Barra do Corda, a mãe Francisca Teles de Sousa e os dois irmãos que desviou R$ 50 milhões dos cofres públicos.
A família Teles é aliada histórica do grupo Sarney, independente da sua fama de pistolagem. Em 2016, o acusado de assassinar o próprio pai foi candidato a prefeito de Barra do Corda com o apoio de Roseana que chegou a participar de uma caminhada de campanha no município.
A mesma motivação política a levou um ano depois a retornar a Barra do Corda, desta vez para aproveitar a comoção do velório do ex-prefeito e atacar o governador Flávio Dino pelo retorno da pistolagem no Estado, como se em seu governo ela teria sido debelada.
O tiro que saiu pela culatra
Levantamento feito em maio de 2012 pelo Jornal Pequeno revelou que entre outubro de 2011 e abril de 2012, oito pessoas, três empresários, um político, um advogado, um líder rural, um jornalista e um líder indígena foram vítimas de crimes por encomenda. Inclusive, o jornalista Décio Sá executado em um bar na Av. Litorânea trabalhava em O Estado do Maranhão, jornal do grupo Sarney de comunicação.
Sarney Filho e de Edinho Lobão que acompanharam a ex-governadora também fizeram coro à campanha política de Roseana cobrando serviço da “polícia do governo Flávio Dino” para elucidar o que consideravam ser mais um crime de pistolagem ocorrido no Maranhão.
Foram seguidos por seus asseclas na Assembleia e nas redes sociais, que no afã de atingir Flávio Dino responsabilizaram por omissão o governador pela morte do ex-prefeito, em um triste oportunismo que os fez tentar politizar uma tragédia, sem levar em conta as investigações policiais.
Mas o que não esperavam é que o tiro saísse pela culatra. A rápida elucidação do crime na mesma quinta-feira do velório e das declarações e discursos transloucados dos sarneysistas exigindo uma solução para o caso e punição rigorosa para os culpados, expôs o ridículo dos falastrões.
Com a prisão do aliado Nenzin Júnior pelo “bárbaro crime”, Roseana, Zequinha, Edinho e outros seres da mesma espécie que vociferaram por Justiça caíram em um silêncio sepulcral.
Esse povo do Sarney tem que ir pro inferno passaram 4 décadas no poder e no entanto só roubaram o estado levando ao pior estado do nordeste em saúde em educação segurança pública o Maranhão tem que ir pra frente não pra trás
Oligarquias tipo as dos coutinhos, resendes, cunhas… pistolagem, desvio de $ público público…. q vergonha hein blogueiro? Usar um tragedia familiar sendo usada pra atacar politicamente a Roseana, nível Márcio Jerry mesmo …. desespero mesmo
É pq ele também é comprado por um dos lados, claudionor! por isso ele é caolho, só enxerga com um olho
No tempo dessa bruxa Roseana Sarney, a pistolagem campeava solta no Estado. Morte do delegado Stênio Mendonça, vários prefeitos assassinados, jornalista Décio Sá, blogueiros, degola de presos em penitenciárias, ataques a ônibus pelo crime organizado tudo isto aconteceu no governo desta imunda, nem porisso houve tsunami aqui em São Luis.
E agora o crime acontecendo no seu quintal pelos próprios aliados, filho assassinando pai ex prefeito Nezim. E o caso resolvido em menos15hs. Esses vagabundo se danam a fazer zuada e mijar nos proprios pés.