Lobão, Edinho e Márcio: obras de arte e lavagem de dinheiro, segundo a PF

Documentos obtidos pela Folha revelam que o filho do ex-ministro e ex-senador Edson Lobão, Márcio Lobão, chamava os dólares em espécie utilizados no esquema de lavagem de dinheiro de “chocolates”.

Em acordo com o Ministério Público Federal, os galeristas Ricardo Trevisan e Rodrigo Editore confessaram o crime de lavagem de dinheiro através da venda de obras de arte  e apresentaram capturas de tela de conversas via WhatsApp com Márcio Lobão.

“Estou aqui no aeroporto à espera. Te aviso. Preciso te encontrar no aeroporto. Se conseguir embarcar, não terei muito tempo. Estou levando seus chocolates e não poderei carregar eles pela cidade e ou entregar para teu motorista, corre o risco de ele comê-los todos”, diz mensagem enviada a Editore, cuja autoria é atribuída a Márcio Lobão.

Ele e o irmão Edison Lobão Filho, o Edinho Lobão, foram alvos da Operação Vernissage que apura um esquema de propina e de lavagem de dinheiro, por meio da compra de obras de arte e transações imobiliárias. (Saiba mais Aqui).

A suspeita é que o esquema foi montado para ocultar o “chocolate” ilícito amealhado pelo pai, Edson Lobão, quando ministro das Minas e Energia.

Segundo a PF, o esquema de propina rendeu mais de R$ 12 milhões à família Lobão. 

Em agosto do ano passado o produto do cacau também alimentou o esquema do senador Flávio Bolsonaro.

Pelo jeito, o chocolate recheia os cofres de páscoa dos clãs.

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