Pam Diamante promove exames de consciência no combate à violência contra a pessoa idosa
Centro de Referência de Exames de Média e Alta Complexidade, Policlínica vai além das ressonâncias e realiza ações alusivas ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa
O Centro de Referência de Exames de Média e Alta Complexidade, a Policlínica do Diamante tem se transformado em uma verdadeira casa de saúde, onde além das ressonâncias, taxas de glicose e tudo o mais que afere as condições da máquina humana, promove campanhas não farmacológicas com vistas à melhoria da qualidade de vida do maranhense, especialmente a da pessoa idosa.
Esta semana os idosos atendidos no Espaço Diabético e na cardiologia da Policlínica, serviço vinculado à rede de unidades da Secretaria de Estado da Saúde, participaram de ações alusivas ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A unidade de saúde realizou palestras, vacinação, aferição de pressão e teste de glicemia.
“É importante a gente informar não apenas o idoso, mas também a família em relação aos direitos e, sobretudo, para que conheçam os tipos de violência a que estão sujeitos na rua ou até mesmo em casa”, pontou Cheslúzia Farias, diretora geral da Policlínica Diamante.
Atualmente, a unidade de saúde, gerenciada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), realiza cerca de 1.352 atendimentos por mês no Espaço Diabético e na cardiologia e a maioria dos pacientes tem idade acima de 60 anos.
Dona Maria de Jesus Nunes, de 83 anos, é uma das pacientes que aproveitou a ação para atualizar a carteira de vacinação e conhecer um pouco mais sobre seus direitos. “Eu acho muito bom participar de momentos como este porque a gente aprende um pouco mais sobre nossos direitos e também a identificar se está sendo vítima de algum tipo de violência”, afirmou a idosa.
A coordenadora estadual da Política da Pessoa Idosa da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Débora Jataí, foi uma das palestrantes e destacou que a maioria dos casos de violência contra o idoso ocorre dentro de casa. “O idoso é o veículo que a gente espera que, ao identificar, primeiro diga não e depois possa denunciar para as autoridades competentes para que essa pessoa que faz a violência seja punida. Muitas vezes é um familiar, o que dificulta mais a denúncia. Hoje é um dia que a gente não espera comemorar, mas infelizmente ainda é uma realidade mais do que dolorosa dentro das famílias onde os idosos estão”, ressaltou.
O promotor especializado na pessoa idosa, Augusto Cutrim, lembra que a população está envelhecendo, por isso é fundamental trazer à sociedade o conhecimento que existe violência contra este público. “Nós temos todo um contexto de violência que acaba implicando nesta população que, muito em breve, será o maior número no nosso país e no mundo. Atualmente existem mais idosos do que jovens com menos de 20 anos, então temos que nos preparar para receber esta população, para que possamos ter uma velhice digna, ativa, autônoma e independente”, ressaltou o promotor, que pontuou ainda que a promotoria recebe diariamente cerca de duas a três denúncias de violência contra a pessoa idosa.
Categorias de violência
Dentre as principais violências cometidas contra a pessoa idosa, estão a patrimonial financeira, que é quando as pessoas se apropriam do dinheiro e bens; a violência psicológica, quando o idoso não é ouvido ou não é lembrado pela família, o que pode causar doenças como depressão e outras comorbidades que começam por causa desse abandono familiar. Além da violência física, com beliscões, tapas ou até agressões mais graves.
Denúncias
Para denunciar a violência contra o idoso, basta procurar a Defensoria Pública, a Delegacia do Idosos ou ligar para o Disque 100.