
Na sessão da última quinta-feira (09) o deputado Eric Costa (PSD) denunciou a discrepância do preço de compra do boi vivo e o de venda ao consumidor, resultado de possível cartelização dos frigoríficos que dominam o direito do abate e definem o preço da arroba (equivale a 15K), a que o produtor rural deve se submeter.

O controle de preço por quem compra e não por quem vende seria até ideal se reproduzida na relação de consumo. No entanto, a imposição que ocorre no campo se inverte no prato do consumidor. E de maneira absurda, conforme os números apresentados por Eric Costa.
‘Em fevereiro de 2022 o frigorífico estava comprando a carne do criador a R$ 340 Hoje, o preço que o frigorífico está comprando de quem cria, lá no campo, é de R$ 240. Ou seja R$ 100,00 a menos, que não chegou à mesa do consumidor’, disse o deputado, por telefone ao blog.
A gravidade da denúncia de Costa aumenta quando é de conhecimento público que o mesmo frigorífico que abre é o mesmo que revende a carne na capital, por exemplo. Se a margem de lucro cresce com a revenda direta em uma escala de preço aplicada no mercado, ela é criminosa quando o preço inicial cai 29,41% e o final se mantém em alta ou estável.
Se em 22 o preço da arroba era de R$340, o frigorífico pagou por quilo de carne, sem distinção de corte, R$ 22.66. E, agora em 23 é de R$ 240, o quilo sai por R$ 16.
Durante a sua passagem pelo Maranhão, o então candidato Lula teve um encontro com as quebradeiras de côco, que ficou marcado pelo depoimento de Dona Emília.
“Muita gente não tem o que comer, muita gente não tem que botar na panela, muita gente não tem o que dar para os seus filhos, muita gente não sabe o que é mais comer um pedaço de carne, que aumentou demais dentro da nossas comunidade” disse e perguntou a Lula:
“Um quilo de carne, custa R$ 35, R$ 40. Qual é o pobre que tem condição de comprar 1 kg de carne pra comer ?”.
E avisa
“ Eu vou dizer uma coisa pra vocês, se não botar aquele homem no Mato fora, ele vai matar todo mundo, todo mundo vai morrer de fome gente, de fome”.