Agora aos sábados, o dia da criação, e por coincidência estreando no dia da mentira, Deu no D.O. abre com uma nota inusitada diante das ocorrências que a coluna costuma registrar. A prefeitura de São Luís vai distribuir quase 1 milhão de reais em absorventes na rede municipal de ensino. Itinga, Pinheiro, Brejo de Areia, Matões, Cajapió e Bom Jesus da Selva completam a edição. A coluna não registrou surto de Covid e tampouco o deputado Yglésio correndo atrás ou sendo colocado pra correr por algum torcedor injuriado.
Parece mentira… – A prefeitura de São Luís realmente contratou a empresa Comercial Goa Eirelli para fornecer R$ 950.791,68 em absorventes higiênicos, externos e com abas.
O ‘modes’ será distribuído entre as alunas da rede municipal de ensino até o dia 31 de dezembro.
…Mas não é – Pais, mães e estudantes devem acompanhar esse processo de distribuição, conferir a quantidade e preço unitário dos absorventes.
É preciso garantir que realmente chegue a quem mais precisa. E não seja absorvido pelos mesmos que recebem auxílio família e metem a mão em tudo que podem.
Buchada I – A diferença de valores nas compras de materiais de limpeza e a de gêneros alimentícios pela Câmara Municipal de Itinga é de constipar qualquer cristão.
Foram adquiridos R$ 76.922,20 em produtos de limpeza (Alves Distribuidora Eireli) e R$ 103.874,86 em alimentos (Mega Vendas Distribuidora LTDA).
Buchada II – Qual a saída que os 11 vereadores e os 24 funcionários do Legislativo utilizam para evacuar tudo que ingerem pela boca?
Ou tem gente correndo pra fazer em casa ou tem muita merda por aí…
Pano de chão I – Pelo valor do contrato e pelo gato escaldado ter medo de água fria, não é pouca a sujeira que a prefeitura de Pinheiro tenta limpar.
Com início na mesma data em que é assinado contrato publicado no Diário Oficial, o serviço de manutenção da limpeza pública contratado por R$ 3.846.643,43 vai de fevereiro a setembro.
Pano de chão II -A A.B. de Sousa Neto Ltda é a empresa responsável por passar o pano. E do jeito que fazem a limpa, não vai sobrar mais nada, além de búfalos e mangue.
No limo, talvez, o busto de um filho ilustre
Aplicativo – Como o brejo é de areia, entre os 1.568 brejareienses matriculados nas 27 escolas de ensino fundamental não vai ter jia nem cururu.
O que vai sair pelo ladrão, durante o período escolar, são 700 mil reais em suprimentos de informática contratados da empresa W. W. R. dos Santos Amorim Comércio e Serviços Eirelli.
É fio de cabo a rabo e buracos de USB suficientes para deixar todo mundo com a cabeça nas nuvens, enquanto o vil metal jorra pelo brejo.
Zona do agrião – Em Matões, o negócio foi de fundir o HD. Mais de meio milhão de reais em aquisições de computadores e suprimentos de informática a essa altura do campeonato, é descaso ou nada é por acaso.
Em atendimento às necessidades das secretarias de Educação (R$ 225.313,00); Governo (R$ 184.907,97) e Saúde (R$ 146.496,93); R$ 556.717,90 caíram na rede da empresa Diego L de O Helal- ME.
Na veia – Já em Cajapió, oi negócio é ficar internado e ter a sorte – ou sabe-se-lá o quê – das amizades dedicadas, iguais as da Bentes Sousa & Cia. LTDA.
De uma só vez, arrematou R$ 2,08 milhões, divididos em três contratos.
Fornecimento de equipamentos (R$ 247.800,00); medicamentos (R$ 1,4 milhão) e material hospitalar (R$ 170.411,77).
Hosana nas alturas I – Em meio à selva, o bom Jesus atendeu às preces da J.R. Construtora e Engenharia Pimentel Ltda. e concedeu R$ 3,5 milhões em duas graças, sem qualquer pagamento de promessa.
Hosana nas alturas II – Os dispêndios de R$ 1,9 milhão e de R$ 1,6 milhão foi com o objetivo de contratar “empresa especializada em obras para reforma de prédios públicos e logradouros públicos”.
Hosana na alturas III – Quais prédios, quais praças não vieram à público, de acordo com os extratos dos contratos veiculados no Diário Oficial.
Eis o mistério da fé.