Covid-19 mata um jornalista por dia no Brasil
Não se trata aqui de uma disputa macabra sobre qual a categoria de trabalhadores é mais atingida pela Covid no Brasil. Mas de registrar uma condição que atinge os profissionais de comunicação, em especial a dos jornalistas. Como se já não bastassem os péssimos salários, censura, desrespeito e tantos jabutis que se dizem profissionais de imprensa, só porque escrevem um blog.
Levantamento divulgado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) revela que, na média, em 2021, um profissional morre por dia no Brasil. E, isto sem contar que – não sei por que cargas d´água o repórter e o apresentador de programa de rádio são radialistas e dos de TV, jornalistas – os números da Fenaj excluem os profissionais do rádio e os dados são referentes ao primeiro quadrimestre do ano.
De acordo o dossiê divulgado pela entidade, de 1º de janeiro a 30 de abril de 21, 124 jornalistas morreram em decorrência da Covid no País.
No Maranhão, o sindicato não tem o número real de vítimas da pandemia. A Fenaj registra somente 4 óbitos de jornalistas no estado. Roberto Fernandes, 61 anos, 24/04/20; Saulo Gomes (Imperatriz), 56 anos, 11/11/20; Regis Marques, 62 anos, 17/12/20 e Rosenira Alves, 60 anos, 27/03/21.
Os óbitos do jornalistas Luiz Pedro (dia 2), Ruben Mukama (dia 4) e do repórter fotográfico Juracy Meireles (dia 4) ocorreram nesta última semana, mais de um mês depois da elaboração do dossiê da entidade.
No dia 29 de maio, o governo do Maranhão deu início à vacinação dos jornalistas no estado.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Luís, Douglas Cunha, enviou dia 18 de janeiro ofício ao Governo do Estado solicitando o empenho do governador Flávio Dino no sentido de determinar a inclusão dos ´jornalistas e radialistas´ na lista dos prioritários à vacina contra o coronavírus.
Segundo o portal Comunique-se o Brasil ocupa o topo da lista com mais jornalistas mortos em decorrência da pandemia.