Lula se despede da presidência do Conass com atuação em defesa do SUS exaltada pelos Estados
Advogado, secretário maranhense se destacou na defesa da saúde pública e no enfrentamento da pandemia
Após dois mandatos consecutivos, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, deixa a presidência do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), nesta quarta-feira (23). Durante a assembleia em Brasília, diretoria e membros destacaram a atuação do maranhense à frente do Conselho.
Em julho de 2020, Carlos Lula foi eleito em meio à crise do desabastecimento do kit de intubação no Brasil e a corrida mundial para compra das vacinas contra a Covid-19. Em sua última assembleia como presidente do Conselho, Carlos Lula destacou os feitos a partir da união de todos os secretários.
“Ninguém tinha ideia do que iria enfrentar naquele momento, mas a gente conseguiu se unir. Eu não tenho como agradecer o fato de a gente ter caminhado e trilhado esse difícil momento juntos. A gente é muito mais forte quanto está unido. O Conass é serviço público no sentido mais genuíno possível. Ele é um Conselho que virou referência para outros conselhos de políticas públicas”, destacou.
Durante a gestão de Carlos Lula, o Conass combateu duas ondas da pandemia provocada por variantes, além da execução da vacinação e discussões sobre o financiamento federal aos serviços de saúde implantados pelos Estados e Municípios para assistência aos pacientes da Covid-19.
“Carlos Lula deu um espaço muito confortável para todos os gestores do SUS saberem que seria possível resistir e vencer a pandemia e chegarmos numa posição de êxito aonde o sistema público de saúde está mais fortalecido, aonde as vacinas chegaram a todo o país e aonde vamos deixar um legado para a saúde pública brasileira”, afirmou o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes.
Por meio da interlocução do presidente do Conass, o Sistema Único de Saúde conquistou o financiamento federal permanente de 6,5 mil leitos de UTI abertos durante a pandemia, bem como vacinas de diferentes laboratórios para avançar na proteção do país contra o vírus, além de recursos para manutenção dos leitos Covid em todos os estados.
“Carlos Lula elevou o nome do Conass na sociedade brasileira, trabalhando fortemente pela construção da política pública no enfrentamento da pandemia. Nesse momento a gente só tem a agradecer pela honradez como trabalhou. Sem dúvida, ele deixa o Conselho mais forte e unido. O caminho da unidade é legado que Carlos Lula deixa para a instituição”, afirma o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.
Carlos Lula é o primeiro secretário de Saúde do Maranhão a conquistar a presidência do Conselho, que completou 40 anos de existência este ano.
Nova diretoria
Nesta quarta (23), os secretários elegeram a nova diretoria do Conselho para o período 2022/2023. Nésio Fernandes, do Espírito Santo, assume a presidência tendo por vices Fábio Baccheretti, de Minas Gerais; Juan Silva, do Amapá; e Cipriano Maia, do Rio Grande do Norte. As Regiões Centro Oeste e Sul determinarão os nomes dos vices-presidentes na assembleia do Conass do mês de abril.
Fernandes parabenizou a condução de Carlos Lula frente à instituição e afirmou que ele imprimiu de maneira clara a figura do gestor sanitarista. “Você assumiu este desafio de fazer a engrenagem do SUS funcionar e fez isso muito bem”, destacou.
Para o presidente eleito, estar à frente do Conass é um desafio, principalmente porque a pandemia ainda não acabou. “Coloco-me à disposição de todos para, com um pacto de lealdade e confiança saber honrar e conduzir os trabalhos nesses próximos dias. Viva o SUS e viva os gestores brasileiros que sem dúvida nenhuma salvaram milhares de vida”.