De acordo com o próprio Vacinômetro divulgado pela prefeitura de São Luís, as pessoas que tomaram a primeira dose da vacina, correm o risco de ficar sem a segunda dose e não completar o ciclo de imunização
Publicados no final do expediente de cada dia de vacinação, o Vacinômetro desta quinta-feira, dia 10, soma a primeira, 420.294, com a segunda dose, 114.667, para destacar que das 593.447 recebidas, (420.294 + 114.667) 534.961 foram aplicadas.
Em letras miúdas, o Vacinômetro observa que o total de vacinas recebidas, inclui as segundas doses reservadas a quem tomou a primeira e aguarda os três meses necessários para receber a segunda.
Agora, faça um cálculo matemático simples. Subtraia as doses aplicadas das recebidas, e perceba que a sobra de estoque é de 58.486 ampolas de vacinas. Enquanto que a diferença entre a 1a e a 2adose (420.294 – 114.667) é de 305.627.
Ou seja: 305.627 mil pessoas estão com data marcada para receber a segunda dose, que deveria estar garantida.
Se considerarmos – um exagero, é bem verdade – que todas as 167.310 vacinas da Pfizer, imunizante dose única recebidas pelo Maranhão foram destinadas para São Luís, ainda seriam necessárias (305.627 – 167.310) 138.317 ampolas da CoronaVac ou AstraZeneca para completar a imunização de quem tomou a primeira dose.
Se o estoque, a partir dos dados do Vacinômetro, é de 58.486 vacinas, de onde ele vai tirar as outras 79.831 (138.317 – 58.486) segundas doses? E isso levando em conta todas as vacinas da Pfizer!
Para completar, na sua busca incessante por recordes, Eduardo Braide anunciou a abertura do cadastro para quem tem 25 anos e a vacinação de pessoas de 30 a 34 anos, de hoje até domingo.
Além de aumentar o número de pessoas à espera da segunda dose, a redução da faixa etária vai reportar maiores aglomerações do que as já provocadas pela política de concentração dos pontos de vacinação, levada a tento pela prefeitura braidista.
Dados do IBGE evidenciam que quanto menor a idade, maior a população. Entre, por exemplo, 50 a 54 anos, o senso de 2010 aponta 46.152 pessoas vivas; e de 35 a 39 anos, 77.585. Uma diferença de quase 30 mil almas!
De 30 a 34 anos, São Luís tinha em 2010, 92.015 pessoas. Sem considerar o aumento populacional nesses 10 anos, nessa sexta 14.430 pessoas a mais estarão aptas a receber a vacina.
Conhecido por sua capacidade de apresentar soluções rápidas de problemas que exigem tempo e planejamento, o prefeito Eduardo Braide precisa tomar ciência de que a vacinação contra Covid-19 não é a mesma coisa do Rapidão, linha de ônibus festejada por diminuir pela metade o tempo de transporte entre a casa e o local de trabalho do ludovicense.
Enquanto a mobilidade urbana enganosa provoca uma irritação passageira, a promessa furada de imunização coloca em risco a vida da população.
É um pássaro? É um avião? Não, é Braide, O Rapidão!
A oposição sangra de inveja. O homem trabalha. Está claro que próximas eleições sera primeiro turno independente de quem sair candidato de oposição.