O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM) saiu de São Luís, onde esteve nesta sexta-feira em campanha pela reeleição, com a convicção de quem experimentou dois momentos distintos, que comprovam a liderança do governador Flávio Dino (PC do B) e a decadência do ex-senador José Sarney (PMDB).
Maia visitou os dois e percebeu a enorme diferença entre um e outro pelo número de deputados federais e lideranças políticas que cada um conseguiu reunir para recebê-lo.
Enquanto o velho oligarca arregimentou apenas dois deputados no exercício do mandato, Victor Mendes (PV) e João Marcelo (PMDB), e um outro licenciado, o ministro do Meio Ambiente-Sarney Filho (PV), que sem direito a voto pouco conta em uma disputa eleitoral, a exemplo do senador João Alberto (PMDB), que atendeu o apelo do chefe e participou da reunião para a vergonha não ficar maior ainda; o governador Flávio Dino recebeu Rodrigo Maia com seis deputados federais, Rubens Pereira Júnior (PC do B), José Reinaldo Tavares (PSB), Luana Alves (PSB), Julião Amim (PDT), Weverton Rocha (PDT) e Waldir Maranhão (PP); três deputados estaduais, Cabo Campos (DEM), Antônio Pereira (DEM), e Stênio Rezende (DEM), dois vereadores, Raimundo Penha e Pavão Filho, ambos do PDT; os secretários Marcelo Tavares (Casa Civil) e Márcio Jerry (Comunicação e Assuntos Políticos); e o prefeito e vice-prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda (PDT) e Júlio Pinheiro
Sarney que prometera reunir 12 dos 18 deputados federais que formam a bancada maranhense, só conseguiu três deputados federais pelos laços de sangue e cumplicidade política. E só lá estavam por ser filho de alguém criado sob os auspícios da oligarquia durante os 40 anos de poder e desmandos no Maranhão.
Victor é filho do ex-prefeito de Pinheiro, ex-secretário do governo Roseana, e sobrinho de Sarney, Filuca Mendes, João Marcelo é filho do senador João Alberto, e Sarney Filho, é filho de quem é.
Não tinham como negar o clamor do decadente morubixaba responsável pela carreira política dos seus pais!
E se a visita a Sarney foi protocolar e buscava garantir o apoio do PMDB, a de Flávio Dino foi por reconhecimento e importância do papel que hoje ele ocupa no País.
– O governador Flávio Dino é um quadro que foi deputado comigo de grande qualidade, foi sempre uma referencia para todos nós na Comissão de Constituição e Justiça, e tenho certeza que como governador está realizando um trabalho excepcional. E é claro que o apoio dele e dos deputados que são próximos a ele é muito importante e me dá muito orgulho de ter a possibilidade de estar junto com o governador, com o vice-prefeitos, os deputados, os partidos que eles representam – fez questão de ressaltar Maia.
Flávio Dino classificou o encontro como uma oportunidade de diálogo sobre a situação difícil que vive o Brasil e a necessidade de o parlamento ter uma pauta adequada aos problemas nacionais.
– Foi um momento de diálogo e como político, como governador do Estado, desejo que seja possível a Câmara ocupar com grande força, vitalidade e eficiência o lugar que é seu e somente seu. Nós temos três poderes na democracia, e nenhum poder pode ficar acima do outro. E o Congresso Nacional é a expressão máxima da soberania popular – disse o governador.
O deputado Juscelino Filho (DEM) acompanhou Rodrigo Maia nas duas visitas, embora tenha ido a contragosto à famosa Casa mal-assombrada, no Calhau.
Repetir esse mantra de que Sarney já era, que o tempo dele já passou, parece coisa de quem quer se convencer, pela simples repetição, de uma realidade inventada. Se ele de fato já foi danoso para o Maranhão e hoje em dia não é mais nada, então para que ficar falando dele a toda hora? Para que ficar se comparando a ele? Caramba, parece coisa de gente recalcada, que no fundo só queria fazer igual ou ser da mesma turma. A gente não se preocupa nem cuida daquilo que já foi e não é mais – a menos, é claro, que não se tenha nada para mostrar de novo, de melhor ou de diferente. Ai sim faz sentido ficar apontando o perigo inexistente de um inimigo derrotado e morto.