
Só muda os atores, mas o modus operandi é o mesmo dos filmes do velho estrelado por Giuliano Gemma.
Em operação que investiga supostos desvios em emendas orçamentárias destinadas à saúde no Maranhão em que os deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram mencionados, a Polícia Federal encontrou um livro com as páginas recortadas para esconder uma arma.
O livro estava na casa de Abraão Nunes Martins Filho, vereador em Itapecuru-Mirim (PDT), que, segundo policiais, teria como função ameaçar prefeitos que não aceitassem pagar propina após receberem recursos de emendas.
Maranhãozinho, o Pastor e o Bosco Costa constavam como autores de emendas em lista manuscrita que estava na casa de agiota que supostamente coordenava o esquema, Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, dono de postos de gasolina no estado que seriam usados para lavagem de dinheiro.
Os nomes dos parlamentares também aparecem em uma mensagem de WhatsApp trocada entre o filho de Pacovan, que trabalha com o pai, e Abraão Nunes Martins Filho, um dos responsáveis por fazer a cobrança da extorsão, geralmente com uso de intimidação e violência.
A pistola era a bíblia desse Abraão.

