Durante os anos 70/80 as presepadas de Didi contra o musculoso sargento Pincel, interpretado por Roberto Guilherme, nos enchia de riso e glória: os mais fracos, os pele e osso, os feios, venciam os brutamontes, os favorecidos, os bem-vestidos.
Na noite de sábado, o jovem Lucas Rodrigues Nascimento nos fez lembrar a personagem de Renato Aragão, ao ‘roubar’ a faixa de bolsonaristas que faziam tumulto em frente a hotel em Fortaleza, onde Lula participava de evento ao lado do governador do Ceará, Camilo Santana (PT).
Para deixar os bolsonaristas ainda com mais raiva, Lucas ainda retorna para comemorar o feito com uma dancinha. Quem estava presente foi ao delírio. Exceto, claro, os seguidores do mito. Tentaram, sem sucesso, agredir o inusitado ‘ladrão’ antifascista.
Quanto mais ele dançava, mais o gado bufava!
Os tipos populares do Ceará Moleque
Ceará – Estado de Graça
Lucas virou a sensação da internet. Um herói das redes sociais.
“…Ele não é apenas o herói que o Brasil merece, mas o herói que o Brasil precisa agora […] porque ele não é um herói. É um debosche insidioso, um sarrador zeloso. É o Cavaleiro das Tretas”.
“Zoar bolsominions em público é um sonho que ainda preciso realizar. Esse rapaz é uma inspiração”.
“O verdadeiro mito”.
“Meu herói não usa capa. Usa regata, faz passinho, sarrada e ainda dança frevo”.
Lucas Rodrigues Nascimento encarnou o espírito do Ceará Moleque, termo que define a alma do povo cearense e explica a terra-berço de Chico Anysio, Renato Aragão, Tom Cavalcante. A vingança dos excluídos é rir da própria miséria.
