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    Braide usa crianças na farsa da entrega de obra de reforma já entregue por Edivaldo em escola no Jaracati

    Braide durante entrega de obras de reformas do Pedro Marcosini no Jaracati . Os rostos das crianças foram desfocados pelo blog

    O prefeito Eduardo Braide entregou no último dia 9 de julho, no bairro do Jaracati, a mesma UEB (Unidade de Educação Básica) Pedro Marcosini Bertol entregue pelo ex-prefeito Edivaldo Holanda na noite de 15 de dezembro de 2020, conforme registro de fotos e matérias de jornais.

    As únicas diferenças são o nome do programa de obras, que antes era Educar Mais e agora Escola Nova; a cor da(e) fachada, do vermelho para o azul, e o uso de crianças fardadas para compor a propaganda enganosa, travestida de cobertura jornalística da entrega de grandiosa obra de reforma.

    O art.18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que “é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.

    Com as aulas presenciais suspensas por motivo da pandemia, divulgar fotografias nos jornais e sites (todos os caminhos levam às redes sociais) com crianças fardadas fingindo ler um livro sob o olhar atencioso do prefeito ou com ele dividindo uma mesa de estudo em uma escola fechada, é no mínimo atentar contra a dignidade dessas crianças. Por mais que ilustre uma reportagem que corresponda à realidade dos fatos. O que não é o caso. É muito pior.

    A prefeitura de São Luís utilizou crianças para montar um farsa . As cenas com as estudantes foram premeditadas como um produto de mídia. Os senhores do La Ravardière precisavam responder à campanha promovida pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís – Sindeducação, que expôs não só o estado de abandono das escolas, mas a falta de condições mínimas de segurança sanitária para o retorno das aulas presenciais em 90% das UEBs. O temor é que a denúncia possa levar à pique a imagem que sustenta a administração Braide, o sucesso da vacinação contra a Covid-19.

    Veja as condições das escolas e o material da campanha promovida pelo Sindeducação

    O arremedo também é uma tentativa de conter o escândalo dos 80 mil chips e tablets que deixaram de ser distribuídos aos alunos e professores da rede municipal. Licitada na gestão anterior, o prefeito Eduardo Braide suspendeu a compra do ‘kit tecnológico’, considerado essencial na aplicação de aulas remotas durante a pandemia. Esse foi um dos motivos da demissão da vice-prefeita Esmênia Miranda da Secretaria Municipal de Educação.

    A montagem da farsa fica evidente na matéria e fotos disponibilizadas na página oficial da prefeitura de São Luís. Comparando-as com o mesmo material distribuído pela administração Edivaldo Holanda percebe-se que não tiveram nem mesmo a preocupação de criar uma narrativa focada nos novos reparos necessários à obra ‘inacabada’ entregue pelo ex-prefeito, tampouco a de evitar fotografias que pudessem revelar a ridícula encenação. São praticamente iguais as registradas quando da entrega de 15 de dezembro.

    O risco de negar um fato tão próximo, amplamente divulgado e facilmente verificável, inclusive pelos moradores e colegas das crianças no Jaracati, bairro onde seis meses antes, o ex-prefeito entregou, além da reforma da Pedro Marcosini, obras de drenagem, asfaltamento e uma praça em clima de grande festa, é um acinte ainda maior às garantias legais previstas tanto na Constituição Federal, quanto no ECA.

    O uso premeditado das crianças é manifesto. Nada justifica uma escola com 240 alunos comparecerem ao evento de entrega das reformas somente os integrantes da fanfarra e os figurantes que modelaram o protagonismo do prefeito-herói. Nem mesmo as mães, que têm natural interesse em um futuro melhor para seus filhos, apareceram para conhecer as novas condições de ensino.

    A indiferença e o descaso da prefeitura de São Luís com as consequências danosas ao futuro dessas crianças, ao serem ridicularizadas ou constrangidas pelos amigos do próprio bairro, afinal elas fingiram estudar ao lado do prefeito, são gritantes.

    O próprio leitor poderá averiguar e dimensionar a seu critério o tamanho do disparate, que a meu ver é de um cinismo criminoso. Os rostos das crianças foram desfocados (recurso da lupa) pelo blog para evitar propagar ainda mais o abuso.  

    Primeiro observe nas reproduções abaixo dos textos distribuídos que as palavras da assessoria de Braide sobre as obras de reforma na Marcosini Bertol foram praticamente as mesmas das utilizadas por Edivaldo.  O telhado virou forro, a pintura completa virou pintura interna e externa e o mobiliário virou mesas e cadeiras. Se houvesse um seis no passado, no presente paralelo, seria meia dúzia!

    Veja

    Ja uma imagem vale por mil palavras e para que que não reste qualquer sombra de dúvidas, observe o Globo nos retratos abaixo. No primeiro, referente ao registro da reforma entregue pelo ex-prefeito, ele está no canto e o destaque são as novas mesas e cadeiras da sala de estudo. No panorama seguinte, ele ocupa o centro da cena, cercado pelas crianças fardadas e, claro, do prefeito Braide, magnânimo. Mas, pelo menos, mesmo com a reforma de Braide, a terra continuou redonda.

    Opinião

    Se não inventou a roda ou incendiou Roma, não há o que se falar, para o bem ou para o mal, sobre grandes obras nos primeiros seis meses de qualquer governo. Na ausência de motivos para dar publicidade, a entrega das obras de reforma do Pedro Marcosini foi uma invenção para fazer propaganda. A publicidade dar conhecimento de uma realidade. A propaganda vende uma realidade que você deseja que os outros venham a creditar. A linha que separa uma da outra é tênue e, de acordo, com o ponto de vista, as duas se confundem ou se revelam. Na publicidade financiada com dinheiro público, o gestor presta conta à sociedade. Na propaganda, ele mete na conta da sociedade.Em ambos os casos, não se pode enganar os fatos e as razões do tempo.

    O caso da entrega de uma obra de reforma já entregue na gestão anterior tem que ser investigado, principalmente se houve dispêndio de recursos públicos ou improbidade administrativa. No entanto, o importante nessa questão é que o prefeito Eduardo Braide responda pelo uso de crianças fardadas para compor o cenário de entrega de obras de reformas de uma escola fechada por motivo da pandemia, por mais que ele realmente tenha feito alguma reforma, embora as fotos divulgadas mostrem o contrário.

    Neste sentido, é fundamental que o Ministério Público, Defensoria Pública e entidades da sociedade civil entrem em campo e defendam as garantias legais previstas pela Constituição Federal e o Estatuto da Criança do Adolescente. E que o prefeito Eduardo Braide arque, se for o caso, com o peso de sua irresponsabilidade.

    Mais de 80 sorteados ainda não resgataram prêmio em dinheiro da loteria Dose Premiada

    Governador Flávio Dino e secretário Carlos Lula acompanharam o primeiro sorteio (Foto: Brunno Carvalho)

    De acordo com dados da Secretaria de Estado de Governo (Segov), até o momento, pelo menos 87 sorteados no programa Dose Premiada ainda não buscaram seus prêmios. Com prêmios de até R$ 10 mil, a iniciativa visa estimular a população que mora no Maranhão a tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. 

    Já foram realizados dois sorteios pelo programa: o primeiro no dia 25 de junho e o segundo no dia 9 de julho, com 150 sortudos beneficiados com prêmios de R$ 1.000,00, R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00. 

    A participação no sorteio não requer cadastro. Todos os moradores do Maranhão que já tenham tomado a segunda dose da vacina contra a Covid-19 estão concorrendo automaticamente. A lista de sorteados está disponível no site do programa (dosepremiada.ma.gov.br). 

    Apesar da facilidade para participar dos sorteios e para receber os prêmios do programa Dose Premiada, ainda é alto o número de pessoas que não recebeu as premiações. 

    Como receber o pagamento

    É fácil receber as premiações do Dose Premiada. Para receber o pagamento o sorteado deverá apenas enviar uma mensagem pelo email dosepremiada@segov.ma.gov.br ou entrar em contato pelos números (98) 2016-4344 e (98) 2016-4345, informando seus dados de contato. Simples assim. 

    Se você mora no Maranhão e já tomou a segunda dose de algum tipo de imunizantes contra o coronavírus, acesse dosepremiada.ma.gov.br e no site clique na aba ‘Lista de Sorteados’ para verificar se seu nome está na relação de felizardos.   

    Mas fique atento às rodadas da sorte! O próximo sorteio do programa Dose Premiada está marcado para a próxima semana, no dia 23 de julho. 

    Os sorteios são transmitidos nas seguintes redes sociais do Governo do Maranhão na Internet: Instagram (@governoma), Twitter (@governoma) e YouTube (governoma). 

    Vacina com eficácia plena: duas doses

    Durante o primeiro sorteio do programa, o governador Flávio Dino destacou a importância desse estímulo à vacinação. 

    “Além de se interessar pelo sorteio, lembrem as pessoas das suas famílias: compareceu na primeira dose, vá na data marcada para tomar a segunda dose. Tomou a segunda dose? Automaticamente está concorrendo ao programa Dose Premiada do Governo do Maranhão”, explicou o governador Flávio Dino.

    Vereador acusa Mical Damasceno de estar por trás de ataque à terreiro de matriz africana

    Jhonatan e Mical Damasceno

    O co-vereador Jhonatan Soares (Coletivo Nós-PT) responsabilizou a deputada Mical Damasceno (PTB) pelos ataques sofridos por terreiro de mina no bairro da Vila Nova. No último final de semana imagens dos orixás personificados nos santos católicos quebrados e o telhado da casa onde funciona o terreiro praticamente destruído.

    Jhonatan demonstrou a sua preocupação com o que considerou um levante de intolerância religiosa contra os terreiros de matriz africana em São Luís, incentivados por uma deputada estadual.  E cobrou uma ação mais concreta do governo do Estado para conter a parlamentar.

    “Quando a gente vê autoridades públicas se levantando, incitando ações criminosas, o nosso Estado precisa tomar uma atitude, inclusive o Coletivo Nós exige que o Estado do Maranhão, através da secretaria de segurança da secretaria de direitos humanos de igualdade, tome algum posicionamento em relação à atitude dessa deputada”, avisou.

    Jhonatan: “Ela não pode ir travestida de culto religioso disseminar o ódio contra terreiros”

    Na mesma quarta-feira da sessão da Câmara, representantes do governo, de entidades defensoras dos direitos humanos e dos terreiros de matriz africana, se reuniram para traçar uma rede de apoio e combate à intolerância religiosa.

    O número de ataques às casas de culto afro em São Luís aumentou assustadoramente em 2021. Segundo a Secretaria de Estado Extraordinária de igualdade Racial, cinco casos foram registrados em 2020, e, em apenas dois meses deste ano, ocorreram quatro atentados contra os terreiros de matriz africana na capital.

    O delegado Agnaldo Timoteo, da Delegacia de Crimes Raciais, Delitos de Intolerância e Conflitos Agrários, Antonio Carvalho, que participou da reunião de forma online disse que alguns suspeitos já foram ouvidos.

    Mical Damasceno diz que pai de santo estava com o demônio

    Em vídeo que circula nas redes sociais, a deputada Mical Damasceno em pronunciamento inflamado na sessão da Assembleia Legislativa do último dia 6 de julho, disse que o pai de santo João Curador estava com o cão, o demônio, ao tentar inibir culto evangélico em frente a “uma casa que não tinha nenhuma identificação de ser uma casa de culto de matriz africana”.

    Damasceno fazia referência a conflito anterior quando grupo de evangélicos foi à Vila Nova realizar, “como sempre faz em vários bairros”, pregações religiosas.

    A confusão começou quando o grupo ligou o carro de som. Damasceno diz o pai de santo não é um cidadão de bem. É um bandido que ameaçou cravar de balas os evangélicos, caso eles voltassem ao local.

    O Coletivo Nós é o nome do grupo que reúne seis representantes das comunidades da periferia e área rural da capital em só mandato, conferido pelas urnas de 2020. Além de Jhonatan, Delmar Matias, Eni Ribeiro, Eunice Chê, Raimunda Oliveira e Flávia Almeida compõem o coletivo.

     

     


    • ERREI Ao contrário do que foi publicado o nome do titular da Delegacia de Crimes Raciais, Delitos de Intolerância e Conflitos Agrários não é Antonio Carvalho, mas Agnaldo Timoteo. Correção feita às 00:40 do dia 16 de julho.

    O silêncio cúmplice, as fakes news e a imoralidade pestilenta de Chaguinhas

    O vereador Francisco Chaguinhas durante discurso negacionista / Foto: reprodução do Youtube

    Será que o vereador Francisco das Chagas Lima e Silva, o Chaguinhas, pode se aproveitar da imunidade parlamentar para promover fake news e atentar contra a saúde pública, incitando o não uso de máscaras, igual fez durante sessão da Câmara Municipal de São Luís, no último dia 30 de junho?

    A pergunta é pertinente a propósito da não repercussão conforme exige a gravidade de um caso que coloca em risco a vida da população. A máscara é considerada fundamental pela Organização Mundial de Saúde no controle da transmissão comunitária do vírus da Covid-19, e deve ser usada, inclusive, por quem já tomou a segunda dose da vacina.

    Imbuído de um patriotismo canhestro, Chaguinhas tomou pra si a missão de livrar a cara do presidente Bolsonaro, desqualificando a CPI da Covid, enxovalhando senadores, governadores, cientistas e até mesmo o ministro do STF, Roberto Barroso; e difundindo fake news sobre a origem do vírus e dos interesses econômicos que estariam por trás da pandemia que “assola o mundo inteiro”.

    Os absurdos se atropelam, sem que nenhum vereador no plenário ou da mesa diretora da Câmara dessem um pio sequer. O descaso e a indiferença ao discurso de um vereador afirmando da tribuna, que Anthony Fauce, o criador do vírus, procurou Bill Gates e juntos foram à China para “lá produzir em alta escala esse vírus que assola o mundo inteiro”, é uma das cenas mais degradantes da história do legislativo ludovicense.

    A situação se deteriora quando Chaguinhas retorna à tribuna no segundo expediente e promove um teatrinho macabro. Tira a máscara e diz que ela não vale nada, porque o próprio criador do vírus tem dito a amigos que a máscara “era como se fosse um alambrado para não deixar o mosquito passar”.

    Assista e veja com seus próprios olhos – I

    Como se não bastasse, Chaguinhas vaticina – com a altivez de um leitor de cientistas na internet – que a ciência exercida no Brasil é uma ciência falsa e que os cientistas contrários ao tratamento precoce precisam estudar.

    “Esta ciência que acompanhou o vírus nesse Brasil é uma ciência falsa. Os cientistas que deram as suas palavras, são cientistas falsos, porque eles não estudaram, eles não se aprofundaram e daí começaram com falácias e mais falácias”.

    Segundo o douto vereador, esses “falsos cientistas” sabiam que com o tratamento precoce não haveria tanta morte por Covid no Brasil e a pandemia não daria tanto dinheiro.

    Antes de baixar as cortinas, o desprezo de Francisco das Chagas Lima e Silva com as famílias dos 2.438 ludovicenses abatidos pela Covid, recebe o aval do vereador Gutemberg Araújo. Cirurgião Geral do Aparelho Digestivo e da Obesidade, Dr. Gutemberg parabenizou a sensatez do discurso.

    A situação se deteriora quando Chaguinhas retorna à tribuna no segundo expediente e promove um teatrinho macabro. Tira a máscara e diz que ela não vale nada, porque o próprio criador do vírus tem dito a amigos que a máscara “era como se fosse um alambrado para não deixar o mosquito passar”.

    Assista e veja com seus próprios olhos – II
    O uso de fake news para estimular a população a não usar máscara (início) e os parabéns do Dr. Gutemberg (1:33:00 a 1:33:28)

    O que o vereador Chaguinhas fez não tem guarita em nenhuma sociedade que se pretenda civilizada. Em ‘Como funciona o fascismo’, o professor da Universidade de Yale, Jason Stanley, nos lembra que atacando a ciência e minando as instituições democráticas, “a política fascista acaba por criar um estado de irrealidade, em que as teorias da conspiração e as notícias falsas tomam o lugar do debate fundamentado”.

    Nada justifica o silêncio sepulcral dos partidos e classe política e especialmente, das instituições públicas e das entidades da sociedade civil organizada.

    Se o problema for o art. 60 da Lei Orgânica do Município, que garante ao vereador a inviolabilidade civil e penal, “por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e no âmbito da circunscrição de sua atuação”, nada impede notas de repúdio e até mesmo de utilidade pública!

    Se não pelas barras da Lei, é preciso que por força da opinião pública, se coloque limite a esse tipo de gente. Não o limite da censura ou algo que vá contra o direito à liberdade de expressão. O limite do repúdio público, na mesma proporção do ataque. Quanto mais baixo é, mais baixo, o troco!

    E que não se alegue a tese da insignificância. As tribunas do Parlamento servem apenas de cenário das produções de vídeos próprios para circular nas redes sociais e suas bolhas. A história nos ensina o que dá não cortar o mal pela raiz.

    A criação do vírus em laboratório, a inutilidade da máscara e outras referências ao infectologista Anthony Fauce no pronunciamento feérico de Chaguinhas, são deturpações das trocas de e-mails entre Fauce e outros cientistas ainda no início da pandemia nos primeiros meses de 2020. As fake news foram desmontadas no Brasil pela Agência Lupa e pelo Projeto Comprova. Nos EUA, por Poynter, Factcheck.org, USA Today e AFP.

    Frei Betto: “Cuba resiste!”

    Manifestação em Cuba contra o governo. Yamil Lage/AFP

    Por Frei Beto no Carta Maior

    Poucos ignoram minha solidariedade à Revolução Cubana. Há 40 anos visito com frequência a Ilha, em função de compromissos de trabalho e convites a eventos. Por longo período intermediei a retomada do diálogo entre bispos católicos e o governo de Cuba, conforme descrito em meus livros “Fidel e a religião” (Fontanar/Companhia das Letras) e “Paraíso perdido – viagens ao mundo socialista” (Rocco). Atualmente, contratado pela FAO, assessoro o governo cubano na implementação do Plano de Soberania Alimentar e Educação Nutricional.

    Conheço em detalhes o cotidiano cubano, inclusive as dificuldades enfrentadas pela população, os questionamentos à Revolução, as críticas de intelectuais e artistas do país. Visitei cárceres, conversei com opositores da Revolução, convivi com sacerdotes e leigos cubanos avessos ao socialismo.

    Quando dizem a mim, um brasileiro, que em Cuba não há democracia, desço da abstração das palavras à realidade. Quantas fotos ou notícias foram ou são vistos sobre cubanos na miséria, mendigos espalhados nas calçadas, crianças abandonadas nas ruas, famílias debaixo de viadutos? Algo semelhante à cracolândia, às milícias, às longas filas de enfermos aguardando anos para serem atendidos num hospital?

    Advirto os amigos: se você é rico no Brasil e for viver em Cuba conhecerá o inferno. Ficará impossibilitado de trocar de carro todo ano, comprar roupas de grife, viajar com frequência para férias no exterior. E, sobretudo, não poderá explorar o trabalho alheio, manter seus empregados na ignorância, “orgulhar-se” da Maria, sua cozinheira há 20 anos, e a quem você nega acesso à casa própria, à escolaridade e ao plano de saúde.

    Quantas fotos ou notícias foram ou são vistos sobre cubanos na miséria, mendigos espalhados nas calçadas, crianças abandonadas nas ruas, famílias debaixo de viadutos? Algo semelhante à cracolândia, às milícias, às longas filas de enfermos aguardando anos para serem atendidos num hospital?

    Se você é classe média, prepare-se para conhecer o purgatório. Embora Cuba já não seja uma sociedade estatizada, a burocracia perdura, há que ter paciência nas filas dos mercados, muitos produtos disponíveis neste mês podem não ser encontrados no próximo devido às inconstâncias das importações.

     foto: (Alexandre Meneghini/Reuters)

    Se você, porém, é assalariado, pobre, sem-teto ou sem-terra, prepare-se para conhecer o paraíso. A Revolução assegurará seus três direitos humanos fundamentais: alimentação, saúde e educação, além de moradia e trabalho. Pode ser que você tenha muito apetite por não comer o que gosta, mas jamais terá fome. Sua família terá escolaridade e assistência de saúde, incluindo cirurgias complexas, totalmente gratuitas, como dever do Estado e direito do cidadão.

    Nada é mais prostituído do que a linguagem. A celebrada democracia nascida na Grécia tem seus méritos, mas é bom lembrar que, na época, Atenas tinha 20 mil habitantes que viviam do trabalho de 400 mil escravos… O que responderia um desses milhares de servos se indagado sobre as virtudes da democracia?

    Não desejo ao futuro de Cuba o presente do Brasil, da Guatemala, de Honduras e ou mesmo de Porto Rico, colônia estadunidense, à qual é negada independência. Nem desejo que Cuba invada os EUA e ocupe uma área litorânea da Califórnia, como ocorre com Guantánamo, transformada em centro de torturas e cárcere ilegal de supostos terroristas.

    Democracia, no meu conceito, significa o “Pai nosso” – a autoridade legitimada pela vontade popular -, e o “pão nosso” – a partilha dos frutos da natureza e do trabalho humano. A rotatividade eleitoral não faz, nem assegura uma democracia. O Brasil e a Índia, tidas como democracias, são exemplos gritantes de miséria, pobreza, exclusão, opressão e sofrimento

    Braide ignora decisões do STJ e do Ministério da Saúde e anuncia vacinação para adolescentes

    Eduardo Braide, um prefeito acima da Lei

    O Ministério da Saúde (MS) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não autorizaram a ampliação da vacinação contra a Covid-19 para adolescentes a partir dos 12 anos no Brasil. Indiferente à decisão da Justiça, a Prefeitura de São Luís iniciou o cadastro de vacinação para adolescentes e jovens entre 12 e 17 anos. O próprio prefeito Eduardo Braide fez questão de fazer a convocação: “Marquem presença, porque a vacinação de vocês é nesta semana”, disse em uma rede social. 

    O Ministério da Saúde (MS) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não autorizaram a ampliação da vacinação contra a Covid-19 para adolescentes a partir dos 12 anos no Brasil. Indiferente à decisão da Justiça, a Prefeitura de São Luís iniciou o cadastro de vacinação para adolescentes e jovens entre 12 e 17 anos. O próprio prefeito Eduardo Braide fez questão de fazer a convocação: “Marquem presença, porque a vacinação de vocês é nesta semana”, disse em uma rede social. 

    https://twitter.com/EduardoBraide/status/1414659237884698625?s=20
    Pedido negado

    Na segunda-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidido pelo ministro Humberto Martins, negou o pedido de liminar em mandado de segurança sobre a vacinação imediata de adolescentes.

    Ao negar a liminar, Humberto Martins, frisou que “A parte impetrante apenas faz sugestão da mudança da política pública, adotada pela administração pública federal, de combate à pandemia da Covid-19, com o pleito de que adolescentes tomem vacinas antes de pessoas mais idosas e com comorbidades porque, segundo defende, tem havido consequências maléficas aos adolescentes, com as sequelas após o adoecimento”.  O depoimento do presidente foi publicado no site oficial do órgão, disponível no link STJ nega vacinação imediata de adolescentes contra Covid-19

    Búfalos: Pororoca deixa de existir em rio por avanço do agronegócio na região amazônica

    Pororoca no rio Araguari não existe mais, uma triste notícia

    Com informações do site Mar sem Fim de O Estado de São Paulo

    Enquanto o Instituto Chico Mendes diz que criação de búfalos criou valas que drenaram o curso d’água e acabaram com a pororoca, a Federação de Pecuária do Amapá alega que outros fatores devem ser considerados para o fim do fenômeno natural que já atraiu gente do mundo inteiro pro norte do Brasil. O encontro de águas, do rio Araguari com o Oceano Atlântico perdeu o encantamento que tinha e, desde 2013, a pororoca não mais acontece.

    LEIA MAIS

    Pororoca no Maranhão: 20 anos de história de surf
    Rio Mearim no Maranhão em uma superpororoca
    Expedição de Surf na Pororoca nas águas do Mearim

    A pororoca era um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com a maré do oceano Atlântico. Rio e mar se confrontavam, criando uma onda que percorria mais de dez quilômetros. Gente de todo o mundo desembarcava no Amapá em busca da onda perfeita.

    De acordo com o ICMBio, a atividade pecuária, principalmente a criação de búfalos, criou valas e canais que drenaram o curso d’água. A Federação de Pecuária do Amapá alega que outros fatores devem ser considerados pra explicar o fim da pororoca.

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    Flávio Dino ‘celebra’ música citada na CPI da Covid e Eliziane arrocha senador bolsonarista

    Flávio Dino reage com bom humor e agradece em nome dos artistas divulgação de música na CPI da Covid

    O governador Flávio Dino (PSB) usou as redes sociais para agradecer o senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS) pela exposição, na CPI da Covid, de uma música-paródia ‘Vacina, neném’, que enaltece a postura do governador na aceleração da campanha vacinal no Maranhão. 

    “Agradeço ao senador pela divulgação da música que, obviamente, não é do Governo do Maranhão. Tenho certeza de que autores e intérpretes da música ficaram felizes. E por aqui segue o trabalho, porque sou muito ocupado com coisas sérias, entre as quais cuidar da vacinação”, emendou o governador. 

    https://twitter.com/FlavioDino/status/1413215315866144769?s=20

    Instantes depois, Flávio Dino postou novo vídeo feito por apoiadores sobre a música. No meme, até o mesmo o interprete de libras da TV Senado, que transmite as sessões da CPI da Covid, “cai na dança” com a paródia da vacinação. 

    https://twitter.com/i/status/1413312400066060289

    “Os artistas gostaram da divulgação da música ‘Vacina, neném’ na CPI do Senado. Aí enviaram uma nova versão”, publicou Dino. 

    Nas redes sociais, Dino ganhou o apoio de dezenas de internautas. “Governador, que orgulho de ser brasileira vendo o senhor no comando! Parabéns ao Estado contemplado com sua presença! Que bom um povo saber votar, né? O Sul ainda aprende essa lição”, disse uma usuária. 

    “Fala aí se não é o melhor governador desse país, que desde o começo da pandemia tratou o assunto com a seriedade que precisa ser tratado”, afirmou outra usuária. 

    Na mesma sessão em que a música foi exposta, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) lembrou ao bolsominion Luis Carlos Heinze, que o Maranhão é líder nacional em vacinação e o estado com a menor taxa de letalidade pela Covid-19. 

    “Eu ouvi agora há pouco o senador Heinze condenando as ações de enfrentamento a pandemia no estado do Maranhão. Mas eu queria lembrar só a população brasileira que o estado brasileiro que tem a menor taxa morte por habitante pela Covid-19 é o estado do Maranhão. A cidade brasileira que teve a população 100% vacinada, a população adulta, foi a cidade de Alcântara. É do estado do Maranhão que nós temos já a população já de 18 anos de idade sendo vacinada sem comorbidade. E hoje o governador Flávio Dino participou do Arraial da Vacinação na cidade de Viana, na Baixada do Maranhão”, detalhou Eliziane. 

    Com os Arraiais da Vacinação citados por Eliziane Gama, o Maranhão dinamizou a cobertura vacinal e já ultrapassou a marca de 3 milhões de doses aplicadas, sendo 1 milhão dessas inoculações em apenas um mês de ‘festa da vacinação’.

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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