Weverton trabalha contra vitória de Lula no 1º turno para evitar abandono dos bolsonaristas caso dispute 2º turno com Brandão

Se as ausências das fotos de Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) no imenso painel da convenção é em respeito à coligação com o partido de Bolsonaro, o PL, nada justifica a exclusão de seus nomes no discurso de Weverton, a não ser a necessidade de também citar o nome do presidente. O que poderia provocar o rompimento de setores negacionista da esquerda, que resistem em admitir a omissão como estratégia colaboracionista do candidato que apoiam.

Os lulistas e ciristas sabem e aceitam o silêncio como tática de guerra eleitoral de Weverton para chegar ao segundo turno. O que teimam em não admitir é que o pedetista também trabalha contra a vitória de Lula no primeiro turno.

Apesar dessa vitória ser o ideal para conter a escalada golpista de Bolsonaro, Weverton investe no discurso do pouco importa o nome do presidente eleito.

Ao colocar no mesmo patamar Lula e Bolsonaro – afinal, tanto faz – ele transforma as acusações de racismo, genocídio, homofobia e ameaças antidemocráticas contra o governo federal em uma questão ideológica; e facilita o voto em Bolsonaro, sem qualquer sentimento de culpa.

Segundo última pesquisa Data Folha (registro/TSE BR-011982/2022), Lula tem 52% dos votos válidos. Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais, ele poderia ter 50%, necessitando de apenas um voto a mais para liquidar a fatura.

Caso chegue ao segundo turno sem a disputa presidencial, Weverton não terá o engajamento das lideranças dos outros partidos de oposição que disputaram o governo.

Sem Bolsonaro, não haveria mais motivos para entrar de cabeça nessa briga.

A maioria vai se limitar às declarações de voto nos programas eleitorais. E, de acordo com o quadro futuro do Congresso Nacional, vão aderir à candidatura Brandão, que tem o apoio, no caso, do presidente eleito.

Centrão, sempre centrão.

Por que colocar o seu na reta, se Weverton ainda tem mais quatro anos de mandato no Senado e não teria nada a perder?

O termo facção é o que melhor define a horda no entorno da candidatura Weverton.

De acordo com o cientista político, Carl Landê, são grupos que se caracterizam por “membros instáveis, duração incerta, liderança personalística, ausência de organização formal e um interesse maior por poder e espólios do que por ideologia ou política”.

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