Vereador da base do prefeito Braide denuncia superlotação em ônibus

O vereador Eduardo Gaguinho (DEM) durante votação do Projeto de Lei que transforma a igreja evangélica em local de atividades essenciais durante a peste do coronavírus 

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A surpreendente reação do vereador Eduardo Gaguinho (DEM), proeminente membro da base aliada do prefeito Eduardo Braide na Câmara Municipal, longe de ser um ato tresloucado de traição, é um aviso, embora tardio e por motivos fúteis, de uma situação que a todos nós ameaça: o transporte público de São Luís como meio de propagação da Covid-19.

E antes que voltem a acusar o blog de continuar fazendo campanha eleitoral, é Eduardo Braide que age como candidato e não como um prefeito ainda no início de sua administração.

Faremos uma série de matérias, uma atrás da outra e no tom que a calamidade sanitária exige.

Quem sabe assim, ele desperta. E quanto mais cedo, melhor!

Com um pouco mais do que dois meses de administração, mostrar serviço é planejar e ajustar a máquina pública para que possa dar os resultados que ele deseja e a população espera.

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Rosana da Saúde

Durante sessão extraordinária virtual para votação do Projeto de Lei 05/2021, de autoria da vereadora Rosana da Saúde (Republicanos), que estabelece igrejas e templos de qualquer tipo de culto como atividade essencial em períodos de pandemia, o vereador Edson Gaguinho (DEM) partiu para o ataque contra o seu aliado, o prefeito Eduardo Braide (Podemos), ao denunciar que a superlotação nos ônibus de São Luís pode ser um dos principais vetores de disseminação do coronavírus na cidade.

“Tem várias fiscalizações sobre o comércio, sobre os empresários e eu vejo um ponto negativo em tudo isso. Hoje eu tive observando ali na minha região da Cidade Operária os coletivos tudo cheio (sic), abarrotado. Cadê o distanciamento? Cadê a fiscalização sobre o transporte público?”, questionou o democrata.

Gaguinho não inventou a pólvora ou se aproveitou de alguns problemas isolados para tentar criar uma escala de valores que pudesse minimizar o grau de risco de contaminação e morte provocado pelo projeto da colega vereadora. A bomba foi armada pelo próprio Eduardo Braide, ao continuar atuando como candidato e não como gestor há menos de 3 meses no cargo.

Nessa troca de papeis, não há diferenças entre visitar tapa-buraco, fazer campanha de vacinação ou abrir frentes contra o coronavírus. Tudo é cinematográfico. Tudo é “cuidar das pessoas”.

Nas entrevistas, a vacinação era um sucesso, sucesso maior ainda seria o do transporte público, com mais ônibus e sem aglomerações.

O candidato, o prefeito…sei lá…a esta altura do campeonato, já não se distingue um, do outro; quem mente, quem não mentiu. Braide, realmente aumentou a frota e fiscaliza com rigor as empresas de transporte coletivos de São Luís.

Sabem quantos ônibus a mais ?

26, isso, 26 ônibus a mais no Sistema Integrado de Transporte, que possui mais de 150 linhas!

Não é à toa que tem motorista brigando por passageiros nos Terminai9s de Integração!

De acordo com o painel Covid-19 da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para a doença chegou à temível marca de 97,25%,restando apenas cinco leitos estaduais do tipo na capital. Apesar do número preocupante, até agora Braide não sinalizou nenhuma medida mais enérgica e muito menos de maior racionalização dos ônibus.

“Como a gente vai falar de distanciamento se não tá tendo no transporte?”, indagou Gaguinho, em mais uma ‘alfinetada’ despretensiosa contra Braide.

Mais críticas

Os vereadores Astro de Ogum e Concita Pinto (ambos do PCdoB) também endossaram a fala de Gaguinho e criticaram a falta de cuidado com o transporte público de São Luís.

“Realmente o transporte coletivo é um verdadeiro absurdo”, reclamou Astro de Ogum.

“Como está o nosso transporte coletivo? Tão tudo cheio (sic). A gente fecha as igreja (sic), mas o transporte coletivo tá funcionando”, completou Concita Pinto.

A sessão da Câmara

 

O protesto de Edison Gaguinho

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