Rocha usa grupos de WhatsApp para manipular comunidades dos Lençóis Maranhenses, revela jornalista

O blog do jornalista Clodoaldo Corrêa revelou que o senador Roberto Rocha (PSDB) se utiliza de grupos de WhatsApps para convencer as comunidades tradicionais da necessidade e importância de excluí-las do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – conforme estabelece projeto de sua autoria em tramitação no Senado – para garantir uma melhor qualidade de vida e a construção de escolas e hospitais.

Em um trabalho de rigorosa apuração jornalística, Clodoaldo Corrêa expõe o lodo do futuro redentor prometido Rocha, ao demonstrar a manipulação de dados e de fatos históricos na mensagem de vídeo do senador que circula nas redes sociais.

Corrêa faz uso das notas técnicas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e do GERUR (Grupo de Estudos Rurais e Urbanos da Universidade Federal do Maranhão), e  documentos oficiais do Ministério do Meio Ambiente para desmontar o zap zap do tucano maranhense.


Vídeo do senador Roberto Rocha que circula em grupos de WhatsApps

Dos cearenses que se uniram para retirar a Vila de Jericoacoara de dentro do Parque Nacional de Jericoacoara à proibição do ICMBio de construir escolas nos Lençóis Maranhenses, empregados por Rocha para manipular a opinião pública, nada escapa.

No caso das escolas, por exemplo, as autorizações de obras no interior do Parque Nacional publicadas pelo jornalista desvelam o ludibrio do senador.

Hábil contorcionista verbal, Rocha faz “um discurso de fácil convencimento a quem não pode perceber as intricadas questões. E já tem convencido alguns moradores”, alerta Correa.

A capacidade de dar aparência de verdade a um argumento falacioso – sem que se possa distinguir o verdadeiro do falso – é própria de uma inteligência, creio, também aparente.

Uma coisa é manipular palavras e construir uma narrativa, onde a versão se sobrepõe aos fatos.

Outra coisa é incluir nessa narrativa um pensamento próprio, acreditando reforçar a adesão de ouvintes ou leitores às suas concepções desvirtuadas da realidade.

O resultado não poderia ser outro do que a frase dita por Roberto Rocha no vídeo fake com ares de gênio iluminado:

“Não estamos tirando as pessoas do Parque, mas o Parque das pessoas”.

Diante de tamanha intricada questão, fica a dúvida:

Será a ausência das pessoas ou do parque que preencherá uma grande lacuna na cabeça do senador?

Leia Aqui a matéria do Clodoaldo Correa

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