Neste obscuro mês sem os folguedos que iluminam os corações dos Homens, Celso Borges levanta a sua chama com poemas de bumba-meu-boi

Pela primeira vez, depois de mais de uma centena de anos, a matraca e o pandeirão não fazem o chão tremer durante o mês de junho em São Luís.

Neste obscuro mês sem os folguedos que iluminavam os corações dos Homens, o poeta Celso Borges não se dá por vencido e levanta a sua chama ao publicar em livro poemas e letras de músicas de bumba-meu-boi, criados nos últimos 25 anos.

“Este livrinho nasce dessa não voz, ou da poesia dessa voz na memória, ou do afeto que vislumbro a partir da falta do boi e suas zoadas essenciais”, afirma o poeta que tem ligação com o bumba-meu-boi desde criança, quando via e ouvia os grupos se apresentarem em frente à sua casa, no Largo de São João, centro da cidade.

A obra tem o projeto gráfico de Isis Rost e faz parte da coleção Livrinho também é livro, da editora Passagens.

BOI é o terceiro trabalho da coleção Livrinho também é livro que estreou com A rua morta (Luís Inácio Oliveira), seguido de O declínio da narrativa (Isis Rost). Assim como os dois primeiros livrinhos, BOI vai sair também no formato digital.

“É claro que a gente quer publicar esses trabalhos no papel, mas por enquanto eles estão disponíveis de forma gratuita apenas virtualmente”, afirma Isis Rost, da editora Passagens (https://editorapassagens.blogspot.com/), que já publicou, além das obras dessa coleção, quatro outros livros: Penúltima Página (Zema Ribeiro); O Risco do Berro – Torquato, neto, Morte e Loucura (Isis Rost), Vaia de Bebo Não Vale (Helen Lopes) e Ruminações – cultura e política (Flávio Reis), todos em 2019.

A capa de BOI foi feita a partir de um quadro do pintor Ciro Falcão, da geração de artistas plásticos maranhenses que começou a expor nos anos 1970. As outras páginas do livrinho trazem ilustrações, quadros e fotos de vários artistas nacionais e internacionais, entre eles Pablo Picasso, Cícero Dias, Aldemir Martins, Marcos Palhano, Ribamar Rocha, Militão dos Santos e J. Borges.

 Acesse o livro Aqui ,assista vídeo abaixo, e acenda a fogueira no seu peito.

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