Gaspari: Sangue frio de Flávio Dino evita contaminação do país pelas tintas apocalípticas do bolsonarismo

Flávio Dino, sangue frio

Apesar de ter sido questionado por várias vezes, se o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes havia ou não lhe enfiado o dedo na cara na noite dos ataques de 8 de janeiro, em meio às discussões sobre o destino dos acampados em frente ao QG, Flávio Dino sempre manteve a narrativa do resultado, que foi a prisão de todos na manhã seguinte.

Mesmo com a publicação de matéria pelo jornal Washington Post dando conta do dedão no seu rosto e a a posterior demissão do general do comando do Exército, Dino manteve a mesma postura, enquanto os veículos enfatizavam a agressão do militar desempregado.

O chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa

Nesta terça, a história mudou de figura.

Autor da coletânea de cinco livros que retrata os bastidores da ditadura militar, com base do cervo pessoal do general Ernesto Geisel e Goubery do Couto e Silva e outras informações que teve acesso, o experiente jornalista Elio Gaspari ressaltou em sua coluna nos jornais O Globo e Folha que o sangue frio dos ministros da Justiça Flávio Dino, e Rui Costa, chefe da Casa Civil, “livrou o país de uma crise inédita, pela qualidade de suas atitudes”.

A conclusão de Gaspari é resultado de leitura da reportagem de Guilherme Amado e Marina Dias, do site Metrópoles, narrando com detalhes os fatos daquela tumultuada e longa noite de 8 de janeiro.

“Seu sangue frio (Flávio Dino)evitou que a crise fosse contaminada pelas tintas apocalípticas que Jair Bolsonaro injetou nas relações políticas nacionais. No dia seguinte, foi feita a paz”, escreve Gaspari. .

O jornalista lembra que desde o dia 7 de abril de 1831, quando o brigadeiro Francisco de Lima e Silva mostrou a d. Pedro 1º que seu reinado se acabara, nunca aconteceu coisa parecida.

E Flávio Dino continua com a mesma postura e narrativa de o que importa é que todos foram presos pela manhã.

Assim são as razões de estado.

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