Em São Luís, um dos eventos teoricamente mais tradicionais da cultura popular maranhense, a Festa da Juçara, chega à sua 56ª edição neste domingo, dia 5, prometendo, segundo mídia oficial, “ser a maior da história, reunindo milhares de pessoas em uma programação que valoriza a tradição e apresenta novidades na estrutura e atrações culturais”.
Além do apoio à festa, o governo Brandão deve mobilizar durante os 21 dias de festejo – encerra domingo, 26 – todo arsenal técnico com o objetivo de distinguir e mercantilizar a polpa da fruta, reduzida a exemplo de hábito alimentar. Uma curiosidade desse povo comedor de camarão seco piticaia.
Sem qualquer bairrismo regional ou concorrência de marca, a Jussara ocupará espaço no mercado como uma novidade ao Açai. Ambos frutos amazônicos, aparentemente idênticos, porém distintos no sabor, nos valores nutricionais e nas palmeiras.
De sabor mais forte, azedinha igual vinagreira, ligeiramente mais ácida, a juçara tem baixíssimo teor de gordura e notável concentração de antocianinas (antioxidantes que dão a cor roxa), o que a torna uma potente aliada contra o envelhecimento celular e doenças cardiovasculares, segundo literatura especializada.
Por inciativa da professora Rosa Mochel,que identificou a grande quantidade de juçarais no Maracanã, a Festa da Juçara teve início em 1970, alcançando popularidade, inclusive por ausência do açai.