Em cartaz na Netflix, ‘Bom dia,Verônica’ enfoca drama da emigração de mulheres maranhenses

Cartaz da série Bom dia, Verônica, que estreou na Netflix (foto divulgação)

Por Henrique Bois, especial para o blog

O Maranhão no mapa da violência retratada na série em cartaz na Netflix

Na busca por dias melhores que nunca virão, mulheres do Maranhão desembarcam no Terminal Rodoviário do Tietê (SP) e imediatamente são capturadas pelo tenente coronel da PMSP (Eduardo Moscovis- Brandão) que as tortura até a morte.  Sua companheira no rapto das mulheres é Janete (Camila Morgano), que dorme com o inimigo e atrai as incautas com a promessa de emprego de doméstica.  Janete é vítima é algoz por força do destino.

No seu percurso, o serial killer de patente tropeça na escrivã Verônica (Tainá Müller), obstinada na defesa de  vítimas que se enredam desde o clássico “boa noite, Cinderela” à teia complexa urdida pelo psicopata de raiz.  Carburado, Brandão  deixa pra trás um rastro de histórias interrompidas de mulheres muito jovens e dramas familiares irreparáveis.

Esta é a trama de “Bom dia, Verônica”, série de televisão disponível na Netflix que estreou no dia 1° de outubro com grande repercussão nesta pós normalidade.  A série é baseada na obra homônima da Raphael  Montes e Ilana Casoy, lançada em 2016 pela editora Darkside.

As vítimas do PM Brandão são na maioria oriundas de São Luís. Neste grupo, há as que saíram de alguma cidade no leito da BR-135, principal rodovia de emigração dos maranhenses que buscam o eldorado que as metrópolis ainda são capazes de cintilar.

Mais uma vez, o intestino ninho de corrupção do aparelho de segurança do estado está no protagonismo da ficção, vizinha bem próxima da realidade. Como thriller, “Bom dia, Verônica” não chega a ser exemplar, mas supera muita produção mediana da produção cinematográfica mundial.  As interpretações convencem sem caricaturas.

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