Em dois anos da terceira gestão do presidente Lula (PT), cerca de 14 milhões de brasileiros superaram a linha da pobreza, se gundo dados do Cadastro Único (CadÚnico). O avanço está ligado ao crescimento da renda gerada pelos lares, em meio a um cenário de baixo desemprego.
Em março de 2023, o país tinha 26 milhões de famílias em situação de pobreza. Em agosto deste ano, esse número caiu para 19,5 milhões, uma redução de 25%, representando menos da metade dos 41,1 milhões de domicílios inscritos no programa.
O levantamento mostra ainda que o contingente de baixa renda caiu 20%, enquanto o grupo com renda acima de meio salário mínimo por integrante aumentou 67%.
Para Marcelo Neri, diretor da FGV Social, os números confirmam uma melhora significativa para os mais pobres: “Há um boom trabalhista na metade mais pobre do país. É um crescimento com mais fermento para os mais pobres, o que significa redução de desigualdade”. Ele destaca que o movimento é resultado tanto da queda no desemprego quanto do aumento da escolaridade.
Vale lembrar que o orçamento do Bolsa Família tem acompanhado a ampliação do programa nos últimos anos.
Foram R$ 113,5 bilhões em 2022, ainda sob o nome Auxílio Brasil, valor que chegou a R$ 166,9 bilhões em 2023 e deve ficar em R$ 159,5 bilhões em 2025. A chamada regra de proteção garante que famílias que ultrapassem a renda de R$ 218 per capita continuem recebendo metade do benefício por um período, mecanismo ajustado recentemente para tornar a transição mais rápida e direcionar os recursos a quem mais precisa.