Presidente do Diretório Municipal do PT em São Luís, Honorato Fernandes festeja com o inimigo
Em nome da presunção da inocência prefiro acreditar que de tanto formular argumentos falaciosos para justificar o apoio a Weverton , o ex-vereador e presidente do diretório municipal do PT em São Luís Honorato Fernandes tenha perdido completamente a capacidade de discernimento.
Sem a menor necessidade de se manifestar, já que o seu apoio à candidatura pedetista não é uma posição partidária, mas pessoal, Fernandes resolveu comentar a aliança de Weverton com o PL, partido de Bolsonaro comandado no Maranhão pelo deputado investigado pela PF por venda de emendas parlamentares, Josimar de Maranhãozinho.
E não foi um comentário qualquer. Foi uma comemoração. Um gesto de boas-vindas, uma saudação ao bolsofascismo. Depois do PTB, de Roberto Rocha, e agora com o PL, de Maranhãozinho, o grupo Weverton/Honorato reúne as duas maiores expressões bolsonaristas no estado.
Um político com cargo de direção no partido do presidente Lula ir às redes sociais dizer que a adesão do PL significa a formação de uma frente ampla para governar o Maranhão deveria ser motivo de vergonha.
Honorato ainda teve o desplante de parabenizar Weverton por sua capacidade de diálogo. Como se esse tipo de conversa não estivesse muito mais para acordo, o conchavo à boca pequena, do que para o diálogo.
Uma das cartas à mesa é o nome de Fabiana Vilar Rodrigues, como candidata a vice-governadora na chapa de Weverton. Ela, não por acaso, é sobrinha do famoso deputado flagrado com maços de dinheiro vivo pela Polícia Federal.
Josimar é bolsonarista de carteirinha. Ele não só não esconde como defende o governo federal, apesar do retrocesso civilizatório que representa.
E Honorato sabe bem disso.
Não se trata mais de uma divergência sobre a opção do partido em compor a chapa com Carlos Brandão para o governo e apoiar Flávio Dino para o Senado. Tampouco de um fogo amigo.
Nesse momento em que as forças progressistas intensificam o combate e alertam para importância de liquidar a fatura logo no primeiro turno, a alegria do ex-vereador desarma a sociedade.
Qualquer desatenção, qualquer brecha, pode ser fatal.
Não basta o lulismo. O antibolsonarismo é fundamental para vencermos essa guerra.
