Crise no Peru mostra que a direita na América Latina está se esfacelando

O presidente do Peru, Martín Vizcarra

Por Moisés Mendes

Direita e extrema direita se matam de novo no Peru, um país onde o palácio do governo tem o nome de Francisco Pizarro.

Não há como um país dar certo, se o palácio onde trabalha e mora o presidente foi batizado com o nome do colonizador assassino de Atahualpa e chefe sanguinário dos massacres que deflagraram o fim do Império Inca.

A Praça das Armas, onde fica o palácio (e onde está a catedral com os restos de Pizarro, porque há Pizarro por toda parte, por influência da Igreja), é um ambiente cinzento sob o céu nublado de Lima, como se o inesperado estivesse sempre à espreita.

Martín Vizcarra, o presidente acossado pelo fujimorismo, seria um esquerdista perto de Bolsonaro. Mas ele e os golpistas da extrema direita têm quase todos a mesma origem.

A direita latino-americana está se esfacelando, às vezes sem a ajuda da esquerda.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

PF constata que vigília serviria para encobrir fuga após registro de violação de tornozeleira – Leia íntegra do pedido de prisão

PF prende Bolsonaro sem algemas e sem exposição midiática por determinação do STF

I.A. do Google manipula narrativa para negar tentativa de Trump intervir no STF

Deu no D.O

Festa da Juçara é oportunidade de inserir fruto maranhense no mercado

Prefeitura ignora setembro verde apesar de 190 pessoas à espera de rim ou fígado

"Quando o mal triunfa o bem se esconde; quando o bem aparece, o mal fica de tocaia"

Wisława Szymborska