
Não foi preciso citar nomes ou elencar culpados. Foi certeiro o recado que o governador do Maranhão, Flávio Dino, deu ao presidente Jair Bolsonaro, durante coletiva virtual, na manhã desta segunda-feira (27).
“Vozes irresponsáveis, vozes antipatrióticas, continuam de modo insensível, de modo desumano, a dispersar energia do Brasil, colocando, por exemplo, crises políticas, interesses pessoais, seus e das suas famílias, a cima do interesse nacional”, disse Dino.
Uma referência clara ao presidente do Brasil, que se não bastasse desconsiderar as orientações da OMS e desdenhar dos impactos nocivos da pandemia – a que chamado de “gripezinha” -, gerou uma grande crise política institucional no país, na última semana. No centro do imbróglio, a demissão do super ministro Sérgio Moro, que após pedir para sair do Ministério da Justiça e Segurança Pública, denunciou, sob insinuações, que Jair Bolsonaro tenta interferir em investigações da Polícia Federal para proteger os filhos.
O assunto ganhou repercussão, principalmente entre apoiadores que se digladiam entre defender Jair ou seguir Moro. E enquanto o Coronavírus avança no país, matando milhares, o presidente gasta energia se preocupando com troca de cargos administrativos, em defender os filhos de possível investigações e em reconquistar apoiadores.
Há de se lembrar ainda que o presidente protagonizou mais um ato questionável a um chefe de Estado: junto a aglomeração, discursou em manifestação política, entre placas e faixas de “intervenção militar” e “Volta do AI-5”.
A toda a postura negacionista, controversa e antidemocrática do atual líder do Governo Federal frente a crise sanitária sem precedente em todo o mundo, o governador Flávio Dino foi enfático: “A História vai cobrar a conta desses irresponsáveis que estão pondo em risco a saúde da população do Brasil, que estão objetivamente sabotando o combate ao Coronavírus”.

Uma resposta
E aqui no Maranhão? Será que constará nos anais da história maranhense a atuação do governador perante a covid-19? Principalmente com preocupações políticas do que com o povo maranhense?