A estratégia da esquerda maranhense para barrar o conservadorismo

O Partido Comunista do Brasil coloca em marcha uma “revolução democrática” no estado do Maranhão. Estas são as palavras que os comunistas maranhenses usam para definir o governo Flávio Dino, que começou em 2015, após o desgaste do povo sob o domínio oligárquico de 56 anos do clã Sarney, e se consolidou na eleição de 2018, numa coligação que abarcou nada menos do que 16 partidos, sem abrir espaços para a onda conservadora que tomou boa parte do país. “Este é um caminho necessário, fundamental, imprescindível e urgente: unir à esquerda. Mas não apenas a esquerda, unir a esquerda para reunir todo o campo progressista, nacional, todos aqueles que estão em defesa da democracia brasileira no momento em que ela é profundamente ameaçada e atacada em vários pontos”, afirma o deputado federal Márcio Jerry em entrevista exclusiva ao Le Monde Diplomatique Brasil.

Sua fala diz respeito ao cenário nacional, mas tem como fundamento os maranhenses que derrubaram a oligarquia mais forte do país. Ex-secretário de Comunicação e Assuntos Políticos do Maranhão no primeiro governo Dino, Jerry exerce agora seu primeiro mandato em Brasília. Jornalista formado na Universidade Federal do Maranhão, onde também atuou como professor, saiu do interior do estado e foi tentar a vida na capital, percorrendo um caminho conhecido de muitos nordestinos. “Eu nasci numa cidade pequena, do médio sertão maranhense, Colinas, onde vivi até os 15 anos de idade, encaminhado pela minha mãe, já falecida, professora, e pelo meu pai, motorista de caminhão aposentado. Eu, que sou mais velho de uma família de nove filhos, vim para São Luís empurrado pelos meus pais com a missão de estudar para ‘ser alguém na vida’ e ajudar os meus irmãos”, explica.

O deputado Márcio Jerry é o presidente do Partido Comunista do Brasil no Maranhão, a legenda de Flávio Dino, e critica a atuação “despreparada e desastrada” até aqui do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele afirma que o momento da oposição é atuar na resistência e na defesa da Constituição de 1988, e que para sair da crise é preciso uma união muito além dos partidos de esquerda, talvez inspirada no modelo maranhense.

Leia a entrevista completa aqui

Uma resposta

  1. Vai nessa,vai… O Dino está é empobrecendo o maranhense quando descumpre a Lei e não dá aumento salarial aos funcionários, aumenta imposto sobre tudo, ilude os mais necessitados com bolsa-migalha para dar a impressão de ser bonzinho, como fez o seu grande ídolo, o Presidiário. Se acha o Pai dos maranhenses necessitados, mas breve vai cair do cavalinho.

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