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    Mais uma parceria:Flávio Dino e Edivaldo Holanda inauguram Praça da Lagoa

    Praça da Logoa terá equipamentos de acessibilidade: parceria e pionerismo

    Praça da Lagoa terá equipamentos de acessibilidade: parceria e pionerismo

    A Praça da Lagoa vai ser entregue à população, mas já se destaca pelo pioneirismo. É o primeiro espaço público deste porte no Maranhão com equipamentos de acessibilidade. O parquinho construído no local possui brinquedos adaptados para as crianças com deficiência física. Somado aos demais itens de entretenimento, este diferencial faz da praça o maior complexo de lazer com a promoção de inclusão social. A praça será inaugurada pelo governador Flávio Dino neste sábado (25), em solenidade realizada a partir das 17h.

    Dos oito brinquedos instalados no parquinho, dois são adaptados e podem ser usados por qualquer criança – um balanço e um carrossel. Dessa forma, as crianças socializam e têm respeitadas suas peculiaridades. A construção de uma rampa garante que o balanço seja acessível tornando possível a entrada da cadeira de rodas. A entrada no carrossel também é facilitada por uma rampa e possibilita ao cadeirante subir no brinquedo e colocá-lo em movimento sem auxílio de outras pessoas. Duas mesas de ping pong instaladas na praça são outro atrativo para diversão das crianças. Nos equipamentos adaptados a criança cadeirante tem autonomia para brincar.

    “A ideia é justamente promover integração, sem separação, e é uma prioridade do governador Flávio Dino que sejam projetados espaços para socialização de todos, independente de faixa etária e com igualdade de condições”, ressaltou o arquiteto e projetista do espaço, Marcos Borges, que integra a equipe de técnicos da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra). Mais que uma opção de lazer, a praça é um espaço de inclusão, reitera o arquiteto. “A gestão mostra que se preocupa com a igualdade de condições e demonstra o respeito às crianças com deficiência”, avaliou Borges.

    Um projeto importante, humano e muito bonito. É como define o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CEPD), Dilson Bessa, sobre a iniciativa da praça inclusiva. Bessa avalia que este espaço pioneiro contribui para a construção da igualdade desde a infância, uma vez que possibilita os contatos sociais necessários para quebrar as barreiras de atitude. “Esse cenário inclusivo vai permitir que a criança veja que existem outras crianças diferentes dela, e, assim, vai assimilando com naturalidade este ambiente e enraizando em seu desenvolvimento a diversidade”, reforçou.

    Bessa ressalta, ainda, como contribuição positiva do espaço o despertar de uma consciência social que vai influir na vida e nas relações dessa criança. “Vai influenciar diretamente nas relações afetivas, de estudo e trabalho na vida dela. Por tudo isso, eu vejo como extremante importante essas áreas com espaços para todos os públicos. Espaços democráticos, que respeitam a diversidade e assim constroem uma cidade inclusiva”, avaliou o presidente do conselho. A proposta é que a iniciativa se estenda a outros espaços públicos da capital.

    Ações inclusivas – No Maranhão, são mais de 1,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 25% desta população no país, segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A garantia de igualdade de condições e qualidade de vida para este segmento é prioridade da gestão Flávio Dino.

    Entre as ações, estão o projeto Travessia – Serviço de Transporte Gratuito para a Pessoa com Deficiência, Usuária de Cadeira de Rodas – que tem como objetivo garantir mobilidade e cidadania a esta população. O cadeirante poderá solicitar transporte para saúde, educação, trabalho e lazer, por meio de uma central. O programa inclui veículos tipo van, todos adaptados, climatizados e com espaço para acompanhantes e bagagens.

    Outra ação inclusiva, o ‘Casa Cidadã’, promove realização de obras de acessibilidade nas residências de pessoas com deficiência para garantir a elas condições adequadas de locomoção. As melhorias de adaptação dependem da residência e da deficiência motora. Entre as adaptações são implantadas barras de sustentação, rampas de acesso e a adaptação de vãos. Ainda nas adaptações estão instalação de reboco nas paredes internas e externas das casas, pintura e a colocação de piso.

    Definições do mundo cão: Hipocrisia é confundir ética com limites à liberdade de opinião

    etica 3A recente polêmica – se assim pode-se classificar a reação contrária – provocada pela nota de repúdio assinada por jornalistas contra a exibição de fotos grotescas do suicídio da jovem Lara Sena por alguns blogs da capital revelou a importância de se estabelecer princípios éticos para os que utilizam suas páginas pessoais como veículos de informação.

    Ao pretender ser um espaço de notícia, um blog deve se submeter às responsabilidades do profissional de comunicação, pela natureza social e finalidade pública do seu trabalho. Mas à turma só interessa essa associação quando alegam em nome de sua barbárie a liberdade de imprensa.

    São Luís, aliás todo o Maranhão, está repleto de blogs noticiosos  – com a digital de  pessoas com pouca escolaridade – que copiam, distorcem e até inventam o que bem entendem para atender seus interesses financeiros, sem levar em conta a importância da mídia na defesa dos interesses da sociedade.

    Se antes do advento da internet esse papel era exercido pelo empresário de comunicação, com mais ou menos descaramento, e o jornalista era obrigado a seguir a linha editorial do veículo, podendo vez por outra questioná-la internamente, hoje ambos se confundem.

    Mas enquanto a notícia como mercadoria é vendida pelo jornalista ou até mesmo pelo blogueiro – esse novo produtor de notícias – com outra formação, ainda se pode esperar que ela seja tratada dentro dos fundamentos da norma ética e profissional, por mais escassos que sejam.

    etica 4A nota de repúdio é uma boa oportunidade de  ampliar para além dos muros acadêmicos o debate sobre a conduta dos produtores de notícia, seja para enquadrar o profissional graduado, que não dá a mínima importância para a ética; seja para o blogueiro que a ignora exatamente por não ter e não ser uma profissão definida, com o seu devido código de postura.

    O resultado é a busca desenfreada de audiência, mesmo ao custo da privacidade alheia, do apelo sexual e da exploração e incentivo do sentimento mórbido de boa parte da sociedade, como é o caso da publicação de fotos de vítimas de violência, sem levar em conta a dor de suas famílias e a ofensa à dignidade humana.

    Mas o pior não foi os blogueiros que depois da reação negativa retiraram as fotos da bela Lara desfigurada, embora tenham ficado tempo suficiente no ar para viralizar nas redes sociais.

    Pior mesmo foram os outros que criticaram a nota a partir de uma leitura desvirtuada de seu conteúdo, transformando-a em uma ação oportunista dos jornalistas, que teriam tirado proveito de uma tragédia para criminalizar a blogosfera, “por causa de um ou outro caso isolado desse ou aquele blogueiro”,  como se essa atividade atentasse contra a profissão de jornalista.

    Além de não haver esse conflito, e nada impede que ambos tenham o seu espaço,  o jornalista é jornalista e o blogueiro é blogueiro. O que define a qualidade das informações que divulgam é a competência e a seriedade com que as produzem.

    A diferença, no entanto, é que somente o jornalista pode contrariar a ética, como muitas das vezes o faz, exatamente por possuir o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, publicado em 2007,  que em seu artigo 11 estabelece que não podem divulgar informações: “I – visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica; II – de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes”.

    etica 2Algum jornalista atira a primeira pedra?

    Por isso mesmo a nota é importante, como também é importante que os blogueiros participem do debate e condenem o mal uso da internet por uns e outros que acaba desmoralizando a todos, independente de serem jornalistas ou não.

    Outro equívoco é diminuir a importância da nota, acusando de hipócritas os jornalistas signatários por não terem expressado publicamente a mesma indignação em casos semelhantes, como o suicídio do professor do curso de Comunicação da UFMA, Nilson Amorim, e o assassinato do jornalista Décio Sá.

    Não é o silêncio do passado e o fato de não tornar público o mesmo repúdio, manifestado em conversas particulares, questionando a falta de ética em publicar tais fotos; ou mesmo que tenhamos cometido algum pecado de conduta, que impede uma tomada de consciência que nos faça dizer: basta!

    Afinal ainda em 1860, o poeta francês Charles Baudelaire já dizia da impossibilidade de passar os olhos por qualquer jornal, sem descobrir em todas as linhas os traços mais pavorosos da perversidade humana.

    “Qualquer jornal, da primeira à última linha, nada mais é do que um tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos, linchamentos, torturas, as façanhas malignas dos príncipes, das nações, de indivíduos particulares; uma orgia de atrocidades universal. E é com este aperitivo abominável que o homem civilizado diariamente rega o seu repasto matinal”.

    Depois de apagão elétrico e emocional blog volta ao ar

    apagãoDepois de três dias impossibilitado de publicar, o blog volta as atividades normais nesta sexta, dia de São João.

    Na quarta-feira, por motivos pessoais diante da tragédia que atingiu pessoas muito próximas não tive condições de trabalhar.

    Já na quinta e parte da manhã desta sexta fui uma das vítimas da tempestade que caiu sobre a cidade; não por culpa da chuva, relâmpagos e ventania, mas pelo serviço da Cemar, que além do apagão da madrugada ainda provocou oscilação de energia, queimando o estabilizador do meu computador.

    Prejuízo resolvido volto com as postagens, especialmente a que tenho a necessidade de me manifestar, que é sobre a polêmica da nota de repúdio assinado por jornalistas sobre a falta de ética de alguns blogs que publicaram a foto da jovem Lara Sena morta depois de cometer suicídio.

    É questão de minutos. Aguardem!

     

     

    Bolsonaro vira réu no STF acusado de incitar estupro em briga com deputada

    O deputado Jair Bolsonaro: incitação ao estupro

    O deputado Jair Bolsonaro: incitação ao estupro

    MÁRCIO FALCÃO/FOLHA DE SÃO PAULO

    O STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou nesta terça-feira (21) denúncia e transformou em réu o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) acusado de incitação ao crime de estupro. O tribunal ainda acolheu uma queixa-crime contra o congressista por injúria.

    Com isso, ele passa a responder por duas ações penais. As acusações foram motivadas por declaração de Bolsonaro no plenário da Câmara e também durante entrevistas afirmando que só não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra de Direitos Humanos, porque ela “não merecia”.

    O caso foi discutido pela primeira turma do STF, que recebeu a denúncia por 4 votos a 1.

    Agora, Bolsonaro responderá uma ação penal por apologia ao crime e se for condenado pode ser punido com pena de 3 a 6 meses de prisão, mais multa. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República.

    Os ministros também abriram outra ação penal por injúria contra Bolsonaro pelo episódio –a partir de uma queixa-crime apresentada pela deputada.

    Para a maioria dos integrantes da turma do Supremo, neste episódio, Bolsonaro não estava respaldado por imunidade parlamentar porque o fato não tinha ligação com o exercício do mandato.

    Ministros também consideraram que não se pode subestimar os efeitos dos discursos que possam gerar consequências como o encorajamento da prática do estupro.

    Relator do caso, o ministro Luiz Fux afirmou que a mensagem passada pela afirmação de Bolsonaro não só menospreza, inferioriza o papel da mulher, como prega que mulheres estivessem na posição de merecimento ou não para casos de estupro.

    “A violência sexual é um processo consciente de intimidação pelo qual as mulheres são mantidas em estado de medo”, disse Fux.

    O relator foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso.

    “Todas as pessoas merecem respeito e penso que ninguém deve achar que a incivilidade a grosseria com o outro são formas naturais de viver a vida”, afirmou Barroso.

    “[A declaração] é ofensa também a condição feminina de maneira geral. É a naturalização do desprezo, a naturalização da violência contra a mulher. Eu penso que é impossível não acreditar que esse tipo de atitude não contribua para uma cultura de violência, para uma cultura de estupro que ainda é recorrente no Brasil”, completou.

    O ministro Marco Aurélio Mello foi o único a defender a rejeição das duas ações. Ele justificou que o deputado estava protegido pela imunidade parlamentar e que teria agido por um arroubo de retórica.

    Segundo ele, “é lastimável que o Supremo perca tempo com a situação jurídica como a presente”.

    “Durma-se com esse barulho. É o preconceito invertido”, disse.

    OUTRO LADO

    No Twitter, Bolsonaro comentou a decisão do STF. “Diante de tantos escândalos, a ética e a moral serão condenadas?”, questionou.

    ATAQUE

    O caso ocorreu em dezembro de 2014. Conhecido por suas posições polêmicas, contrárias aos direitos humanos, Bolsonaro atacou a ministra ao rebater um discurso feito por Maria do Rosário minutos antes no plenário da Câmara, no qual a ex-ministra defendeu a Comissão da Verdade e as investigações dos crimes da ditadura militar.

    Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Fique aí, Maria do Rosário. Há poucos dias [na verdade a discussão ocorreu há alguns anos] você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir”, afirmou Bolsonaro.

    Irritado, o deputado também mandou a deputada “catar coquinho” e fez sucessivos ataques ao governo Dilma Rousseff.

    “Maria do Rosário, por que não falou sobre sequestro, tortura, execução do prefeito Celso Daniel, do PT? Nunca ninguém falou nada sobre isso aqui, e estão tão preocupados com os direitos humanos. Vá catar coquinho”, disse o deputado. “Mentirosa, deslavada e covarde”, completou.

    Em seu discurso, Maria do Rosário criticou as manifestações pelo país que defendem o retorno da ditadura militar, o que irritou Bolsonaro.

    A petista também fez uma defesa da democracia e das Forças Armadas que não são “avessas ao Estado democrático de direito”.

    REINCIDENTE

    Esta é a segunda vez em que Bolsonaro, na condição de deputado, diz que não estuprará Maria do Rosário porque ela não merece. Em novembro de 2003, ele discutiu com ela, que era deputada, diante das câmeras da RedeTV! no Congresso Nacional.

    A então deputada acusou Bolsonaro de promover violência, inclusive violência sexual: “O senhor promove sim”, dizia a deputada. “Grava aí que agora eu sou estuprador”, retrucou o pepista. “Jamais iria estuprar você, porque você não merece”, acrescentou.

    Diante da fala, Maria do Rosário disse que daria uma bofetada em Bolsonaro se este tentasse algo. Passou a receber empurrões do deputado, que a respondia “dá que eu te dou outra”, antes de começar a chamá-la de “vagabunda” e ser contido pelos seguranças da Câmara.

    Alterada, a petista o criticou por chamar qualquer mulher de “vagabunda”.

    Em entrevista, Bolsonaro disse que a briga começou com um comentário sobre a redução da maioridade penal. Ao ouvir que Maria do Rosário era contrária à medida, sugeriu que a deputada contratasse o Champinha (Roberto Alves da Silva), que participou do estupro e assassinato de Liana Friedenbach, para ser motorista de sua filha.

    Celebrando a esperança e dignidade

    DSC_8373ROBSON PAZ*

    A escola é certamente uma das instituições públicas mais presentes na vida dos maranhenses. É também seguramente o serviço público com maior potencial de transformação de nossa sociedade.

    Por certo esta é uma das razões da felicidade e emoção de professores, alunos e pais com a recente reestruturação e entrega de mais de 30 escolas pelo governo. Outras dezenas estão em obras por todas as regiões do Estado e até 2018 serão construídas 300 escolas dignas.

    A sede de educação com qualidade foi manifestada, por meio de discursos e manifestações de agradecimento ao governador Flávio Dino, nos municípios.

    Em Coroatá, onde três escolas foram completamente restauradas, profissionais da educação e alunos sublinharam a emoção de ver que, agora, além dos bons profissionais, terão boas acomodações, melhor estrutura e equipe qualificada para trabalhar. “Hoje, já não somos mais invisíveis e a prova disso é que estou aqui em nome de todos os alunos da escola Clodomir Millet agradecendo esse gesto que nos dignifica e nos motiva ao aprendizado”, disse a aluna, emocionada.

    Foram décadas de abandono das escolas, que culminou com a falta de professores, material didático, ventiladores quebrados, carteiras danificadas e falta de merenda com qualidade. “Após esta longa espera um dia apareceu um governador querido enviado por Deus e que vendo a nossa angústia de nós se compadeceu e realizou o milagre”, nas palavras da professora de São Mateus, a constatação de que o sonho de ter escolas dignas se tornou quase uma súplica.

    Há relatos de escolas com mais de 30 anos sem passar por reformas. De um estudante são-mateuense o reconhecimento da dimensão transformadora da educação. “…este investimento que o governo faz é a mais forte maneira de acabar com a criminalidade, oportunizando uma educação de qualidade para todos”.

    Difícil acreditar que aqueles que governaram por meio século o Maranhão tenham desprezado tanto a educação de nossa gente.

    O patrono da educação brasileira Paulo Freire traduziu com rara sensibilidade e precisão as razões que levam as classes dominantes a negarem tão precioso direito. “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica”.

    Não por acaso, aqueles que deveriam zelar pela garantia de serviços públicos, no passado, estão envoltos em delações sob acusação de desvios milionários de recursos públicos. Um contraste com a celebração da esperança e dignidade de quem crer que com escolas dignas teremos uma sociedade capaz de promover a verdadeira libertação das injustiças sociais, a efetiva democratização e a transformação da realidade excludente da maioria dos maranhenses. Cenário que começa a mudar a partir da valorização dos professores, da reestruturação e democratização das escolas, tornando-as dignas das esperanças de nosso povo.

    *Radialista, jornalista. Subsecretário de Comunicação Social e Assuntos Políticos

    A Grande Família: Cunhado de Roseana é nomeado em ministério de Zequinha

    Samir Murad, irmão de Jorge e cunhado de Zequinha, nomeado em Ministério

    Samir Murad, irmão de Jorge e cunhado de Zequinha, nomeado em Ministério

    VEJA – O governo do presidente interino Michel Temer acomodou hoje o advogado Samir Jorge Murad em um cargo de direção no Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Irmão de Jorge Murad, que vem a ser marido da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), Samir foi nomeado em um despacho do ministro Eliseu Padilha no Diário Oficial da União para ser um dos quatro diretores do Conselho Diretor da autarquia responsável por gerenciar as florestas públicas do país.

    O Serviço Florestal Brasileiro é naturalmente vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, ocupado pelo irmão de Roseana, Sarney Filho (PV). Samir Murad ganhará cerca de 28.000 reais por mês.

    (João Pedroso de Campos, de São Paulo)

    Deu no D. O.

    DEUNODOAté a tampa – Saiu por R$ 1.993.387,00 o contrato para fornecimento de combustíveis e lubrificantes firmado entre a Prefeitura de São João dos Patos e o Posto Tropical Ltda-EPP. Tudo sacramentado em 19 de fevereiro, valendo até 31 de dezembro.

    Cooperativa – Em Santa Helena a Prefeitura fechou contrato com a Cooperativa de Transporte Alternativo, Escolar, Turismo e Locação de Itapecuru-Mirim / MA, desde 1º de março, para locação de veículos destinados ao transporte de alunos da Rede de Educação Básica. Para prestar o serviço até 31 de dezembro a cooperativa vai receber um total de R$ 1.220.000,00.

    Vou de táxi – A Prefeitura de Sucupira do Riachão também tem contrato de locação de veículos, só que mais modesto, no valor de R$ 883.300,00. Quem levou foi a empresa R. de Oliveira Dias, que teve o negócio sacramentado em 10 de fevereiro.

    Creche padrão – Para construção de uma Creche Proinfância Tipo 2 – Padrão FNDE a Prefeitura de Santa Rita desembolsou R$ 1.194.191,97. O contrato com a J. Kilder Construções e Serviços Ltda. foi assinado em 16 de fevereiro e vale por 180 dias.

    Mesa farta – O material de limpeza, copa e cozinha da Prefeitura de Nina Rodrigues foi adquirido por contrato firmado com a empresa Malta Comércio Ltda – ME no dia 2 de março. Por nove meses de serviço a prefeitura vai desembolsar R$ 1.110.443,70.

    Dois por um – A Prefeitura de São José dos Basílios tem dois contratos com a mesma empresa, a Francisca Neta do Nascimento Teramo – ME (Livraria e Papelaria Americana) com objetos diferentes, mas assinados no mesmo dia, 1° de março. A um só tempo a empresa fornecerá materiais de expediente, escolares e didáticos e também os chamados materiais permanentes diversos (mesas, armários, birôs, cadeiras, condicionadores de ar e outros) e equipamentos eletroeletrônicos diversos (geladeira, freezer e outros). O pacotão saiu por R$ 1.072.417,80 e vale até 31 de dezembro.

    Em obras – Para serviços de reforma e manutenção de obras de infraestrutura urbana a Prefeitura de Primeira Cruz firmou contrato no valor de R$ 1.058.962,30 com a empresa J. Jilder Construções e Serviços Ltda. O negócio está formalizado desde 1º de março e segue válido por onze meses.

    Papelada – Para confecção de peças gráficas a Prefeitura de Vila Nova dos Martírios firmou um pacotão de quatro contratos, todos assinados no mesmo dia, 23 de fevereiro, com a mesma empresa, a Gráfica e Editora Copacabana Ltda – EPP. O combo gráfico saiu por R$ 831.000,00 e a empresa tem até 30 de dezembro para prestar o serviço.

    Bom pra tudo – Quatro para a Prefeitura de Anapurus é pouco. Por lá o município topou gastar R$ 775.160,80 em um pacotão de sete contratos firmados com uma mesma empresa, a R. C. Sousa Comércio – ME. De diferente só tem os serviços desses contratos: cinco deles são para gêneros alimentícios, um para material de expediente e outro para material didático. Os documentos foram assinados nos dias 22, 24 e 26 de fevereiro e são válidos por dez meses.

    Tabuada – Em Sucupira do Riachão a Prefeitura tem contrato de R$ 228.600,00 firmado com o ECAP – Escritório de Contabilidade e Assessoria Pública Ltda – ME para serviços de assessoria contábil. A papelada assinada em 10 de fevereiro de 2016 e o extrato não informa prazo de vigência.

    Olho d’água – A Prefeitura de Santa Rita topou pagar R$ 180.600,00 para fornecimento de água mineral. Quem levou o contrato, assinado desde 18 de fevereiro, foi a empresa Thallyssonn de Sousa Ferreira – ME. O documento é válido até 31 de dezembro.

    “Só há salvação com novas eleições”, diz Flávio Dino

    O governador Flávio Dino fala em entrevista sobre o momento político do País e sobre suas relações com deputados e prefeitos

    O governador Flávio Dino fala em entrevista sobre o momento político do País e sobre suas relações com deputados e prefeitos

    Com o agravamento da crise política, o governador Flávio Dino defende a realização de novas eleições presidenciais como solução possível a curto prazo para evitar o completo naufrágio das instituições democráticas do País, ameaçadas pelo mar de lama revelado pela Operação Lava Jato.
    “Quando há uma crise muito aguda como esta, somente a soberania popular pode garantir vitalidade para as instituições democráticas… Um pacto, entendimento e novas eleições, é o único cenário para rapidamente superarmos a crise política. Se não for isso, provavelmente vamos ficar caminhando nessa agenda policial e com o sistema político em destroço até 2018, o que é um preço muito alto para a população brasileira pagar”, disse aos jornalistas Jorge Vieira e Raimundo Garrone.
    Flávio Dino avisa que o País não pode ser governado pela Operação Lava Jato, e que é preciso se refundar a política brasileira, mesmo com grande parte de seus atores fugindo da polícia, para que se restabeleça a credibilidade das instituições democráticas.
    Ainda na entrevista ele fala sobre suas relações administrativas com o governo interino do vice-Michel Temer , do estabelecimento de princípios ideológicos e políticos que demarcam sua convivência com deputados e prefeitos, que já sabem que não podem convidá-lo para assinar convênios fantasmas ou que quebre o Estado para atender o interesse de qualquer segmento.

     

    "...continuar lutando para que a gente consiga estabilizar as instituições democráticas de algum jeito, porque se nós não conseguirmos, nós teremos a continuidade desse desmoronamento, dessa demolição do quadro político e uma paralisia muito grave. Esse quadro não é bom para ninguém, sobretudo prejudica os estados mais pobres."

    “…continuar lutando para que a gente consiga estabilizar as instituições democráticas de algum jeito, porque se nós não conseguirmos, nós teremos a continuidade desse desmoronamento, dessa demolição do quadro político e uma paralisia muito grave. Esse quadro não é bom para ninguém, sobretudo prejudica os estados mais pobres.”

    Pergunta – O Brasil vive um momento conturbado em decorrência do afastamento da presidente Dilma Rousseff, essa mudança de governo provocou algum tipo de retaliação ao Maranhão?

    Flávio Dino – Nós estamos muito longe de resolver essa crise política, uma crise muita grave, de todas a pior que já vivi, porque é uma crise muito profunda do modelo político, é uma crise de representação, de deslegitimação deste sistema político institucional aos olhos da sociedade, por isso ela é uma crise multipartidária, não é de uma posição política só. E é claro que numa conjuntura tão difícil como essa, acaba por gerar danos para todo mundo, danos para a sociedade de um modo geral, danos evidentemente a quem precisa de um governo federal funcionando bem, que é o caso do Maranhão. O Maranhão tem um alto nível de dependência tanto de transferências constitucionais obrigatórias, como de investimentos discricionários e esta paralisação da máquina pública federal, portanto, é muito nociva aos interesses do povo do Maranhão. Por isso que lutei fortemente no sentido da estabilização do quadro institucional pois me parecia, como agora ratifico, que o melhor caminho para isso teria sido a continuidade das regras do jogo democrático e do respeito à Constituição. Essa posição foi derrotada até aqui e nós temos, portanto, que continuar lutando para que a gente consiga estabilizar as instituições democráticas de algum jeito, porque se nós não conseguirmos, nós teremos a continuidade desse desmoronamento, dessa demolição do quadro político e uma paralisia muito grave. Esse quadro não é bom para ninguém, sobretudo prejudica os estados mais pobres.   

    Pergunta – A campanha que senhor fez contra o afastamento da presidente Dilma, está provocando perseguição ao Maranhão? Uma das primeiras informações que se teve notícia era que tinham retirado R$ 20 milhões da Saúde do Maranhão. Porque essa retirada?

    Flávio Dino – Infelizmente houve a revogação de uma portaria que havia sido editada pelo ministro Marcelo Castro, um pedido antigo nosso que tramitava desde o início do meu governo, porque nós temos uma razão técnica indiscutível do Maranhão ter hoje a segunda pior renda per capita de média e alta complexidade do país. Muito pouco foi feito no passado, há praticamente uma década nós temos esse indicador negativo. Foi exatamente visando essa mudança que nós conseguimos uma série de portarias desde o ministro Chioro, até o ministro Marcelo Castro. Das 15 portarias, 14 foram mantidas e foram pagas beneficiando alguns hospitais e alguns municípios.

    Pergunta  E essa que foi revogada?

    Flávio Dino  Nós estamos questionando o governo federal porque isso significa subtração de mais de R$ 1,5 milhão/mês em nosso sistema de saúde, o que agoniza a defasagem que nós já temos. A grosso modo nosso sistema estadual de saúde custa em torno de 90 milhões de reais e nós recebemos R$ 18 milhões do Governo Federal, do SUS, isso significa que R$ 70 milhões vêm do Tesouro, portanto são aportes do Tesouro e não do SUS. Essa portaria viria exatamente para elevar esse repasse do SUS para nosso Estado. É um prejuízo importante e se não houver a resposta sobre qual a razão da sua revogação, nós vamos questionar perante o Poder Judiciário.

    Pergunta – Não seria o caso também de uma ação política?

    Flávio Dino – O vice-governador Carlos Brandão, a meu pedido, tem feito esse movimento. Ele próprio esteve no Ministério da Saúde e tem procurado as respostas do governo, pois foi uma atitude recente, que nos surpreendeu, foi sem aviso, soubemos pelo Diário Oficial. E na segunda-feira (20) eu vou participar de uma reunião do fórum de governadores com o presidente em exercício Michel Temer e eu mesmo vou questionar qual a razão desta medida porque até agora não sabemos o motivo.

    Pergunta – O senhor tem sentido algum tipo de retaliação do Governo Federal contra o Maranhão pelo fato de ter se posicionado contra o que   classificou de golpe?

     não se trata de eu confundir a minha posição política com minha função administrativa de gestor de um Estado com sete milhões de habitantes. Eu distingo isso e espero que o Governo hoje liderado pelo vice-presidente mantenha essa atitude, que tem sido respeitosa até aqui"

    “…não se trata de eu confundir a minha posição política com minha função administrativa de gestor de um Estado com sete milhões de habitantes. Eu distingo isso e espero que o Governo hoje liderado pelo vice-presidente mantenha essa atitude, que tem sido respeitosa até aqui.”

    Flávio Dino – Tirando esse episódio da Saúde que não foi explicado ainda, não houve nenhuma outra medida que eu possa classificar como retaliação. Ao contrário, as questões que nós temos apresentado ao Governo Federal, até o presente momento, têm sido atendidas, por exemplo, muito recentemente, nós tivemos essa crise relativa ao transporte coletivo e eu solicitei, por telefone, ao ministro da Justiça a presença da Força Nacional e em 48 horas a Força Nacional estava aqui e nos ajudou num momento importante. Então é preciso distinguir essa minha visão política clara, e da qual eu não abro mão, me situo no campo da oposição a esse governo oriundo desse afastamento da presidente, mas isso não impede que eu mantenha as relações administrativas que são necessárias, assim como o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ou Marconi Perilo (PSDB), que procuravam os governos Lula e Dilma e eu tenho o direito e obrigação, porque não se trata de eu confundir a minha posição política com minha função administrativa de gestor de um Estado com sete milhões de habitantes. Eu distingo isso e espero que o Governo hoje liderado pelo vice-presidente mantenha essa atitude, que tem sido respeitosa até aqui.

    Pergunta – Qual sua posição atual em relação ao afastamento da presidente Dilma e ascensão de Michel como interino?

    Flávio Dino – A mesma contra o impeachment. Acho que nós devemos repactuar a ação entre todas as forças políticas mediante três movimentos: rejeição do impeachment, realização de um plebiscito sobre novas eleições e, sendo aprovado, realização de novas eleições. Porque quando há uma crise, como disse no início muito aguda, somente a soberania popular pode garantir vitalidade para as instituições democráticas, que estão todas, neste momento, descredibilizadas aos olhos do povo. Tenho defendido expressamente, inclusive nas redes sociais, que haja isso, que nós tenhamos um pacto, entendimento e novas eleições. Acho que esse é o único cenário para rapidamente superarmos a crise política. Se não for isso, provavelmente nós vamos ficar caminhando nessa agenda policial e com o sistema político em destroço até 2018, é um preço muito alto para a população brasileira pagar.

    Pergunta – Por falar em agenda política, recentemente os partidos políticos, inclusive o PT, se manifestaram contra as delações premiadas. Como o senhor analisa esta posição da classe política?     

    Flávio Dino – As delações premiadas são uma novidade no Direito brasileiro porque a lei que regulamenta esse instituto é relativamente recente e nunca tinha sido usado com tanta largueza. É natural que haja um tempo de maturação, de como esse instituto vai funcionar. Há, por exemplo, um questionamento acerca da validade das delações premiadas feitas com pessoas que estão presas, como se houvesse quase que uma troca, em que você troca informações por liberdade, enfim, esse questionamento não é apenas brasileiro, ele é internacional, bastante antigo no Direito. De um modo geral eu diria que a operação Java Jato coleciona muito mais acertos do que erros, como por exemplo a gravação da presidente Dilma, que o Supremo Tribunal Federal acabou de mostrar que realmente estavam erradas. Depois do vazamento da gravação e eu questionei muito duramente, porque obviamente era uma prova ilícita e que acabou produzindo danos políticos imensos. Decorridos dois meses, o Supremo reconhece exatamente aquilo que eu disse naquele discurso com juristas no Palácio do Planalto, ou seja, que a prova era ilícita, uma vez que não existia mais autorização judicial, portanto, as gravações jamais poderiam ter sido reveladas.

    Pergunta – Em sua avaliação, a Operação Lava Jato faz mais bem ou mal para o País?

    Flávio Dino – Faz muito mais bem do que mal, indiscutivelmente. Mas acho que alguns questionamentos têm que serem feitos com coragem, como esse relativo a algumas provas ilícitas. Acho que ao longo do tempo nós vamos chegar a um ajustamento em que se mantenha o instituto de delação premiada, mas ao mesmo tempo, eventuais abusos possam ser combatidos. 

    Pergunta – Diante da tanta descrença na classe política, o senhor acha que a população ainda vai voltar a confiar nas instituições políticas?

     Desde que eu me entendo por gente (1980) eu não via uma situação tão difícil para a política, de tanto questionamento porque, primeiro, uma grande parte dos atores políticos fugindo da Polícia, segundo, se debate mais Polícia e tribunais do que propriamente política."

    “Desde que eu me entendo por gente (1980) eu não via uma situação tão difícil para a política, de tanto questionamento porque, primeiro, uma grande parte dos atores políticos fugindo da Polícia, segundo, se debate mais Polícia e tribunais do que propriamente política.”

    Flávio Dino – Eu acho que só há salvação com novas eleições, porque novas eleições podem permitir um novo pacto entre o sistema político e a sociedade e abrir caminho para aquilo que se debate há 20 anos no Brasil, que é a tal da reforma política. Quando cheguei no Congresso em 2007 nós chegamos a formatar uma proposta multipartidária, onde a redação final foi feita por mim e por Ronaldo Caiado, que na época era líder do DEM. A proposta que tinha apoio do PSDB, de grande parte do PMDB, da esquerda, perdeu por 15 votos no plenário. Era uma proposta que tinha dualidade: de um lado o pilar do financiamento público de campanha para tentar combater o caixa 2 e de outro, a  lista fechada para tentar deixar o sistema político mais racional, porque uma das razões pela qual o Congresso hoje é ingovernável é justamente por conta desta lista aberta, do voto nominal, que existe em poucos países do mundo. Nas condições atuais, você precisa de um fato novo para reconectar a política com a sociedade. Desde que eu me entendo por gente (1980) eu não via uma situação tão difícil para a política, de tanto questionamento porque, primeiro, uma grande parte dos atores políticos fugindo da Polícia, segundo, se debate mais Polícia e tribunais do que propriamente política.

    Pergunta – Quais as consequências dessa inversão de pauta?

    Flávio Dino – Nesse momento, por exemplo, quem está discutindo desemprego no Brasil? Ninguém! Quem é que está discutindo como retomar o crescimento? Ninguém! Do campo, da Chikungunya? Ninguém! Ou seja, a política perdeu sua funcionalidade para os problemas reais do povo porque ela foi tragada por uma agenda que veio de fora para dentro, que é essa agenda que vem sobretudo deste bloco de poder chamado Operação Lava Jato, que esvaziou completamente o sentido das instituições políticas. Por isso que eu defendo o fim do processo de impeachment, plebiscito, novas eleições e reforma política. É um pacote, ao meu ver, imprescindível  para a gente possa ter luz no fim do túnel.

     " A Operação Lava Jato tem o mérito de destruir relações políticas viciadas, agora tem um limite, ela não consegue construir novas relações políticas, porque não é papel da polícia, do Ministério Público ou do Judiciário, isso é papel dos políticos e da sociedade."

    ” A Operação Lava Jato tem o mérito de destruir relações políticas viciadas, agora tem um limite, ela não consegue construir novas relações políticas, porque não é papel da polícia, do Ministério Público ou do Judiciário, isso é papel dos políticos e da sociedade.”

    Pergunta – Em sua avaliação, o Brasil não será o mesmo depois da Lava Jato?

    Flávio Dino – Sem dúvida. Acho que a Operação Lava Jato tem o mérito de destruir relações políticas viciadas, agora tem um limite, ela não consegue construir novas relações políticas, porque não é papel da polícia, do Ministério Público ou do Judiciário, isso é papel dos políticos e da sociedade. Então na medida que a sociedade não apoia o Temer, não apoia a Dilma, não apoia ninguém, apoia a Lava Jato, mas a Lava Jato desconstrói, quem é que constrói para colocar no lugar, ou você acha a sociedade vai funcionar sem governo? Obviamente que não, é preciso que se tenha instituições que garantam o mínimo de serviços e políticas públicas, o que não é impossível do jeito que está.

    Pergunta – Como fazer para que essas instituições voltem a funcionar e quais os riscos desse caos político provocado pela Lava Jato?

    Flávio Dino – Você teria que reunir o que sobrou do sistema político e tentar refundar a política no Brasil, porque se não for isso, a gente pode ir para uma aventura, como aconteceu na Itália, em que uma operação similar, que é a mãe da Lava Jato, que foi a operação Mãos Limpas, acabou resultado num governo pior ainda do ponto de vista ético que foi o governo do Silvio Beluscone. Ou seja, destruiu todo o sistema tradicional de partidos na Itália, praticamente sobraram apenas os comunistas naquele período e que acabaram se refundando, o PCI mudou de nome e acabou virando Democrático Dela Sinistra. O próprio PCI acabou se dividindo em três, tanto que atual primeiro ministro da Itália é oriundo do PCI, praticamente a única corrente que sobreviveu, porque os dois partidos hegemônicos foram totalmente destroçados pela operação Mãos Limpas. No que se destroçou, o que ficou no lugar? O mando do Silvio Beluscone, com práticas iguais ou piores do que aquelas que foram combatidas pela Operação Mãos Limpas. Então a gente precisa ter muito cuidado porque nas eleições de 2018 nós poderemos ter a vitória de alguém com a bandeira da antipolítica. E bandeira da nova política, geralmente é uma bandeira atrasada.

    Pergunta – A esquerda fracassou ao chegar ao poder pela via democrática?

    Flávio Dino   Eu acho que a esquerda cometeu erros graves. Mas se você botar na balança da história, a esquerda muito mais acertou do que errou. O período chamado de lulismo é marcado por muito mais conquistas e avanços do que por problemas. No longo arco da História vai ser esse o diagnóstico; como hoje se diz em relação à Getúlio Vargas, em 1950 o diagnóstico era um, e hoje é outro. Mesmo em relação ao Juscelino. Então a História costuma dá um certo distanciamento que favorece uma leitura mais ponderada. Agora, evidentemente, o ex-presidente me parece que fez concessões demais para uma prática política mais tradicional; e sobretudo não usou a força política que chegou a ter para promover novas instituições políticas . Aliás, este erro aproxima o Lula do Fernando Henrique, que também chegou a cumular forças políticas nos anos 90 para ajudar a formatar novas instituições políticas e a única coisa que ele propôs foi a reeleição.

    Pergunta – No caso do Lula?

    Flávio Dino – No caso do Lula ele chegou a ter força política suficiente e não usou para promover uma reforma política que ajudasse os políticos a ter um comportamento mais adequado. Muito bem, este é um grave erro, Mas não é um erro só da esquerda. Muito recentemente em evento acadêmico falava da falta que faz um centro democrático melhor, e ai ficava lembrando simbolicamente de líderes como Ulisses Guimarães, mesmo Tancredo Neves, que eram pessoas que não eram propriamente de esquerda, mas tinham posições mais democráticas, mais equilibradas, de respeito às instituições, e que não se envolviam nesse negócio de contas em Londres, contas na Suíça…, essa coisa aí. Então a gente teve na verdade, se a gente olhar em bloco, uma depreciação da política enquanto tal; a política perdeu qualidade, perdeu substância, basta lembrar o que foi àquele espetáculo de péssimo gosto, ético e estético, quando da votação do próprio impeachment da presidente Dilma na Câmara. Aquilo foi uma concentração de mal gosto que demonstra o quanto a política de depreciou. E ao se depreciar acabou se permitindo como normal todo o tipo de absurdo , como essa instucionalização da propina, do desvio… enfim. Então não dá para colocar só a esquerda no pelourinho, e chicotear a esquerda sozinha.

     "A crítica que pode ser feita a esquerda foi a sua incapacidade de mudar essa realidade, que em um certo sentido ela acabou por se adaptar. "

    “A crítica que pode ser feita a esquerda foi a sua incapacidade de mudar essa realidade, que em um certo sentido ela acabou por se adaptar. “

    Pergunta – Mas no que lhe cabe de responsabilidade pelo tempo que exerceu o poder?

    Flávio Dino – A crítica que pode ser feita a esquerda foi a sua incapacidade de mudar essa realidade, que em um certo sentido ela acabou por se adaptar. Acho que a esquerda se perdeu em determinando momento em relação as tarefas do poder, acho que se concentrou muito na dimensão social, eventualmente na dimensão econômica, mas a dimensão institucional ficou esquecida e agora a gente está vendo as consequências.

    Pergunta  Muitos desses problemas não decorrem de uma relação viciada entre o Executivo e o Legislativo, essa cultura de que se você não atender ao deputado, não governa e ainda corre o risco de perder o mandato, como foi o caso de Dilma e Eduardo Cunha?

    Flávio Dino – Acho que há um trauma, lá atrás, que explica um pouco isso que foi o próprio impeachment do presidente Collor. Quando houve o impeachment do Collor, dez entre dez analistas políticos atribuíram ao fato de ele não ter dialogado com o Congresso, o que mais ou menos criou um padrão. O que Fernando Henrique fez? Se agarrou com o PFL, e depois Lula acabou fazendo isso em larga medida, mais recentemente, com o PMDB. Então esse padrão faliu. Esse padrão chamado academicamente de presidencialismo de coalizão, virou presidencialismo de colisão. Então é todo mundo colidindo com todo mundo, porque na verdade são duas questões: uma é esta da relação entre o Executivo e o Legislativo que não é marcada propriamente pelo debate de ideias, e sim por intere sses de várias naturezas, e a outra, igualmente problemática, que se estabeleceu diz respeito ao empresariado e a política.

    Pergunta – O que há de problemático nessa relação com o empresariado?

    Flávio Dino – É normal em qualquer País do mundo, sobretudo em países capitalistas, que políticos e empresários conversem, é absolutamente normal no sistema capitalista, que políticos e empresários façam pactos, é absolutamente normal, segundo a lei então vigente, inclusive que empresas financiassem campanhas. Só que o que não é normal é que isso vire fonte de benefício pessoal, de benefício patrimonial ou familiar, de desvio de dinheiro para o exterior, para financiamento de campanhas cada dia mais caras, que acabaram resultando em demandas de mais e mais dinheiro… indefinidamente. Ou seja: o que poderia ser visto como normal que é a relação de políticos com empresários, afinal, os empresários fazem parte também da sociedade, acabou se degenerando também. Acho que essa crise do modelo político, ela envolve portanto, essas duas grandes contradições entre o Executivo e o Legislativo, e o Judiciário acabou se agigantando como um terceiro, supostamente suprapartes,  que iria regenerar essa relação, mas naturalmente só regenera na negativa, ou seja, dizendo o que não pode, mas não consegue por sua própria natureza dizer o que deve ser feito para corrigir isso. E por outro lado, nós temos um outro debate que é essa relação entre empresa e política, entre mercado e Estado, que nesse momento está duramente questionado, ao ponto que o Supremo proibir financiamento empresarial de campanhas, exatamente tentando encontrar um jeito que essas distorções sejam superadas.

    " Se a empresa quer contribuir para a vida democrática do País, então ela doa para o fundo eleitoral do TSE, e o Tribunal Superior Eleitoral partilha o dinheiro entre as várias legendas,"

    ” Se a empresa quer contribuir para a vida democrática do País, então ela doa para o fundo eleitoral do TSE, e o Tribunal Superior Eleitoral partilha o dinheiro entre as várias legendas,”

    Pergunta  Esse fato de as empresas não puderem doar mais, na sua opinião vai nivelar  um pouco mais essa questão dos gastos de campanha?

    Flávio Dino – Vai ter um efeito positivo, não há dúvidas. Porém é preciso, passadas essas eleições municipais, colocar alguma coisa no lugar. Porque é impossível fazer campanha em qualquer lugar do planeta com custo zero. Então alguma fonte de financiamento você precisa ter. Ou você restabelece o financiamento empresarial em novas bases, por exemplo, havia uma ideia que apresentei, lá atrás, do financiamento empresarial não ser para o candidato nem para o partido, ser para à Justiça Eleitoral. Se a empresa quer contribuir para a vida democrática do País, então ela doa para o fundo eleitoral do TSE, e o Tribunal Superior Eleitoral partilha o dinheiro entre as várias legendas, apresentei essa tese em 2009. Seria um caminho. O outro é exatamente você aumentar o financiamento público de campanha.

    Pergunta – Mas na delação do próprio Sergio Machado ficou evidente que entre as propinas, bem poucas foram como doações oficiais…

    Flávio Dino – Pois é. Por isso a gente precisa colocar alguma coisa no lugar com o fim do financiamento empresarial para ampliar a chance do honesto, porque senão, o que temo é você normalizar o caixa 2. É o que havia muito antigamente. O Brasil já chegou a proibir esse financiamento empresarial. Nos anos 80 era proibido, e aí o que aconteceu? Se generalizou o caixa 2, normalizou o Caixa 2. Aí depois nos anos 90 veio a lei permitindo o financiamento empresarial com limite de 2 % do faturamento bruto. Então, nós já tivemos um movimento pendular nisso, agora é preciso encontrar um meio termo, porque o sistema atual, o sistema hoje vigente em face da decisão do Supremo pode a médio prazo conduzir é ao crescimento do caixa 2, que é o que a gente não quer.

    Pergunta- Sobre esses vícios nas relações entre o Executivo e o Legislativo, como é a tua relação com a Assembleia Legislativa do Maranhão?

    Flávio Dino  Tenho tido muita tranquilidade no exercício da função de governo, porque a gente conseguiu construir uma maioria parlamentar. Deixei claro desde o início que iria me manter fiel aos meus compromissos ideológicos e políticos fundamentais, e tenho me mantido até aqui, sem dúvida nenhuma. E isso que poderia ter criado algum problema, ao contrário, facilitou quando deixei claro qual era minha posição de não abrir mão de certos princípios.

    "Então eu não posso quebrar o Estado para atender um segmento, qualquer que seja ele. Isso vale desde as emendas parlamentares, como vale para as reivindicações salariais dos servidores públicos. É claro que gostaria de atender todas, é claro que você gosta de ser simpático"

    “Então eu não posso quebrar o Estado para atender um segmento, qualquer que seja ele. Isso vale desde as emendas parlamentares, como vale para as reivindicações salariais dos servidores públicos. É claro que gostaria de atender todas, é claro que você gosta de ser simpático”

    Pergunta – Não há revoltas, descontentamentos, por exemplo, nas questões das emendas?

    Flávio Dino – Nas emendas a gente tem feito o esforço possível, porque, uma coisa é o que eu gostaria de fazer; eu fui parlamentar, é claro que respeito muito o instituto da emenda parlamentar, por que sei que ela é importante. Agora, nós estamos vivendo uma crise econômica igual a 1929, 1930. Então eu não posso quebrar o Estado para atender um segmento, qualquer que seja ele. Isso vale desde as emendas parlamentares, como vale para as reivindicações salariais dos servidores públicos. É claro que gostaria de atender todas, é claro que você gosta de ser simpático. Mas ao mesmo tempo eu tenho que ter a responsabilidade de quem está gerindo aqui, três vezes por dia, a conta do estado. Acompanho de manhã cedo, meio-dia, e à noite o que tem nessa conta, então eu sei a previsão de receita, a previsão de despesa; sei que a despesa cresce inexoravelmente até pela necessidade de prover serviços públicos e direitos, etc., e portanto não posso quebrar o Estado. Sempre digo para todos os setores, como digo aos parlamentares, não me convidem para transformar o Maranhão no Rio de Janeiro, não me convidem porque eu não vou. Não me convidem para transformar o Maranhão no Rio Grande do Sul, porque eu não vou. Agora digo isso de modo muito transparente. Estamos fazendo tudo que gostaríamos? Não. Mas estamos fazendo mais do que praticamente todos os estados.  A maioria dos governadores tá passando zero de emenda parlamentar. Eu sei porque me reúno todos os meses com os governadores e pergunto. A maioria está atrasando salários, ninguém está dando aumento para ninguém, nós estamos dando aqui no Estado. Claro que não nos índices que eu gostaria, mas estamos dando.

    "Como eu posso acreditar como uma situação política dessa que ninguém sabe nem quem governa o País? Quer dizer, eu sei quem governa o País, é a Operação Lava Jato."

    “Como eu posso acreditar como uma situação política dessa que ninguém sabe nem quem governa o País? Quer dizer, eu sei quem governa o País, é a Operação Lava Jato.”

    Pergunta – Como isso é possível?

    Flávio Dino  Porque tem sido possível? Porque a gente tem uma gestão fiscal séria, cortamos despesas. Havia muita gordura em contratos, que nós cortamos. Por isso conseguimos fazer alguma coisa de emenda parlamentar, aumento de salários e contratação de novos funcionários. Agora isso não é infinito. Pelo contrário, esse ano é um ano de contenção de gastos, para ver se em 2017 melhora. Ora, com a agudeza dessa crise política, eu tenho um cenário de melhora de arrecadação federal? Claro que não. Então eu não posso fazer loucura! A não ser se eu acreditasse que a arrecadação de 17 vai melhorar. Como eu posso acreditar como uma situação política dessa que ninguém sabe nem quem governa o País? Quer dizer, eu sei quem governa o País, é a Operação Lava Jato.  Então como a Operação Lava Jato não tem papel de arrecadar, então quem é que tá cuidando disso? Deus! Eu confio muito em Deus, mas também não dá para colocar tudo nas costas dele.

    Pergunta  Essa questão das emendas é apenas uma questão financeira, ou também por uma questão de moralidade, já muitos pensam ser uma espécie de cheque para fazer campanha?

    Flávio Dino – A gente coloca parâmetros sobre o que considera adequado, com uma certa distribuição das emendas parlamentares em grupos de despesas, exatamente para vincular a alguns objetivos programáticos. Agora, a gente não tem tido problemas com a Assembleia. às vezes, tem, uma reclamação cotidiana, até eu brinco, que é um esporte de um ou outro político que é falar mal de mim, a partir de uma lenda, que é a lenda, segundo a qual eu não gosto dos políticos. Eu gosto de política e me dou super bem com os políticos, o que eu não concordo é quando alguém, que raramente vem, me propõe algo errado. Algo que não seja correto do ponto de vista da Justiça, da legalidade. Como praticamente ninguém me propõe nada, eu me dou muito bem com os políticos. Agora eu tenho um foco principal, nós temos um estado com milhares de problemas e eu me dedico 90 % do meu tempo para a gestão administrativa, porque acho que o meu papel principal é impulsionar a máquina administrativa numa outra direção e garantir que os programas cheguem, que o Escola Digna seja feito, que a água se amplie nas casas das pessoas, que o Mais IDH seja feito, que as escolas sejam reformadas, que os hospitais estejam abertos… E isso realmente consome 90% do meu tempo, o que dá às vezes essa impressão que eu não valorizo a relação política, o que não é verdade.

    Pergunta – E os prefeitos? Alguns reclamam que mesmo fazendo parte do pequeno grupo de apenas 17 prefeitos que subiram em teu palanque em 2014, não estão recebendo a atenção merecida por um aliado.

    Flávio Dino  Em 2014 nenhum de nós, inclusive esses prefeitos, imaginava o tamanho da crise. A gente achava que 2015 seria um ano normal em nossas vidas. Veio um governo que não conseguiu governar, impeachment, Lava Jato, crise econômica, recessão de 5 %. Como é que eu posso fazer em 15 ou em 16, aquilo que em 14 você tinha a expectativa de que seria feito? Não posso, eu não faço milagre. Então, às vezes há uma ou outra incompreensão. Mas de todo jeito, a gente tem ajudado muito os municípios do Maranhão, indistintamente.

    Pergunta – Como?

    Flávio Dino  Vou dar três exemplos: primeiro, nós estamos conseguindo recompor a arrecadação do ICMS, em termo pelo menos nominais, por conta de medidas que temos tomado, e isso beneficia os municípios porque o ICMS não é só meu, 25% vai para os municípios. Pergunta para o prefeito de São Luís, o prefeito de Imperatriz, ou qualquer outro se não melhorou a arrecadação dele de ICMS. Dois: estamos fazendo o que não é nosso papel, ajudar a tapar buraco de rua, o que não é papel do governo do Estado, mas estamos fazendo isso hoje em 130 cidades do Maranhão, o que nunca foi feito na história do Maranhão. E não é buraco de MA, e aí eu deixo de cuidar de uma estrada estadual, que é minha competência, para ajudar o município a tapar buraco. Três: nós temos programas que ajudam os municípios. Por exemplo, a Força Estadual de Saúde está em 30 municípios hoje, fazendo o que? Atenção básica que é responsabilidade dos municípios. Quantos hospitais nós temos hoje do estado funcionando, alguns macrorregionais, fazendo o que?  Fazendo o papel dos municípios, servindo por exemplo de hospital de urgência e emergência. Então quando a gente olha assim friamente a gente vai ver que os municípios têm sido muito ajudados.

    "Agora o que não acontece até aqui, nem vai acontecer no nosso governo, é convênio fantasma. O que não acontece, nem vai acontecer em nosso governo é estrada fantasma".

    “Agora o que não acontece até aqui, nem vai acontecer no nosso governo, é convênio fantasma. O que não acontece, nem vai acontecer em nosso governo é estrada fantasma”.

    Pergunta – E essas reclamações…

    Flávio Dino  Agora o que não acontece até aqui, nem vai acontecer no nosso governo, é convênio fantasma. O que não acontece, nem vai acontecer em nosso governo é estrada fantasma. Não vou deixar acontecer. Se para fazer coisa séria fazemos, como temos feito. Agora, convênios fantasmas não vai ter, e não me interessa se é aliado ou adversário

    Pergunta  Como o governador vai se comportar politicamente nesse período de sucessão municipal, principalmente em Imperatriz e São Luís, os dois maiores colégios eleitorais do estado?

    Flávio Dino  Em Imperatriz a gente deve encaminhar para um amplo entendimento dos políticos que nos apoiaram. Consideramos isso possível, caminhamos para isso, buscamos esse entendimento, especialmente com o PDT, que é um parceiro nosso importante, mas também dialogando com o prefeito Madeira, dialogando, obviamente com os companheiros do PT, enfim com todos aqueles que nos apoiaram. A nossa referência em Imperatriz em todas as demais cidades é o palanque de 2014.

    Pergunta – E na capital?

    Flávio Dino – No caso de São Luís, nos reconhecemos antecipadamente que não é possível essa união. Porque os dois  candidatos, hoje mais fortes me apoiaram em 2014, então não tenho como propor nem para Edivaldo, nem para Eliziane, que eles retirem suas candidaturas, um em favor do outro, porque não haveria parâmetro de arbitramento, porque os dois estão polarizando a disputa até aqui. É claro que isso pode mudar, você tem também o deputado Bira que me apoiou também. Então você tem vários candidatos que me apoiaram, e já deixei claro que não participarei das eleições. Vou participar de alguma convenção em São Luís ? Não. Vou participar de alguma caminhada? Não, a não ser que no segundo turno tenha-se um que m e apoiou e outro que não me apoiou.

    "Primeiro eu não acho que esteja tão claro que o senador Roberto Rocha seja candidato a governador, embora ele tenha todo o direito de ser. Acho que há ainda um debate muito longo até lá"

    “Primeiro eu não acho que esteja tão claro que o senador Roberto Rocha seja candidato a governador, embora ele tenha todo o direito de ser. Acho que há ainda um debate muito longo até lá”

    Pergunta – No caso de São Luís, pensando em 2018, Eliziane não representaria um impecilho a seu projeto de reeleição, já que de maneira clara deu a entender  estar mais próxima do senador Roberto Rocha (PSB), que embora seja da sua base aliada, pensa em disputar o governo contra a sua candidatura?

    Flávio Dino – Primeiro eu não acho que esteja tão claro que o senador Roberto Rocha seja candidato a governador, embora ele  tenha todo o direito de ser. Acho que há ainda um debate muito longo até lá. É natural que esse debate suja porque é uma liderança política importante, e se ele se colocar tudo bem, é da vida. Acho que não é nítido assim que a deputada Eliziane se situasse mais nesse campo, até porque ela tem o apoio de outras forças. agora recentemente ela fez aliança com o PSDB que é um partido que integra o nosso campo, o nosso vice-governador é do PSDB. A tendência é que nós só possamos definir isso mais claramente em 2018. Assim como Edivaldo é um aliado leal do nosso campo e também um amigo, não tenho razão para não considerar a deputada Eliziane uma aliada igualmente leal ao nosso governo.

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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