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    Segurança impede tumulto no aeroporto de BSB e Bolsonaro retorna pela porta dos fundos

    Manifestação bolsonarista poderia paralisar o aeroporto de BSB

    Protocolo de segurança frustra planos alucinógenos de Bolsonaro de retornar ao Brasil nos braços do povo, ainda no saguão do aeroporto de Brasília.

    Reunião dos órgãos de segurança do DF e Polícia Federal, responsável pela segurança nos aeroportos do país, decidiu que o ex-presidente sairá por uma rota alternativa e não terá contato imediato com os possíveis populares.

    Segundo apurou a colunista Bela Megale, o protocolo de segurança foi decidido com base em questões técnicas, já que o aeroporto de Brasília é o maior hub do país e um tumulto no local poderia causar transtornos e até atrasar voos em diversas cidades.

    De acordo com o jornalista Lauro Jardim, assim que o voo da Gol pousar no aeroporto de Brasília amanhã, às 7h10, uma equipe de agentes da PF vai entrar na classe executiva do avião.

    Os policiais vão buscar Bolsonaro e direcioná -lo a um carro da PF.
    É o procedimento padrão para ex-presidentes, que não saem diretamente no saguão do aeroporto.

    Um assessor (e o ex-presidente terá três o acompanhando no voo) leva as bagagens até a alfândega para serem inspecionadas.

    Megale e Jardim são colunistas do jornal O Globo.

    Dizer que Bolsonaro saiu pela porta dos fundos é se sujeitar voluntariamente ao conchavo das elites

    Essa de dizer que Bolsonaro saiu pela porta dos fundos é se sujeitar voluntariamente ao conchavo das elites. A dois dias de terminar o mandato, ele deixou o país em um avião da Força Aérea Brasileira, sem ser sequer constrangido pelas câmeras de TV e jornalistas que tanto ama.

    Seja na disputa por audiência, seja em suposto respeito ao telespectador/leitor, nada justifica o apagão jornalístico. Durante toda a semana se falou sobre a saída ou fuga de Bolsonaro e na hora H a pauta se desmancha no ar?

    Alguém viu algum batalhão de repórteres montando campana à espera do presidente em fuga?

    Alguém viu outra imagem a não ser aquela do avião subindo aos céus?

    Em todas as emissoras, sites, jornais, twitters, sempre a mesma e do mesmo ângulo!!!

    Se a saída pelos fundos for no sentido figurado, gostaria de saber qual? Por quê medo, vergonha ou qualquer sentimento ético, não foi.

    O sujeito passa quatro anos, dizendo asneiras, ameaçando golpe, agredindo mulheres e negros …não seria agora que ele teria algum pudor em viajar para os EUA.

    Bolsonaro saiu pela porta dos fundos para não entregar a faixa presidencial ?

    Grande merda.

    Bolsonaro saiu foi pela frente.

    Fez o que fez e a grande mídia sequer registrou com imagens a sua saída do Brasil.

    Nem esse prazer de olhar com que cara ele estava dando o fora, a população teve.

    Bolsonaro saiu foi pela frente e quem não viu, não viu por que não quis. Ou estava de cabeça baixa.

    PF acusa Bolsonaro de atentar contra a paz pública e incitar a prática de crime

    Bolsonaro: live e atentado contra a vida

    Relatório da Polícia Federal encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes concluiu que o presidente Jair Bolsonaro atentou contra a paz pública e incitou a prática de crime ao estimular as pessoas a não usarem máscaras de proteção contra a Covid.

    A PF sustenta que o presidente que em sua live semanal de 21 de outubro de 2021, Bolsonaro “de forma direta, voluntaria e consciente, disseminou as desinformações potencial de provocar alarma junto aos espectadores.

    Bolsonaro propaga que os vacinados contra Covid estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida -AIDS.

    Leia mais Aqui

    Anistia nunca mais: Safatle diz que punir Bolsonaro não tem nada a ver com vingança, mas com respeito à população


    Em artigo publicado no site a terra é redonda, o professor de Teoria das Ciências Humanas da USP Vladimir Safatle alerta para os custos impagáveis se o Brasil repetir com Jair Bolsonaro o mesmo erro cometido no final da ditadura militar há 40 anos atrás.

    Com a conversa fiada de não poder desperdiçar tempo acertando contas com o passado, setores da sociedade e do governo impuseram uma anistia geral e irrestrita, sem que os crimes contra a humanidade perpetrados durante vinte anos de governo militar fossem a julgamento.

    Segundo Safatle, “nada do que aconteceu conosco nos últimos anos teria ocorrido se houvéssemos instaurado uma efetiva justiça de transição, capaz de impedir que integrantes de governos autoritários se auto-anistiassem”.

    Nesse sentido, o professor diz que a sociedade civil precisa exigir do governo que se inicia a responsabilização pelos crimes cometidos por Jair Bolsonaro e seus gerentes.

    “Isso só poderá ser feito nos primeiros meses do novo governo, quando há ainda força para tanto.”, avisa e adverte:

    “Cometer novamente o erro do esquecimento, repetir a covardia política que instaurou a Nova República e selou seu fim, seria a maneira mais segura de fragilizar o novo governo”.


    Anistia nunca mais. Por Vladimir Safatle

    Muitas vozes alertam o Brasil sobre os custos impagáveis de cometer um erro similar àquele feito há 40 anos. No final da ditadura militar, setores da sociedade e do governo impuseram o silêncio duradouro sobre os crimes contra a humanidade perpetrados durante os vinte anos de governo autoritário. Vendia-se a ilusão de que se tratava de astúcia política.

    Um país “que tem pressa”, diziam, não poderia desperdiçar tempo acertando contas com o passado, elaborando a memória de seus crimes, procurando responsáveis pelo uso do aparato do Estado para a prática de tortura, assassinato, estupro e sequestro. Impôs-se a narrativa de que o dever de memória seria mero exercício de “revanchismo” – mesmo que o continente latino-americano inteiro acabasse por compreender que quem deixasse impunes os crimes do passado iria vê-los se repetirem.

    Para tentar silenciar de vez as demandas de justiça e de verdade, vários setores da sociedade brasileira, desde os militares até a imprensa hegemônica, não temeram utilizar a chamada “teoria dos dois demônios”. Segundo ela, toda a violência estatal teria sido resultado de uma “guerra”, com “excessos” dos dois lados. Ignorava-se, assim, que um dos direitos humanos fundamentais na democracia é o direito de resistência contra a tirania. Já no século XVIII, o filósofo John Locke, fundador do liberalismo, defendia o direito de todo cidadão e de toda cidadã de matar o tirano. Pois toda ação contra um Estado ilegal é uma ação legal. Note-se: estamos a falar da tradição liberal.

    Os liberais latino-americanos, porém, têm essa capacidade de estar sempre abaixo dos seus próprios princípios. Por isso, não é surpresa alguma ouvir o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli declarar, em pleno 2022, pós-Bolsonaro: “Não podemos nos deixar levar pelo que aconteceu na Argentina, uma sociedade que ficou presa no passado, na vingança, no ódio e olhando para trás, para o retrovisor, sem conseguir se superar (…) o Brasil é muito mais forte do que isso”.

    Afora o desrespeito a um dos países mais importantes para a diplomacia brasileira, um magistrado que confunde exigência de justiça com clamor de ódio, que vê na punição a torturadores e a perpetradores de golpes de Estado apenas vingança, é a expressão mais bem-acabada de um país, esse sim, que nunca deixou de olhar para o retrovisor. Um país submetido a um governo que, durante quatro anos, fez de torturadores heróis nacionais, fez de seu aparato policial uma máquina de extermínio de pobres.

    Alguns deveriam pensar melhor sobre a experiência social de “elaborar o passado” como condição para preservação do presente. Não existe “superação” onde acordos são extorquidos e silenciamentos são impostos. A prova é que, até segunda ordem, a Argentina nunca mais passou por nenhuma espécie de ameaça à ordem institucional. Nós, ao contrário, enfrentamos tais ataques quase todos os dias dos últimos quatro anos.

    Nada do que aconteceu conosco nos últimos anos teria ocorrido se houvéssemos instaurado uma efetiva justiça de transição, capaz de impedir que integrantes de governos autoritários se auto-anistiassem. Pois dessa forma acabou-se por permitir discursos e práticas de um país que “ficou preso no passado”. Ocultar cadáveres, por exemplo, não foi algo que os militares fizeram apenas na ditadura. Eles fizeram isso agora, quando gerenciavam o combate à pandemia, escondendo números, negando informações, impondo a indiferença às mortes como afeto social, impedindo o luto coletivo.

    É importante que tudo isso seja lembrado neste momento. Porque conhecemos a tendência brasileira ao esquecimento. Este foi um país feito por séculos de crimes sem imagens, de mortes sem lágrimas, de apagamento. Essa é sua tendência natural, seja qual for o governante e seu discurso. As forças seculares do apagamento são como espectros que rondam os vivos. Moldam não apenas o corpo social, mas a vida psíquica dos sujeitos.

    Cometer novamente o erro do esquecimento, repetir a covardia política que instaurou a Nova República e selou seu fim, seria a maneira mais segura de fragilizar o novo governo. Não há porque deleitar-se no pensamento mágico de que tudo o que vimos foi um “pesadelo” que passará mais rapidamente quanto menos falarmos dele. O que vimos, com toda sua violência, foi o resultado direto das políticas de esquecimento no Brasil. Foi resultado direto de nossa anistia.

    A sociedade civil precisa exigir do governo que se inicia a responsabilização pelos crimes cometidos por Jair Bolsonaro e seus gerentes. Isso só poderá ser feito nos primeiros meses do novo governo, quando há ainda força para tanto. Quando falamos em crimes, falamos tanto da responsabilidade direta pela gestão da pandemia, quanto pelos crimes cometidos no processo eleitoral.

    O Tribunal Penal Internacional aceitou analisar a abertura de processo contra Jair Bolsonaro por genocídio indígena na gestão da pandemia. Há farto material levantado pela CPI da Covid, demonstrando os crimes de responsabilidade do governo que redundaram em um país com 3% da população mundial contaminada e 15% das mortes na pandemia. Punir os responsáveis não tem nada a ver com vingança, mas com respeito à população. Essa é a única maneira de fornecer ao Estado nacional balizas para ações futuras relacionadas a crises sanitárias similares, que certamente ocorrerão.

    Por outro lado, o Brasil conheceu duas formas de crimes eleitorais. Primeiro, o crime mais explícito, como o uso do aparato policial para impedir eleitores de votar, para dar suporte a manifestações golpistas pós-eleições. A polícia brasileira é hoje um partido político. Segundo, o pior de todos os crimes contra a democracia: a chantagem contínua das Forças Armadas contra a população. Forças que hoje atuam como um estado dentro do Estado, um poder à parte.

    Espera-se do governo duas atitudes enérgicas: que coloque na reserva o alto comando das Forças Armadas que chantageou a República; e que responsabilize os policiais que atentaram contra eleitores brasileiros, modificando a estrutura arcaica e militar da força policial. Se isso não for feito, veremos as cenas que nos assombraram se repetirem por tempo indefinido.

    Não há nada parecido a uma democracia sem uma renovação total do comando das Forças Armadas e sem o combate à polícia como partido político. A polícia pode agir dessa forma porque sempre atuou como uma força exterior, como uma força militar a submeter a sociedade. Se errarmos mais uma vez e não compreendermos o caráter urgente e decisivo de tais ações, continuaremos a história terrível de um país fundado no esquecimento e que preserva de forma compulsiva os núcleos autoritários de quem comanda a violência do Estado. Mobilizar a sociedade para a memória coletiva e suas exigências de justiça sempre foi e continua sendo a única forma de efetivamente construir um país.


    *Vladimir Safatle é professor titular de filosofia na USP. Autor, entre outros livros, de Maneiras de transformar mundos: Lacan, política e emancipação (Autêntica).

    Cúpula do PL teme que Bolsonaro apronte tumulto nos últimos dias de seu governo

    Bolsonaro pode estar aprontando alguma

    A jornalista de O Globo Bela Magale revela que o comando do PL está apreensivo com o comportamento de Bolsonaro nos 45 dias que lhe restam como presidente da República.

    As lideranças da legenda não descartam a possibilidade de Bolsonaro voltar abrir fogo contra o TSE, que ele julga ser um dos responsáveis por sua derrota.

    Segundo a jornalista, a avaliação do comando do partido é que, por mais que o resultado das eleições esteja dado e sacramentado, o Bozo continua inconformado e pode tentar inflar ainda o grupelho radical que continua nas ruas e ameaçam a integridade física dos contrários, a exemplo dos recentes episódios nos EUA contra os ministros dos STF.

    Esta semana depois do general Eduardo Villas Boas, ex-comandante do Exército, lançar nota elogiando as manifestações golpistas contra o judiciário e a vitória de Lula, o ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro, general Braga Neto apoiar a pregação antidemocrática do colega de pijama.

    “A história ensina que pessoas que lutam pela liberdade jamais são vencidas”
    General, mais uma vez sua liderança e clareza de pensamentos nos orientam e inspiram. É evidente a real e urgente necessidade do resgate da independência e da harmonia entre os poderes”, postou BN em suas redes sociais.

    Bolsonaro receberá salário do PL, porque teria dificuldades de sobreviver com 40 mil de aposentadorias, dizem aliados

    Valdemar da Costa Neto e Bolsonaro

    Jair Bolsonaro terá um cargo no seu partido o PL com direito a salário mensal, assim que deixar a presidência nas primeiras horas de 1º de janeiro de 2023.

    O novo emprego já foi acertado com o presidente da legenda Valdemar da Costa Neto em reunião na última segunda-feira (31).

    No encontro, segundo a Folha de São Paulo, Bolsonaro disse que pretende continuar no PL, ter um papel e liderar a oposição.

    Os detalhes ainda não foram discutidos. Mas ele deve ocupar o cargo de presidente honorário ou conselheiro, com vagam na executiva nacional.

    Bancado pelo fundo partidário, que é dinheiro público, o valor do salário desemprego ainda não foi definido.

    Aliados de Bolsonaro dizem que ele terá dificuldades de sobreviver apenas com o soldo militar e aposentadoria de deputado federal, que chegaria a R$ 40 mil!

    Alexandre de Moraes avisa que envolvidos em atos antidemocráticos serão tratados como criminosos

    O ministro Alexandre de Moraes

     O presidente do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes  classificou de criminosos os atos antidemocráticos que acontecem no país desde o resultado do 2o turno das eleições no último domingo à noite.  

    Insatisfeitos com a vitória de Lula, eleitores do presidente Bolsonaro se arvoraram no direito de negar a vontade da maioria da sociedade brasileira.

    Além de promoverem ataques ao estado democrático de direito, defendendo uma intervenção militar, os bolsonaristas interditaram várias rodovias pelo país e, em alguns casos, fizeram saudação nazista enquanto cantavam o Hino Nacional.

    Moraes garantiu que todos serão tratados como criminosos e responderão pelos seus atos.

    “Não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, com movimentos criminosos que serão combatidos e os responsáveis apurados e responsabilizados sob a pena da lei”, avisou.

    O ministro parabenizou todos os atores que participaram do processo eleitoral, em especial os eleitores e as eleitoras que em sua maioria massacrante compareceram para votar nos seus candidatos e aceiram democraticamente o resultado das eleições.

     “A democracia venceu novamente no Brasil”, comemora.

    Flávio Bezerra de Farias vai buscar no cinema de Pasolini e Welles o fascismo na face de Damares

    Os olhares agudos de Pasoline e Welles

    A TRÁGICA MISTURA DE CINEMA E VERDADE
    Por Flávio Bezerra de Farias (Professor aposentado da UFMA)

    Com a realização do filme “Cidadão Kane” (1941) sobre as manipulações de um magnata da mídia estadunidense, o jovem diretor Orson Welles ficou famoso. Portanto, foi escolhido por Hollywood para fazer um filme apologético sobre o carnaval carioca, para agradar aos fascistas governantes do Brasil, que poderiam se aliar às potências do Eixo. Foi a gênese da guerra cultural própria à guerra fria, em que o país tropical se fazia representar por Zé Carioca e militar subsumido ao comando estrangeiro (não é difícil encontrar as suas caricaturas bárbaras e tenebrosas atuais).

    Surpreendentemente, o rebelde Welles usou os recursos da produção daquele filme encomendado para financiar um outro filme, “Tudo isto é verdade” (1942) sobre uma questão tipicamente brasileira, a saber: a epopeia de um jangadeiro, que navegou do Ceará ao Rio de Janeiro para reivindicar direitos trabalhistas. A trágica mistura de cinema e vida real foi tamanha que, ao representar o seu próprio papel, o pescador cearense morreu em acidente de filmagem. Os rolos de filmagem ficaram esquecidos por décadas em Hollywood sujeitos à crítica destrutiva do mofo.

    Além do mais, em meio a um falso debate sobre conquista operária ou concessão de Vargas, o que se obteve como direito trabalhista foi uma cópia da legislação fascista de Mussolini, marcada por não tolerar a luta de classe entre patrões e assalariados. Em última instância, o pouco de direito do trabalhador, que foi conquistado na CLT, em 1943, foi retirado recentemente pela legislação própria ao golpe de 2016.

    Desde então, o proletariado brasileiro tem um pesadelo neofascista, do qual poderia até acordar pela via eleitoral. Porém, como evidenciou Welles no filme kafkiano “O processo” (1962), a própria experiência capitalista é um pesadelo acordado. Posto que, sobretudo em momento de crise, o capitalismo tende ao fascismo, não se deve enfrentar um isolando-o do outro. Do mesmo modo que a exploração econômica, a dominação política e a humilhação social formam um todo, que se exprime como um silogismo (universidade, particularidade e singularidade). Portanto, no processo eleitoral, é equivocada a separação burocrática entre pautas econômicas, políticas, sociais (inclusive culturais).

    Flávio Bezerra de Farias:“…no filme “Salò, ou 120 dias de Sodoma” (1975), Pasolini exibiu fascistas recorrendo a milicianos para aprisionar meninos e meninas, submetendo-os a jornadas de violências como escravos sexuais, obrigando-os a praticar os mais diferentes tipos de orgias, torturando-os física e mentalmente”.

    O gênio do cinema estadunidense, especialista do tema ficção/realidade, precisamente no filme “Verdades e mentiras” (1973) mostrou que só existem os falsários porque existem os experts. Assim, a senadora eleita por Brasília, pastora bolsonarista, especialista em manipulação da fé cristã, diante de meninos e meninas, mentiu sobre crianças que tiveram os dentes arrancados para sexo oral e o estômago preparado para sexo anal. Na sua “guerra cultural” vale tudo, inclusive o desrespeito à constituição e à legislação eleitoral.

    No filme “Teorema” (1968), Pier Paolo Pasolini se inspira em Jesus, Marx, Freud e Wilde, para sublinhar as virtudes emancipatórias da verdade, no contexto da condição humana de uma família burguesa, em que um cara angelical e demoníaco faz barba e cabelo no sexo e na mente de seus membros.

    Finalmente, no filme “Salò, ou 120 dias de Sodoma” (1975), Pasolini exibiu fascistas recorrendo a milicianos para aprisionar meninos e meninas, submetendo-os a jornadas de violências como escravos sexuais, obrigando-os a praticar os mais diferentes tipos de orgias, torturando-os física e mentalmente. Finíssimo crítico do fascismo, aqui, ali e acolá, o cineasta italiano já dissera em verso: “Ó Brasil, minha pátria desgraçada…” Antes de ser assassinado em 1975, em “Versos finos como traços de chuva”, Pasolini nos alertou para algo que nos concerne sobremaneira:

    “É preciso condenar
    severamente quem
    crê nos bons sentimentos
    e na inocência.

    É preciso condenar
    com igual severidade quem
    ama o subproletariado
    sem consciência de classe.

    É preciso condenar
    com a máxima severidade
    quem ouve em si e expressa
    sentimentos obscuros e escandalosos…”

    (Pier Paolo Pasolini).


    O diretor Rogério Sganzerla reconstitui (filme de 1985) a visita ao Brasil do cineasta americano Orson Welles para filmar o documentário It’s All True (Tudo é Verdade). Movido por idealismo cívico e na trilha da chamada política da boa vizinhança, implantada pelo presidente norte-americano Franklin Roosevelt, Welles apaixona-se pelas coisas brasileiras.


  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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