Wyllys criticou a postura antidemocrática da embaixadora e denunciou a ligação da família Bolsonaro com milicianos investigados pela morte de Marielle Franco. Ele foi aplaudido

De acordo com relatos do correspondente Jamil Chade, em reunião da ONU (Organização das Nações Unidos), nesta sexta-feira (15), a diplomata brasileira, Maria Nazareth Farani Azevedo, foi protagonista de discussão com o ex-deputado federal Jean Wyllys. Ela se retirou da sala e se recusou a ouvir resposta do ex-parlamentar, que participava da mesa de discussão.
https://twitter.com/JamilChade/status/1106540753474543616
Wyllys criticou a postura antidemocrática da embaixadora e denunciou a ligação da família Bolsonaro com milicianos investigados pela morte de Marielle Franco. Ela deixou a sala gritando que a presença do ex-parlamentar na ONU “envergonha o Brasil”.
“Senhora embaixadora, ouça a minha resposta. (…) O fato da senhora ter saído do seu lugar e vir com discurso pronto para essa sala é sintoma mesmo de que minha presença aqui amedronta a senhora e o seu governo, que não tem compromisso com a democracia”, disparou Wyllys.
“Sobretudo no momento em que a imprensa revela ligações entre organizações criminosas, os assassinos de Marielle Franco e a família do presidente da República”, acrescentou.
A diplomata passou a repetir que Wyllys não amedronta o governo, mas “envergonha” sua imagem. “A sua presença aqui envergonha o Brasil”, disse, antes de abandonar a reunião.
“Outra questão importante é que ele faz elogio e apologia à tortura. A tortura é um crime que lesa a humanidade, não deveríamos tolerar em hipótese alguma, sobretudo em governos que se auto-proclamam democráticos. Obrigada.”
Wyllys foi aplaudido ao final.
Após a confusão, Jean Wyllys conversou com Jamil Chade: “A única coisa verdadeira da embaixadora era seu colar de pérola”.
Da Revista Fórum

Uma resposta
Ela fez bem, em sair e não ficar no mesmo ambiente!