Em 24 dias, 37 pacientes transferidos de Manaus morreram; 3 no HU-UFMA
Matéria publicada pela Folha, com base nas informações que fazem parte do relatório mais recente fornecido pela Casa Civil da Presidência ao STF (Supremo Tribunal Federal), revela que em 24 dias, 37 pacientes transferidos de Manaus morreram
No Maranhão, houve três mortes. O HC da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) recebeu 39 pacientes de Manaus.
Um jovem de 36 anos, que tinha asma, foi uma das vítimas da Covid-19. Também morreram idosos transferidos do Amazonas.
“No caso do óbito mais recente, o paciente já estava de alta na enfermaria, e teve um AVC mesmo usando medicamento para evitar esses eventos”, segundo afirmou à Folha, Joyce Lagesa superintendente do hospital.
A estatal que administra os hospitais universitários tem conhecimento, até agora, da detecção da variante P.1. apenas no Piauí. Era um caso leve da doença. O paciente já voltou a Manaus.
Até sábado (6), 570 pacientes haviam sido transferidos, a partir de uma coordenação do ministério. Desse total, 225 (39,4%) tiveram alta médica e 37 (6,4%) morreram longe de suas casas. Os 37 óbitos ocorreram no intervalo de 24 dias. A média é de 1,5 morte por dia.
Uma situação comum constatada pela Folha, em conversas com médicos e gestores de unidades onde houve óbitos, é a demora para sequenciamentos genéticos e falta de respostas sobre as análises laboratoriais feitas. Esses exames poderiam mostrar se os pacientes foram infectados com variante P.1.
As principais transferências foram feitas para hospitais universitários federais, que se readequaram para ampliar vagas e receber os pacientes de Manaus.
O HC (Hospital das Clínicas) da UFG (Universidade Federal de Goiás) recebeu 35 pacientes. Até o dia 2, houve três óbitos.
Em mais uma semana, houve mais três mortes.O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, cidade colada a Goiânia, recebeu outros 14 pacientes do Amazonas. Houve, até agora, seis altas e cinco mortes. Três continuam internados.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que vem emitindo comunicados aos estados com orientação sobre o sequenciamento de rotina do vírus. As análises são conduzidas por Adolfo Lutz, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Instituto Evandro Chagas.
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