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  • Política

    Deputado do PSL diz que em Alcântara há apenas “empresa de arco e flecha”

    Na presença de Marcos Pontes, Bibo Nunes (PSL/RS) criticou parlamentares que manifestaram preocupação com o direito de populações quilombolas. Há 30 anos, durante instalação da Base de Alcântara, 1.350 quilombolas foram despejados de suas comunidades originais e forçadamente reassentados em 7 agro-villas


    Revista Fórum – Demonstrando total desrespeito e desconhecimento sobre a realidade de comunidades quilombolas do Maranhão, o deputado do PSL, Bibo Nunes (PSL-RS) disse que no máximo deve ter em Alcântara (MA) “uma empresa de arco e flecha”. A fala ocorreu na tarde desta quarta (10) na comissão que debate com o ministro Marcos Pontes o uso comercial da Base Espacial brasileira para o lançamento de foguetes e satélites norte-americanos.

    Bibo criticou parlamentares que manifestaram preocupação com o direito de populações quilombolas que reivindicam a não remoção de novas áreas para ampliação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Segundo Pontes, o acordo assinado com os EUA não prevê ampliação do CLA.

    Tanto os deputados maranhenses Bira do Pindaré (PSB) quanto Márcio Jerry (PCdoB) criticaram a manifestação preconceituosa do congressista e pediram respeito à população do Estado.

    Há 30 anos, na instalação do CLA, 1.350 quilombolas foram despejados de suas comunidades originais e forçadamente reassentados em 7 agro-villas, onde a quantidade e a qualidade da terra os impediam de ter as mesmas condições de vida que possuíam antes.

    As preocupações dos deputados maranhenses são extremamente legítimas, tendo em vista que famílias inteiras deixaram suas terras com promessas que não foram cumpridas no último acordo. O que é irrelevante nesta discussão é a opinião preconceituosa e xenofóbica de Bibo Nunes, um exímio poeta quando calado.

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