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  • Política

    Polêmica de racismo de aluno do Colégio Educallis repercute nacionalmente

     

    Uma escola de São Luis, capital do Maranhão, provocou uma onda de protestos virtuais pela forma como puniu um estudante que cometeu um ato de racismo. Na noite de quarta-feira, dia 1º, o Colégio Educallis divulgou uma nota oficial para informar que deu uma suspensão de três dias para um aluno que envolvido no racismo. A sanção foi considerada branda e revoltou a internet, o que gerou a hashtag #3diasnao como forma de protesto contra a instituição.

    “O Colégio Educallis vem a público, mais uma vez, manifestar seu total repúdio em relação a qualquer atitude racista, sendo o discurso antirracista pauta de nossas aulas, rodas de conversa e redes sociais. Tomamos ciência, ontem à noite, de ocorrido envolvendo um aluno de nossa instituição e informamos que estamos analisando os dados para tomarmos as medidas cabíveis. Fazemos nossa parte para educar nossos alunos como cidadãos coerentes, respeitosos e íntegros! Valorizamos a participação ativa em nossas redes sociais. Vocês não serão silenciados, pedimos que mandem as informações via direct. Para nós, diálogo é a única solução para conflitos”, diz o comunicado.

    Enquanto a grande maioria dos comentários da publicação no perfil oficial da escola no Instagram era com a hashtag #3diasnao, a mãe do aluno se manifestou na manhã desta quinta-feira, dia 2. comentou na postagem da escola e defendeu o adolescente ao dizer que seu filho teve “senso crítico”. Ela ainda acusou o professor de “colocar lenha na fogueira” ao invés de “apaziguar”.

    “Exterminar meu filho da sociedade? Onde expor uma opinião é ser expulso? Viver como robô alienados? Isso é recalque do senso crítico do meu filho, que por maldade de um “colega”… Que educador é esse que, ao invés de apaziguar, “coloca” lenha na fogueira? Francamente”, afirmou, antes de continuar:

    “Para racista é fogo? Exterminar? Isso… Falem mais…”.

    Um ex-estudante da escola pediu que o aluno envolvido no racismo fosse expulso para servir de exemplo. Mas chamou o adolescente de “bandido”, o que revoltou a mãe do suspenso.

    “Estudei no antigo Educallis e me envergonho da postura tomada pela escola que, eu tenho certeza, não condiz com os valores que a mesma apregoa. Três dias de suspensão para alguém que injuriou e teve atitudes racistas e machistas é, no mínimo, uma ofensa à população maranhense de mais de 80% composta por pretos. Respeite a história desse povo que luta diariamente contra sistemas e contra pessoas como esse bandido do colégio. Eduquem os demais servindo esse como exemplo, para que casos assim não de repitam. Vocês têm a chance de saírem bem vistos nessa história.

    A mulher rebateu a fala do ex-aluno e afirmou que os comentários do rapaz estavam “sendo guardados”. Ela ainda teve uma atitude preconceituosa ao citar que ele era homossexual, porque “viu no Instagram” dele.

    “Você aqui em cima, então meu filho é bandido, você tem algum problema mal resolvido com você mesmo? Assim como você é homossexual, vi no seu Instagram, alguns comentários acima e o seu estão sendo guardados. Assim como o do “amigo” do meu filho, que semeou essa confusão, xingamentos e discriminação de uma sociedade alienada, onde valores estão sendo invertidos, onde expressar é crime? Só não apague seu comentário, de chamar meu filho de bandido! Seja homem e deixe seu comentário aí, junto com os demais xingamentos. Tenha um bom dia e cuide dessa sua cabeça”, rebateu a mãe do aluno.

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