
No encontro semanal com jornalistas, transmitido pelas redes sociais, na manhã de sexta-feira (24), o governador Flávio Dino traçou o panorama da pandemia no estado. Na conversa, acompanhada por internautas, foi categórico: a função dele, como gestor público é salvar vidas, e não exibir caixas de remédios.
“Enquanto o coronavírus não for eliminado, erradicado, eu vou adotar todas as providências para proteger a vida e a saúde do povo do Maranhão”, assegurou Dino, diante da pergunta de jornalista sobre medidas adotadas para prevenção da população contra o Covid-19.
O governador afirmou que todo esforço tem sido empreendido, sempre seguindo orientações técnicas, para enfrentar a doença e proteger, o quanto possível, a população. O que coloca o Maranhão em números a baixo da média nacional – o estado apresentar taxa de mortalidade e de contágio inferior à média brasileira.
“Tudo, absolutamente tudo, que pode ser feito no terreno sanitário, econômico, social, na margem do possível, nós estamos fazendo”, afirmou. E num contraponto importante disparou: “Nós não fazemos demagogia e aqui também não se atende a interesses privados, de ficar, por exemplo, exibindo caixas de remédios, porque isto não é papel de governante, é preciso ter compromisso com a sociedade”.
Não é difícil compreender o recado enviado mais uma vez por Dino ao presidente Jair Bolsonaro. A maior liderança da República protagoniza, desde o início da pandemia, a defesa intransigente de uma medicação ainda controversa, advoga pelo fim do uso de máscaras e tentou tumultuar as tentativas de isolamento social adotadas pelos estados. As ações – que se assemelham, segundo alguns estudiosos, a um projeto de extermínio – são alvos de críticas constantes de Flávio Dino e de governadores, inclusive que já compuseram a base aliada.
