
Em sua coluna publicada no site Metrópoles, o ex-ministro José Dirceu (PT) alerta para o aumento do número de militares no governo de Jair Bolsonaro e diz que tal cenário político coloca o país sob ameaça de uma ditadura militar. Dirceu faz críticas à indicação do general Braga Netto para sustituir Onyx Lorenzoni na Casa Civil.
Segundo o ex-ministro, com a indicação do general, “se restabeleceu a tutela militar sobre o poder civil, que estava adormecida no artigo da Constituição Federal que trata das Forças Armadas como garantidora da Lei e da Ordem, a famosa GLO, uma espada de Dámocles sobre nossa democracia”.
Em outro trecho, Dirceu comenta sobre a execução da vereadora Marielle Franco e do envolvimento de um dos suspeitos, o miliciano Adriano da Nóbrega, com a família Bolsonaro. “Fatos como a execução, comandada por Ronnie Lessa, da vereadora Marielle Franco e, agora, no outro polo, a queima de arquivo com a execução do outro suspeito de envolvimento no assassinato, chefe dos milicianos, Adriano da Nóbrega, ambos com ligações mais do que provadas com a família do presidente, só comprovam a que ponto chegamos”, relata o ex-ministro.
“Não se trata mais do risco do autoritarismo, mas da face oculta de todas as ditaduras, a violência acobertada pelo Estado ou por ele promovida. As impressões digitais são a prova que vivemos de novo às portas de uma nova ditadura. Aos poucos, vamos nos dando conta como nos custará caro ter anistiado os crimes da ditadura”, complementa.

Uma resposta
Já tivemos na casa civil antes do milico: José Dirceu, Dilma, Palocci, Gleise Hoffman, Mercadante, etc. Que tal?