
Cerca de 15 mil estudantes reunidos em Brasília desde quarta-feira (10) no 57º Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (Conune), reforçaram a resistência aos cortes orçamentário do governo Bolsonaro na Educação. A abertura do congresso ocorreu sob a coordenação da presidente da UNE, Marianna Dias, acompanhada da vice-presidente, Jessy Dayane, e do secretário geral, Mario Magno. O jornalista Glenn Greenwald confirmou a participação no Congresso.
Os próximos dias serão históricos para o movimento estudantil brasileiro, segundo Marianna Dias. A presidenta da UNE esclareceu que “o congresso da UNE é um espaço de aglutinação e de organização do movimento estudantil, e a nossa expectativa é que daqui floresçam mais manifestações massivas”.
Além de lembrar das manifestações conhecidas como 15M e 30M, Marianna convocou os estudantes para a manifestação do dia 12, na Esplanada dos Ministérios. A passeata está na pauta do 57º Conune, e a reforma da Previdência aprovada em primeiro turno na Câmara será uma das pautas de reivindicação. “Sem aposentadoria nós estamos fadados a ter que trabalhar até morrer”, ressaltou.
Na programação do Conune estão previstos 24 debates, reuniões com 12 grupos de trabalho, dois atos políticos e uma passeata, além dos atos culturais programados para ocorrer nos locais de realização dos encontros. O primeiro deles foi a apresentação do Grupo Nzinga, de capoeira, durante a abertura do Congresso, no Centro Comunitário Athos Bulcão da Universidade de Brasília (UnB).
Após a apresentação, os estudantes aguardavam o início dos discursos de abertura entoando palavras de ordem. Ao toque de tambor e seguindo as orientações dos diretórios presentes, os jovens circularam pelo Centro Comunitário com dizeres contrários ao governo atual e às políticas adotadas.
Após a leitura do manifesto “Mais Livros, Menos Armas”, foi realizada uma homenagem ao jornalista Paulo Henrique Amorim e do professor Francisco Oliveira, ambos falecidos nesta quarta. Também foram homenageados o professor de capoeira Mestre Moa e a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

Uma resposta
Tem que pegar essa cambada e colocar para trabalhar. Bando de desocupados.