
A Associação Nacional de Jornais condenou ontem a decisão do governo brasileiro de deixar o jornal Folha de S. Paulo de fora do grupo de jornalistas que acompanharam o jantar entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, na Flórida.
“A Associação Nacional de Jornais lamenta e condena a discriminação do Palácio do Planalto contra a Folha de S. Paulo”, afirmou a ANJ, em nota. “A Presidência da República deveria se pautar pela atuação de forma impessoal, como exige a Constituição brasileira, sem favorecimentos ou perseguições a veículos de comunicação e jornalistas”.
O Planalto selecionou um grupo de 15 profissionais que foram levados ao resort de Mar-aLago,
para acompanhar o encontro, sem incluir a Folha.
O Itamaraty informou que a lista foi definida pelo Planalto. Uma integrante da Secretaria de Comunicação da Presidência disse que o critério para escolha dos jornalistas era o veículo fazer cobertura diária do Planalto.
A Secom informou que a rapidez para repassar as informações foi um dos critérios usados para a definição da lista de veículos a fazer a cobertura. A Folha não teria sido avisada de que deveria enviar as informações.
Os representantes do governo afirmaram que não poderiam dar mais detalhes sobre os padrões adotados para a seleção dos veículos selecionados para estar em Mar-a-Lago.
