Yglésio diz que greve de ônibus é consequência da gestão Braide, um prefeito que só é visto fazendo vídeo em rede social
Cresce o número de aliados que descobrem que o prefeito não é o mesmo Eduardo Braide que ajudaram eleger em 2020.
Desta vez foi o deputado Yglésio Moyses que caiu na real.
Nesta segunda na Assembleia Legislativa ele culpou a inércia da Prefeitura pela greve dos motoristas de ônibus. Disse que Braide administra a cidade fazendo pose, sem cumprir o que prometeu durante a campanha.
“Hoje não existe gestão na Prefeitura. Você só enxerga o prefeito fazendo vídeo em rede social. Parece até que ele aprendeu com o adversário e não aprendeu mais nada depois disso, depois que terminou a eleição”, discursou.
A cidade amanheceu nesta terça com 100% dos ônibus paralisados em consequência de uma greve parcial que já dura 42 dias, sem que patrões e empregados tenham chegado a algum acordo.
Yglésio responsabilizou a prefeitura pela situação, acusando Braide de ter abandonado a cidade em meio à crise no transporte coletivo.
“Não consigo entender que o prefeito de São Luís, por exemplo, vai a Curitiba participar de Painel de Mobilidade, enquanto tem uma greve aqui em São Luís acontecendo a muito tempo. Esse problema já passou do limite de ser solucionado”, avisou.
Segundo o parlamentar, ninguém pode dizer que não há dinheiro em caixa, pois no ano passado a prefeitura teve a melhor arrecadação dos últimos anos.
No entanto, mesmo com recursos disponíveis a atual gestão não resolve os graves problemas enfrentados pela capital maranhense. E não somente na questão do transporte coletivo.
“A Prefeitura de São Luís não consegue dar uma solução para isso [greve dos ônibus]. A prefeitura de São Luís não consegue dar uma solução dentro do sistema de Saúde da capital, a prefeitura de São Luís não consegue dar uma solução para o reinício adequado das aulas…”, apontou.
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Antes que saíssem em defesa do prefeito Braide, acusando o discurso do deputado de ser um discurso de oposição, Yglésio fez questão de ressaltar que subiu à tribuna para cobrar serviços públicos, como alguém que ajudou a eleger o atual gestor.
“Quando a gente ajuda a construir uma eleição, como eu ajudei no segundo turno, nós temos todo o direito de colocar nossa visão sobre a Prefeitura, pelo menos para que os objetivos que foram prometidos naquela época, eles sejam obviamente avaliados, e não está sendo”.
Yglésio ainda ressaltou que o funcionalismo’ municipal está completamente desmotivado, por culpa de uma política de desmonte do serviço público, que Eduardo Braide prometeu enfrentar.
“Ao contrário do que foi prometido em campanha, o servidor não está sendo valorizado”, lamentou.