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    Lira dá baile no plenário da Câmara para derrotar PEC e manter narrativa do voto impresso

    O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) merece uma estátua, tamanha a desfaçatez democrática com que embalou a decisão de enviar ao plenário a PEC do voto impresso, mesmo após ser rejeitada por 23 a 11 na Comissão Especial.

    A dúvida é se ela será instalada em São Paulo, sobre as cinzas do caçador de escravos Borba Gato, ou se em São Luís enfeitando o comércio do ‘véio da Havan´.

    Primeiro, deu uma de João sem braço e passou a perna na Comissão Especial. Depois, no dia seguinte, comparou a harmonia entre os poderes a um baile, onde ninguém pisa no pé de ninguém.

    A orquestração é perfeita.

    O conjunto harmônico é de arrepiar, encantador. Lira anuncia que submeteu a proposta do voto impresso ao plenário da Câmara, porque não há nada mais livre, amplo e representativo do que deixar o Pleno se manifestar.

    Depois diz que o próprio Bolsonaro lhe garantiu que vai respeitar a decisão do plenário.  Por seu turno, o centrão – base de apoio consorciada ao palácio do Planalto –, admitiu em ‘off’, devidamente vazado pela imprensa, que a maioria dos sócios será contra o voto impresso.

    Tudo dito, tudo vazado, ficava claro que a decisão monocrática de Arthur Lira, serviria para colocar um ponto final na história, sem qualquer risco de ser aprovada.

    E uma história com final feliz, inclusive pra Bolsonaro.  

    Sem o empecilho da Comissão Especial, a PEC pôde ir a plenário, e só será aprovada se obtiver três quintos (3/5) dos votos dos deputados. Ou seja, 308 votos dos 513 parlamentares com acento da Casa.

    A intenção não é aprovar a PEC, mas adquirir pouco mais de 200 votos favoráveis, algumas ausências e outras abstenções. O suficiente para ser derrotado com a maioria dos votos. Com a ‘aprovação’ da maioria da Câmara dos deputados, Bolsonaro mantém fácil, fácil, a sua narrativa golpista.

    Com essa valsa toda, não foi à toa que Lira aproveitou o sabadão, dia que comer bode no leite de coco no Piauí, Caranguejo no Maranhão e tomar caldo de sururu em Alagoas, para se inspirar em Aristóteles, Locke e Montesquieu e defender a harmonia e separação dos poderes.

    “É como dançar junto, quem sabe até separado, mas sem pisar no pé de ninguém. Assim é um baile bom, assim é a vida…”, escreveu o inspirado Lira.

    Os nordestinos, no entanto, se inspiram é em Luís Gonzaga, João do Vale, na sanfona de Seu Sales, aqui do interior do Maranhão, dentre outros filósofos, cientistas sociais,etc. E, não por acaso, a festa é chamada de ‘piseiro’!

    Impeachment:STF dá 5 dias para Lira explicar a não aplicação de remédio amargo em Bolsonaro

    A ministra Carmem Lúcia entre os presidente Lira e Bolsonaro: separação dos poderes

    O STF deu prazo de cinco dias (encerra na próxima terça) pare que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) explique os motivos de não ter analisado os pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro.

    Mais de cem requerimentos de abertura de processo de afastamento do presidente estão engavetados na Câmara. Resultado da passividade da grande maioria dos parlamentares e dos dois presidentes da Casa, na atual legislatura, o ex-Rodrigo Maia (DEM) e o atual Lira.

    A decisão é da ministra Carmem Lúcia no âmbito do processo protocolado pelo advogado Ronnan W. Botelho, questionando o porquê da não instauração de nenhum desses pedidos de impeachment acumulados na Câmara.

    Botelho ressalta que a Constituição ao não estabelecer um prazo para abertura desses processos, abre uma lacuna que outorga ao presidente da mesa fazê-lo quando “bem quiser”. Isso, segundo o advogado, tem permitido da utilização dos pedidos de impeachment como uma ferramenta de interesses políticos.

    No dia 24 de março passado, horas depois de participar de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro sobre a criação do comitê anti-covid, Lira, em discurso na sessão da Câmara, ameaçou aplicar ‘remédios amargos’, caso o governo não corrigisse os rumos do combate à pandemia no País.

    Líder do Centrão, grupo de deputados que garante a não-abertura dos pedidos de impeachment e a aprovação de projetos em troca de cargos no governo, Arthur Lira não andava muito satisfeito com a escolha de Marcelo Queiroga em detrimento a Ludhmila Hajjar, indicada por ele, para o Ministério da Saúde.

    Foi o que bastou e ninguém fala mais nisso, embora Bolsonaro tenha mantido o substituto de Pazuello de sua preferência.

    O que foi feito para evitar o remédio amargo não se sabe.

    Mas, afinal, quem não tem medo de uma injeção nas nádegas?

    (Com informações do Congresso em Foco, O Globo e Folha de São Paulo)

    Leia decisão AQUI

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