Sem a proteção da Covid começam a aparecer os podres da gestão Eduardo Braide na área da saúde. Embalado pela competência da equipe da Semus, que por anos garantiu os índices das campanhas de vacinação, o prefeito conseguiu colocar embaixo do tapete os graves problemas que acometiam o sistema de saúde pública municipal.

O mais grave foi o do Hospital da Mulher, que de certa forma antecipa – felizmente sem morte – a recente constatação de inspeção judicial no hospital da criança: o atraso de obras de adequação às normas sanitárias, embora exigidas em ação pelo Ministério Público.

Hospital da Mulher

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Apesar do Relatório Técnico de Inspeção produzido dia 15 de janeiro de 2021 pela Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Sanitária Municipal considerar que as inconformidades sanitárias do HM comprometiam a assistência à saúde e colocavam em risco a vida de funcionários e pacientes, Eduardo Braide fingiu-se de morto por 9 meses e só deu início às obras em setembro após acordo de conciliação com o MP, intermediado pelo juiz Douglas Martins da Vara de Interesses Difuso e Coletivo de São Luís.

A mesma situação de descaso agora se repete no Hospital da Criança.

Movido por uma políticagem odienta e acreditando na própria fantasia que conquistou o eleitor, Braide interrompeu a parceria da administração Edvaldo Holanda e o governo Flávio Dino e não só tomou a obra pra si com promessas de conclusão imediata, como recusou a oferta do hospital Genésio Rego, com 60 leitos, para receber os pacientes do Hospital da Criança enquanto ele terminava a reforma.

Hospital da Criança

Nesta quarta-feira durante a inspeção judicial , a diretoria do Amaral de Matos justificou à juíza Kariny R. Bogéa Santos que as reformas estavam atrasadas em motivo das dificuldades de conseguir vagas em outras casas de saúde para abrigar os internos do hospital.

Em outra inspeção ocorrida no mês março, a juíza Bogéa Santos encontrou os pacientes ‘internados’ nos corredores. Na oportunidade, a diretoria cantou a mesma ladainha, só que desta vez entrega um modelo de saúde onde as pessoas não passam de números e estatísticas

Disseram à juíza que ainda havia pacientes pelos corredores por conta da reforma e alegou a dificuldade de encontrar vagas em outros hospitais, para realocar ou transferir esses pacientes!!!!

Expor a criançada em tratamento aos inconvenientes de uma obra, barulho e poeira ao extremo, é coisa de médico que receita hidroxicloroquina no combate à Covid.

E por falar em dificuldades, a diretoria do hospital procurou essas vagas a onde?

E o pior, não se trata mais do governo Flávio Dino, mas o de Carlos Brandão, que recentemente recebeu Braid nos Leões, estabelecendo parceiras futuras.

Tamanha preocupação de Braide com o Hospital da Criança, que ele deve ter se esquecido tratar do assunto com o governador. E assim.conseguir as vagas necessárias para que finalmente as obras terminem e as os pais e mães possam dormir mais tranquilos, caso seu filhos tenham problemas respiratórios, extremamente comuns nos primeiros meses de cada ano.

É cuidar para que a estação chuvosa não se transforme em estação de lágrimas.

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