Sarney: esperança e perversidade
Por Francisco Gonçalves
Esperança e perversidade. Sarney defende o governo golpista de Temer relembrando, em seu artigo semanal, a boa convivência das elites aristocráticas e como a abolição da escravatura, agenda dos liberais, foi levada a cabo por gabinete conservador.
Ocorre que a abolição da escravatura foi um ato efetivado sob a égide da negação de direitos. O que daria efetivamente liberdade aos escravos foi negado: o acesso à terra.
Até hoje, em pleno século XXI, os descendentes dos africanos escravizados no Brasil lutam pelo direito à terra, pelo reconhecimento e titulação dos territórios quilombolas, agora cada vez mais difícil por conta das medidas tomadas pelo governo Temer.
A quem interessa a esperança anunciada por Sarney?
A proposta Temer de flexibilização da jornada de trabalho e salários destrói sonhos e esperanças da maioria da população que vive de salário.
Ao invocar a figura do Marques do Paraná, Honório Hermeto Carneiro Leão, como exemplo de conciliação e tolerância para criticar o debate nas redes sociais e na sociedade, o ex-presidente da Arena retoma o sonho de todo coronel, o de uma democracia sem povo, de uma república de afilhados e padrinhos, de uma democracia sem o contraditório.
Infelizmente, mais uma vez o ex-presidente Sarney despreza a história e renega a condição de ser estadista (como eu já disse antes em seu canal de televisão), porque esquece o que disse na proclamação da Constituição de 1988: o país seria ingovernável com qualquer presidente que não tivesse maioria no Congresso. O Dr. Sarney continua a ser um político paroquial sem dimensão do que representa para história do Maranhão e do Brasil. Esquece do que disse e do que fez, assim ficará na história apenas com uma página virada para continuar o status quo vigente, para quem conviveu com Bandeira Tribuzzi e fez mimos para Lula e Dilma (pertencendo tb à Banda Nova da UDN)i e pelo que fez pelo Maranhão, é muito pouco, poupe-se da família e seja você mesmo para ficar bem com a história! A história não o absolverá. Josema rPinheiro
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