Do blog do Alexandre Pinheiro – Durante a visita em Chapadinha no dia de hoje a ex-governadora Roseana teve a exata noção da dureza que vai enfrentar se decidir ser mesmo candidata ao quinto período como mandatária do Palácio dos Leões.
Não que tenha enfrentado vaias ou outras manifestações de repulsa à sua presença. O constrangimento – se ela tem memória ou lampejos de consciência – há de ter sido desconcertantemente silencioso e envergonhado na medida do abandono de suas décadas de poder em comparação com as conquistas destes 3 anos de Flávio Dino na Chapadinha que acaba por reproduzir o que acontece no resto do Maranhão.
Logo na saída do local de pouso de seu helicóptero, a filha de José Sarney percorreu o tapete preto do Mais Asfalto do Bairro da Corrente; ao chegar na Praça da Bandeira deve ter olhado o prédio do Viva (esquina com o Templo da Assembleia de Deus) onde chapadinhenses tiram documentos e têm acesso à cidadania e lembrado das velhas carretas que em seu tempo vinham por aqui uma vez por ano e passavam não mais que dois dias tirando o sono e massacrando o povo em filas que varavam madrugadas.
Ao visitar seus prepostos políticos, Roseana passou pelo Restaurante Popular que de 2015 pra trás, só a Capital do Estado era contemplada. Lá pelas bandas da Boa Vista, quando pensava que Chapadinha ainda estava no desamparo de socorro e resgate, a Branca tomou um susto quando viu um Batalhão do Corpo de Bombeiros a postos para qualquer eventualidade.
Pela Unidade de Pronto Atendimento do Areal não se passou, mas deveria ter ido ao menos para ser informada de que, ao contrário do fez a oligarquia quando devolveu o HAPA ao município sob pena de fechamento, Flávio Dino assumiu a gestão e colocou a UPA pra funcionar com investimento de mais de 1 milhão por mês.
Já quanto ao Hospital Regional ela não quis nem sobrevoar, fugiu para não se confrontar com os desvios de seu cunhado Murad que atrasaram a obra. Ainda temos Escola Digna, IEMA, Centro de Hemodiálise, Vídeo Monitoramento de Segurança e outras obras em curso, humilhando o caminho da pretensa candidata nos quatros cantos da cidade e por toda parte do Estado.
Humilhado vive o povo: sem água, com praias poluída, rios assoreados, bombardeado com altos impostos, disputando com animais doentes as ruas sujas, morrendo por conta da saúde em petição de miséria, cheia de fantasmas e de incompetentes, sem escolas de qualidade para os filhos, assaltado pela corrupção – e ainda tem que assistir o miserável bate-boca da pequena política da Repúblika Demokrática do Maranhão, de seus acólitos e sicofantas: e claro, a velha lenga-lenga dos 50 anos de dominação. Sabe o que vai acontecer? Ela é capaz de voltar mesmo. Medida por medida, não há diferença substantiva entre Camelot, o reino encantado da Branca, e a Repúblika Demokrática do Maranhão, do Camarada FD – ela não vê nada de errado naquilo que faz e ele só vê o que os outros fazem ou fizeram de errado.
Pobre Maranhão…
Será uma derrota tão escandalosa que nunca mais Roseana vai pensar em se candidatar novamente. Explico-me. Quem votou em Dino não muda de candidato. Agora, pelo contrário, várias pessoas que votaram nela, devido às nítidas mudanças, vão passar a votar em Dino. A descentralização do poder e das obras vai justificar em 2018 o que estou dizendo. E parabéns ao Alexandre Pinheiro pelo excelente texto comparativo acima.