Rocha Rocha teme que pessoas indicadas por ele percam cargos no governo Temer após saída do PSB
O senador Roberto Rocha (PSB-MA) ficou desesperado com o anúncio de que seu partido sairia em massa do governo Temer, após as fortes denúncias que incidem sob o presidente.
O motivo seria o bom número de indicados de Rocha que atualmente ocupam algum cargo público em órgãos federais.
O senador não sabe se, com a debandada da legenda da base governista, seus indicados políticos também perderão cargos no governo Federal.
Uma das baixas pode ser o diretor de negócios do Banco do Nordeste (BNB), Antônio Rosendo Neto Júnior, que foi indicado no final de 2016 por Roberto Rocha. O parlamentar foi contemplado com a indicação a um cargo de direção da estatal pelo voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.
Na época, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, a oferta foi sugerida à Rocha para que Temer não perdesse mais um aliado no congresso.
Até o anúncio de que a sigla abandonaria a base aliada ao governo Temer, o senador maranhense reiterava que não via motivos para a renúncia de Temer. Ele chegou a declarar que o conteúdo das delação da JBS não seriam uma “hecatombe”.
Com a saída do PSB, todas as expectativas de Roberto Rocha de ter apoio da máquina pública federal em seu projeto político em 2018 caíram por terra .
O partido decidiu passar para a oposição, retirando da superbase do Governo seus 35 deputados e 7 senadores. O partido pede a renúncia imediata de Temer e afirmou que apoiará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que defende a realização de eleições diretas no caso da saída antecipada do presidente.