Queiroga diz em CPI que férias de Bolsonaro contribuíram com propagação da Covid-19
O Ministro da Saúde Marcelo Queiroca acabou escorregando na própria língua.
Quarto ministro do governo Bolsonaro em um pouco mais de um ano de pandemia, ele foi ao plenário da CPI da Covid preparado para evitar comprometer o presidente Bolsonaro.
Mas, depois de fugir das perguntas do relator Renan Calheiros, alegando tratar-se de questões técnicas ou de juízo de valor, Queiroga entregou o jogo.
Treinado para responder as perguntas combinadas com os senadores bolsonaristas, o ministro não correspondeu dentro de campo. Ao responder o senador Eduardo Girão (Podemos) sobre se as eleições autorizadas pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, teriam contribuído para a proliferação da Covid-19, acabou fazendo um gol contra.
– Não só o processo eleitoral, mas as festas de final de ano, as férias, todas as situações em que as pessoas formam aglomerações e não adotam as medidas farmacológicas, elas contribuem para a circulação do vírus, respondeu.
Durante suas férias pelo litoral paulista Bolsonaro provocou aglomerações, gastou dinheiro público e debochou da cara dos brasileiros.